Capítulo 56

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Luan




Eu estava furioso com aquela notícia. "Nos estamos namorando". Como ela pode ter feito isso comigo? Erámos uma família ,ou não?Ela devia ter pensado em mim. Ela sabe do ódio que tenho dele,por ter roubado a Pérola dos meus braços.

Após a nossa pequena discursão, eu peguei o carro e arranquei com ele para qualquer lugar que ficasse bem distante daqueles traíras. Eu segui sem rumo,quando dei por mim eu já estava longe o suficiente. O carro começou a esquentar,eu precisava parar em um posto de gasolina para esfria-lo. Assim eu o fiz. Segui para o posto mais perto,assim que cheguei.  Estacionei o carro e chamei um funcionário do posto para me ajudar. O rapaz me explicou o que eu tinha que fazer,era simples e óbvio. Eu tinha que esperar o motor esfriar e verificar  o nível de água do radiador. Assim que eu verifica-se que houvia vazamento. Observar  o nível de água,se ele estivesse  baixo, eu teria que  completar a água com o motor ligado, em marcha lenta, para evitar a ocorrência de um choque térmico. O cara era bom,sabia o que tava fazendo. Fui um bom aluno,e fiz conforme ele me explicou.

Após alguns minutos,o carro já estava se estabilizando. Olhei para o outro lado da rua,bem á frente do posto , eu vi que havia um bar. Minha garganta estava seca, e um frio começava a arrepiar meu corpo. Tranquei o carro,depois de  estacioná-lo em outro local,e segui para o tal bar. Eu iria pedir uma água ou algo do tipo. Cheguei ao dono do estabelecimento e pedi a tal bedida. O senhor me trouxe uma daquelas pequenas garrafas de plástico.  A abri e tomei em um só gole. Eu estava com muita sede. Enquanto eu estava encostado no bar,terminado de tomar a minha bebida,um rapaz que era visivelmente o dobro do meu tamanho,esbarrou-se em mim.

— Ah, me desculpe. — Zombou. — Eu não havia te visto. — Gargalhou.

— Óbvio que não viu. O palhaço ai,é tão gordo que consome todo o espaço a nossa volta. — O rapaz se irritou,e logo tentou avançar para cima de mim,mas foi impedido com a chegada de um outro rapaz.

— Eu já mandei você nunca mais aparecer aqui! — Disse em um tom alterado. O rapaz de ossos largos calou-se e em um só gole terminou a bebida que tomava. — Da próxima vez que tentar arrumar briga na minha área,eu quebro essa sua cara de retardado. — O ameaçou e eu ri. Eu deixei a garrafa de plástico no balcão e tirei uma nota e entreguei ao dono do estabelecimento.

— Eu moleque. — Me virei para olha-lo. Ele era robusto, mais não de gordura , mais sim ,de músculos. Os cabelos eram curtos e ele usava uma roupa de motoqueiro. — Você me deve uma cerveja gelada,por espantar aquele babaca da sua cola. — Eu respirei fundo e tirei outra nota para pagar a  cerveja. Assim que estava prestes a sair,os amigos dele me cercaram e eu voltei a me sentar e eles ao meu lado. — Qual é o seu nome? — Indagou-me, enquanto se sentava a minha frente e me entregava uma garrafinha.

— Luan. — Peguei a garrafa das mãos dele. Ele tomou um gole da dele e me encarou por não fazer o mesmo. Tomei um gole pequeno.

— Me chamo Flávio. Esse aí.
— Indicou-me o rapaz da minha direita. Um tatuado,raquítico. — Ele se chama coiote.— Só tem cara de mau,mais não mata nem uma mosca. — O cara bufou. — O careca com anel de corvo se chama Tulio. Ele tem umas motos maneiras. — O Rapaz era grande,e tinha muitos pircens.
— Somos legais. — Me disse e eu assenti. — Carlão, mais uma rodada da geladinha pra gente.— O senhor que estava atrás do balcão assentiu.
— Essa rodada é por nossa conta.
— Eu assenti. — Beba, a noite não foi feita pra meninos. — E tomou um gole da bebida dele,e eu tomei da minha.

 Um Pedacinho de nós Dois ✔Where stories live. Discover now