v i n t e e n o v e

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carter

Corri em direção a Jared.
Deixando o revólver cair no chão, o fazendo disparar sem rumo certo, meu coração batia descompassado, minhas pernas estavam bombas, mas passei dentre as folhagens e cheguei perto dele...

Havia muito sangue.

E o corpo de Dylan estava ali caído, eu o havia acertado na cabeça e seu corpo estava caído e sujo de sangue.

Jared olhava para o corpo, aturdido, e se desvencilhou dele, se afastando com as pernas, ainda sentado. Assim que seus olhos bateram em mim...

Ele fechou os mesmos e respirou pesadamente.

Eu não conseguia olhar o corpo de Dylan. Eu... Eu não acredito que me tornei uma assassina. Era Jared ou ele, e eu não podia deixar Jared morrer.

Mas eu estou me sentindo suja, horrível.

Eu tremia sem parar, e deixei as lágrimas saírem, deixei meu corpo cair no chão, e abracei minhas pernas, abafando minha vontade de gritar.
Senti Jared se aproximar de mim e me abraçar forte, deitei minha cabeça em seu peito para abafar os soluços, ele me colocou entre suas pernas e me apertou mais, e mais.

Depois de alguns minutos ele se afastou, pegou a arma do chão e saiu, me deixando ali, letargica há metros do corpo, mas voltou com uma enchada provavelmente buscada no galpão, e enterrou o corpo de Dylan no meio do milharal, seu meio- irmão, e enquanto ele o fazia eu permaneci ali, apática com esse enterro, pois era uma coisa desumana eu sei, mas segundo ele, deixar vestígios seria pior, para nós.

Jared não queria demonstrar, mas eu vi que ele estava se sentindo horrível, e se controlando para não explodir, depois dessa situação catastrófica, nos fomos até o carro e Jared dirigiu até o bar.

Eu tinha muitas perguntas. Coisas que eu não sabia, mas que Dylan acabou soltando... Como tudo isso era por causa de uma herança. Que deveria ser dividida meio a meio.

E pelo o que eu havia entendido, ele era filho da esposa, e Jared da amante.  O pai deles faleceu e...

Dylan não aceitou que um irmão que ele sequer sabia da existência, um meio-irmão, ficasse com o que ele achava ser seu por direito.

E foi assim, que tudo se tornou um inferno e Jared vinha fugindo de Dylan e todo esse horror.

Eu não sabia dos detalhes, mas sabia que não era hora de perguntar.

Ele não estava bem.
Eu não estava.

Em silêncio entramos e nos mantemos assim. Mecânicos. Eu tinha tantas perguntas a fazer para Jared, eu precisava dessas respostas. Mas senti que não era um bom momento.

Cheguei arrastada até o quarto dele e me abracei aos travesseiros deixando minhas lágrimas caírem sobre os mesmos.

Jared foi até mim e se sentou ao meu lado na cama, ele segurava uma garrafa de whisky. Da qual tomou seguidos goles.

- Você fez o que tinha que fazer, eu não queria que você tivesse passado por isso, nunca! - Falou e afagou meu rosto.

- Eu sei... Mas foi horrível, estou me sentindo suja, eu matei uma pessoa Jared! - Falei entre soluços, Jared me puxou para seu colo e me abraçou forte sussurrando "vai ficar tudo bem, estamos juntos, você é um anjo, não fez nada de mal, você me salvou, era ele ou eu".

Depois de algum tempo eu consegui me acalmar um pouco, enquanto suas mãos vagavam em meus cabelos.
Jared me pegou no colo, me levando até ao banheiro.

Ele me despiu devagar e com carinho e depois fez o mesmo consigo e entramos debaixo da ducha, deixando a água quente cair sobre nossas costas, nos relaxando, passando pelos cortes que tivemos no milharal, causando uma leve ardência.

Ele me abraçou forte e eu me apertei contra ele, enquanto ele deslisava as mãos por minhas costas.

Levantei a cabeça e olhei bem no fundo de seus olhos verdes, que sempre foram tão expressivos e hoje estavam... mortos.

Jared não estava nada bem com aquela situação, a sensação era causticante.

A água quente caia sobre nós, mas eu me sentia gelada.
Fria. Eu queria me sentir de novo.

Fechei meus olhos devagar e senti Jared roçar seus lábios sobre os meus,o puxei levemente pela nuca e senti seus lábios em contato com os meus, um beijo calmo que se intensificou quando ele me puxou pela cintura e me colou mais em seu corpo, entre-abri os lábios deixando sua língua invadir minha boca, me fazendo ansiar por mais contato.

Seus beijos desceram para o meu pescoço e minhas unhas arranhavam suas costas, ele me puxou pelas pernas, encaixando as mesmas em seu quadril, e me encostando na parede, me fazendo arrepiar pela sensação da cerâmica gelada e por me fazer sentir o quão ele já estava excitado ao roçar de seu membro em minha intimidade. Voltei a beijar seus lábios de forma apaixonada e sôfrega, enquanto uma de suas mãos estavam em meu seio direito o apertando e massageando com precisão e a outra amparava minha cintura.

Afundei minhas unhas em suas costas quando o senti me penetrar devagar, sentindo ele me preenchendo inteira, de forma cabal, logo em seguida ele começou a se movimentar, aumentando o ritmo enquanto eu mexia levemente o meu quadril.
Ele retirou o membro e me estocou seguidas vezes, de forma seguida e continua, enquanto eu afundei minha cabeça na curva de seu pescoço e deslizei meus lábios sobre o mesmo contendo os gemidos, enquanto o sentia me estocando naquele ritmo louco, e assim, chegamos juntos ao clímax, calando nossos gemidos e espasmos com os lábios unidos uns nos outros, e esperando nossa respiração se controlar.

Retirei minhas pernas de seu quadril, com sua ajuda e o abracei de novo, e ficamos assim por mais um tempo, ele pegou a bucha e sabonete e começou a passa-la sobre meu corpo de forma delicada mas precisa, a passando pelo meu corpo, eu fiz o mesmo com ele, passando a bucha de forma moderada por esse corpo que eu tanto amo.

Só nos dispersamos com o toque insistente do celular de Jared, fazendo o mesmo ficar tenso ao meu lado.

O que pode ser agora?

__________

Que situação, heim.

o dono do bar.Where stories live. Discover now