o dono do bar.

t r e z e

carter

(...)

Jared engoliu em seco e tomou um generoso gole de sua cerveja, ele se levantou de sua poltrona e deu a meia volta e veio em minha direção.

Me assustei quando ele se envergou sobre mim e perguntou - Como sabe dessa história? - Senti meu corpo inteiro tremer. Então era verdade?

- Você matou mesmo aquele cara? - Perguntei incrédula.

- Isso não é da sua conta garotinha. Não tente bancar a detetive. Volte pra sua vidinha e esqueça que um dia esteve aqui. - Falou sério e autoritário.

- Mas... - Tentei falar e fui cortada de imediato.

- Você não quer ter uma "amizade" com um "assassino", certo? Então vá embora. Eu não sou uma pessoa boa, e muito menos um príncipe de contos de fada - Ele disse muito perto dos meus labios.

Seus lábios rosados e bem desenhados estavam tão perto dos meus, sua respiração quente se misturando com a minha e seu olhar intenso sobre mim. O senti me puxar pela nuca e grudar nossos lábios num beijo quente e urgente, ele me puxou pela cintura e colou os nossos corpos, enquanto deslisava suas mãos sem pudor algum pelo meu corpo. Me pressionando contra mesa do escritório, eu senti sua ereção em minha barriga o que me fez ofegar, ele roçou aquele local coberto pelo moletom que usava contra mim e deu um gemido rouco perto da minha orelha, me pegou pela cintura e me sentou na mesa. Enlacei as pernas envolta de sua cintura aproximando nossos corpos o máximo possível, beijou meu colo e pescoço, apertou um de meus seios me estimulando e deslizou uma de suas mãos pelas minhas pernas. Ele voltou seus lábios para os meus e minhas mãos foram para debaixo de sua camisa arranhando suas costas, levando uma de suas mãos a barra da minha blusa, a puxando para cima, então um choque de lucidez me invadiu, e eu o empurrei para longe de mim. O que eu estava fazendo?

Ele me encarou com descaso e arqueou uma sobrancelha.

- E-eu não posso...- Tentei explicar sem parecer ridícula, mas não consegui. Eu era virgem, e não queria que fosse assim. Tão avulso.

- Eu sei, criança. E sobre o que veio me perguntar, pense o que quiser sobre esse assassinato, tire suas próprias conclusões, mas não volte aqui, não se ofereça como uma prostituta para dar pra trás depois -  Ele disse firme e caminhou rumo a porta, mas antes passar falou "Feche o bar quando sair" eu só consegui ouvir o barulho dele subindo as escadas que dão para seu flat e bater a porta lá em cima.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas.Como eu pude chegar tão longe com ele?

Eu nem entendi o porque de estar chorando, mas estava me sentindo humilhada, eu não me ofereci para ele em momento nenhum, achei que a atração fosse mútua.

E agora eu estou sentindo tão pequena e suja, como se ele tivesse pisado no meu orgulho de mulher tanto quando Crash.

E eu tirei minhas conclusões, Jared é mesmo um assassino.

Sai daquele bar sem fazer nenhum barulho, e eu acataria seu pedido.
Eu não voltaria naquele lugar nunca mais.

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SERÁ QUE O JARED É MESMO O ASSASSINO?
Carter nunca mais vai voltar no bar, alguem acredita?