o dono do bar.

n o v e

jared

Assim que saí do shopping, segui para o estacionamento, sai dali com a minha moto cantando pneu em alta velocidade. Eu amava sentir aquilo quando eu estava em cima da minha moto. O vento contra meu rosto, era como se eu estivesse "vivo".

Então aquele era o motivo, melhor dizendo, o terrível motivo pela qual a garota encheu a cara aquele dia.
Levem essa dica pra vida: Se for encher a cara por alguém, faça por quem mereça.
E aquele merdinha não vale nem a rolha de um vinho barato.

Cheguei em casa, passando pela adega do bar, pequei duas garrafas de Absolut e um Macallan e subi para meu flat que ficava acima do bar.

Me joguei no sofá e resolvi beber pra esquecer os problemas.
Que não são poucos.

Outra coisa, ou melhor, pessoa, que anda me intrigando é aquela garota. Carter. Isso nunca aconteceu antes.
Já tive várias mulheres de todas as formas e jeitos possíveis. Mas essa...
Essa garota me intriga tanto.

Aquele dia quando Kaike a trouxe no meu escritório falando que ela tinha desmaiado. Eu realmente não soube o que fazer, normalmente eu deixaria a pessoa caída lá no bar.

Mas quando eu fui ver, era só uma garota. Em algum momento eu fui condolente e a peguei nos braços e coloquei naquela poltrona do escritório.

Seu cheiro feminino e inocente me intorpeceu. Alguma coisa me chamou atenção numa garota aparentemente normal. Eu não entendia o porque de aparentemente uma "garota de família" estar fazendo aqui. Pois eu bem sei que meu bar não tem o um bom nome, mesmo sendo movimentado e recebendo pessoas importantes que querem relaxar, para não falar outra coisa, sugestiva. Pensando bem sobre aquilo, eu sabia o que levava "garotas de família" a fazerem coisas que normalmente não fariam.
Homens canalhas.
Como eu.

(...)

Acordei meio atordoado pela bebida que ingeri e tomei uma ducha para "acordar", eu e meu fígado estavamos tão acostumados a isso, que nem ressaca mais eu sentia, me vesti e desci para meu escritório, ainda era 21:45 PM e só abrimos mais tarde.
Fiz algumas coisas da contabilidade e fiz algumas ligações digamos que "importantes".

(...)

Já eram 01:54 AM quando olhei no relógio. Como é sábado o bar estava cheio. Eu a pouco desci pra ver o movimento e conversei com uns conhecidos, dei uma olhada nas coisas, mas voltei para o escritório, pois marquei com uma garota para que subisse depois que o movimento abaixasse um pouco. Eu não gosto de transar com tanta gente aqui, porque sempre acabo estressado, e sendo interrompido, o que é pior.

Passado um tempo ouço alguém bater na porta, sibilei um "entre", e logo Kaike adentrou, com uma expressão engraçada.

- Jared tem uma moça bebendo no bar. -  Ele disse. Mas o que eu tenho haver com isso?

Kaike as vezes tinha uma língua que não parava dentro da boca, ele sabia da vida de todos os nossos queridos clientes.

- E daí? - Perguntei com descaso.

- É aquela que desmaiou aquele dia...

"O que Carter está fazendo aqui?"

Era a pergunta que ecoava na minha cabeça enquanto eu seguia rumo ao bar... O que essa garota tem que me deixa preocupado dessa forma?

Será aquele Crash de novo?

(...)

Assim que a avistei ela estava sentada no balcão com um copo do que me parecia de tequila em mãos.
Passei por dentro do balcão e me aproximei dela que estava de cabeça baixa.

Ela não me parecia alterada.
Ela não estava alterada.
Mas bebendo como se o mundo fosse acabar, ela estava.
Mulheres...

Eu peguei o copo sem muita delicadeza de sua mão e joguei no lixo sem me importar que o mesmo era de cristal.
Ela levantou os olhos pra mim, estavam vermelhos e cheios de lágrimas... Respirei fundo, dissipando de perto de mim a preocupação e perguntei seco:

- O que está fazendo aqui?

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O primeiro ponto de vista dele❤