Capítulo 13

1K 90 0
                                    





Pérola





A ambulância já havia chegado,os enfermeiros rapidamente colocaram a vó na ambulância e meu avô fez questão de ir junto .A tia Gisele fez um escândalo para ir também ,porém foi impedida de acompanhar, já que o protocolo só permite a ida de um único acompanhante dentro do carro. A tia Gisele rapidamente pegou as chaves do carro do meu pai Nícolas de seu bolso e logo tratou de entrar no carro e dar partida. Mais assim que arrancou com o carro,ela acabou batendo com a frente do automóvel recém saído do concerto em outro carro que vinha a sua frente. A tia estava descontrolada ,mais aquela lá quando cisma ninguém consegue segurar.

— Que merda Gisele!  — Exclamou o pai. Logo ele abriu a porta do carro e a retirou de lá .Ela só sabia chorar e logo o apertou contra o seu corpo com força.

— Vocês estão bem? — Perguntou o meu pai Rick,e logo a minha mãe apareceu ao nosso lado com um copo de água com açúcar.

— Gisele,beba isso. — Esticou o pequeno copo para a tia que, em primeiro momento o rejeitou ,mais o meu pai Nícolas a forçou a beber a tal água.  — Vamos tentar manter a calma. — Reforçou a mãe para todos nos.


Luan


Aquela família é doida, e eu já não estava aguentando tanta pressão daquele tal de Sidney Saldanha. Aproveitei que a dona Marina passou mal para sair de fininho.A Pérola deve ter sentido a minha falta só depois quando a poeira abaixou. Recebi algumas mensagens em meu celular e eram todas dela exceto uma,que era da Natacha.

Oi Luan,imagino que ainda deva me odiar pelo o que te fiz...
Mais, eu queria conversar com você!Acredita que a minha tia resolveu voltar as origens e adivinha?
Aqui é o seu lugar de origem.  E olha como o destino é engraçado ,é o mesmo lugar em que você veio morar.

Assim que terminei de ler aquela mensagem meus olhos começaram a lagrimejar,relembrar daquilo não me fazia bem.

— Luan! — Uma voz familiar havia me chamado. Sequei rapidamente as poucas lágrimas que rolaram em meu rosto e olhei para trás e era o Davi.
— Você está bem? —  Perguntou-me já se aproximando de mim.Eu estava sentado na grama de uma praça um pouco mais distante da praça central da cidade. Eu estava encostado em uma árvore.

— Eu vou ficar bem.  — Minha voz saiu embragada. — Tá sabendo que a Marina passou mal? — Tentei mudar um pouco o rumo da conversa .

— Sei sim,por isso estava passando por aqui ,é caminho da casa da Fernanda. —  Você não devia esta lá,ao lado da Pérola?  — Indagou -me de forma bastante desconfiada.

— Eu estava ,porém me senti sufocado e resolvi tomar um ar! — O Davi sentou-se ao meu lado no chão.Tudo o que eu menos queria era que ele ficasse ali ainda mais comigo naquele estado.

—  Então ,quer me contar o motivo de estar assim? — Perguntou-me já me encarando.Eu desviei o meu olhar mais uma vez. — Pode deixar que sei guardar segredos muito bem.
— Tentou me tranquilizar.

— OK. — Respirei fundo mais uma vez. —  Acho que será bom dividir isso com alguém.


Pérola



Minha avó já estava no hospital, a tia Gisele e o restante da família já tentava manter a calma.O médido havia informado que a minha avó estava tento um infarto.Graças a Deus o meu avô sabia o que fazer no momento certo e isso fez toda a diferença.

— Filha ,está tudo bem com você?
— Indagou-me , o meu pai Erick. Eu encostei minha cabeça em seu peito e ele acariciou meus fios alaranjados com carinho.

— O Luan não responde as minhas mensagens... — Minha voz saiu embargada e meu pai notou que aquilo sufocava a minha alma.

—   Calma minha pequena,daqui a pouco ele responde. —  Beijou o topo de minha testa e logo levantou-se e seguiu até a minha mãe que estava apreensiva em ver o meu avô naquele estado deplorável. Apesar de estar mais calmo,ele ainda estava preocupado e abatido.


Luan


—  Nossa,ela teve coragem de fazer isso com você? —   Eu assenti e vi o quanto o Davi ficou perplexo com o que eu havia lhe contado.  —  Imagino a dor ,e a vergonha que você sentiu a ser exposto dessa forma. Eu sei disso, por que já fizeram algo parecido comigo no passado.  —  Confessou .

—   Você conseguiu perdoar a pessoa que te fez mal ? —  O Davi sorriu .

—  Eu consegui,até porque quem mais sofria com aquela dor era eu.Eu apenas liberei o perdão e me libertei daquele rancor de anos.

—  Mais você me parece ser uma boa pessoa,digo de bom coração. — Ele riu de forma contida. —  Já eu. — Meu olhar focava apenas o chão,se eu pudesse cavava um buraco ali mesmo ,e me enfiava para fugir desse mundo que já está completamente perdido. —  Eu não sei, se ainda estou pronto para perdoar,e ainda mais,parar para conversar com ela.
— Confessei.

—  Calma. —  Colocou uma das mãos sobre o meu ombro. — Tente refletir melhor sobre isso tudo,mais tente ver com clareza as coisas.E não ouse falar com essa menina antes de saber o que realmente quer fazer e as consequências que isso poderá gerar no futuro. — Aconselhou-me.

— Consequências,como assim?
— O indaguei de forma  irritadiça.

— Olhe para si mesmo, e veja como esse assunto te perturba. — Tentei respirar fundo e me controlar um pouco mais. —  E Luan,você ainda é jovem,não deixe que esses sentimentos e essa raiva que essa menina te trás ,destrua o amor que você sente pela minha pequena.
— Logo percebi que ele falava da Pérola.

—  Mais eu não vou magoa-la.
—  Foquei em seus olhos e ele levantou-se.

—  Isso é o que você não quer,mais não quer dizer que irá manter essa promessa de não magoa-la. A irá e a raiva nos deixam cegos e isso acaba afetando as pessoas a nossa volta.Pense nisso! —  Ajeitou seus óculos e saiu em direção a casa da Fernanda.

 Um Pedacinho de nós Dois ✔Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt