Capítulo 53

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Pérola




Assim que o Leon chegou pra me buscar, encontrei meu pai saindo do carro dele,após um dia de trabalho. Me aproximei dele e o abracei forte. Eu precisava guardar esse abraço em minhas memórias. Ele me retribuiu com o coração apertado. Beijou o topo da minha cabeça e ao nos desprendemos,ele puxou a pasta do banco do carro e um buquê de rosas.

— São pra mim? — Ele puxou uma rosa do buquê e me entregou. Eu aprendi a gostar de flores, por causa da mamãe.
— São lindas.
— Comentei ao cheira-la.

— Sua mãe vai gostar?
— Ele sorriu.

— Muito. O senhor tem bom gosto.
— Comentei.

— Óbvio que tenho. Me casei com a mulher mais linda do mundo,e ganhei uma princesa. — Acariciou meu rosto e eu sorri. O Leon me esperava ansioso dentro do carro. — Sabia que foi nesse dia que conheci sua mãe?
— Eu neguei. — Essas flores são para comemorar e reforçar meu amor por ela. — Eles eram tão lindo juntos.

— Hoje a casa vai ser de vocês dois.
— Meu pai sorriu. —O Miguel está com a namoradinha,e eu vou na lanchonete do Leon. — Meu pai acenou para ele ,que retribuiu.

— Não volte tarde. — Eu assenti e o abracei forte novamente. — E não se esqueça que você também faz parte desse dia. Conheci sua mãe, e ganhei você. Meu melhor presente. Você foi nosso elo. Eu sou o homem mais feliz ,por isso. — Como eu iria sentir saudades deles. — Eu tô muito orgulhoso de você. Meu pedacinho Tão amado. Que cresceu,germinou e agora vai seguir com as própias pernas. — Ele já estava emocionado,e sentindo o peso da saudade que iria se instalar entre nós.
— Você virou uma mulher!
— Constatou.
— Filha, por favor venha nos visitar em todos os feriados. — Eu ri e assenti.

— Pode deixar seu Erick. — Ele sorriu. — O senhor não irá se livrar de mim assim,tão facilmente. — Meu pai sorriu feliz pela minha afirmação.

— Assim espero! — Falou de forma bricalhona. Me despedi dele e segui até o carro do Leon. Abri a porta e me sentei no banco do passageiro. Ele sorriu grato por ter meu apoio.

— O que acha? Eu tô bem?
— Indagou-me, enquanto voltava a ligar o carro.

— Está lindo e casual.
— Comentei. — E cheiroso.
— Ele riu. Liguei o rádio para descontrair, enquanto íamos. Aquele papo de que ele iria me deixar dirigir, era apenas uma barganha para que eu não desistisse de ir com ele. Ele dirigiu tão rápido, que logo chegamos na lanchonete. Ele foi um cavaleiro ao abrir a porta pra mim,tanto a do carro quanto a da loja.

— Será que saio vivo daqui hoje?
— Murmurou e eu sorri.

— Reze para que ele não surte.
— Ele assentiu. Eu segui para uma mesa mais próxima do balcão e um funcionário logo se aproximou de mim. Pedi um sorvete,e ele anotou antes de sair. O Leon seguiu até o balcão e encontrou o pai dele. Ele colocou o avental vermelho da lanchonete e pegou uma bandeja e começou a servir os pedidos. Os minutos iam passando. O Leon verificava as horas sempre que passava pelo relógio de parede. Assim que meu sorvete chegou,comecei a toma-lo. Puxei meu celular da bolsa e abri minha página no Facebook. Postei uma foto do sorvete,com a descrição do "Melhor sorvete da cidade",e marquei a lanchonete. Em poucos minutos,já tinha muitas curtidas,inclusive da tia Gisele.

 Um Pedacinho de nós Dois ✔Where stories live. Discover now