Capítulo 63

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Uns dias depois

Luan


Eu ainda estava tentando digerir aquela descoberta. Depois daquele dia,deixei a Dulce na casa dela, e me senti na obrigação de passar a noite com ela.  Não deitei na cama com ela,apenas me sentei ao seu lado e passei a noite em claros. A fiz comer,assim que chegamos. Ela estava tão abalada quanto eu,com aquela noticia. A tia dela preparou um ensopado de carne delicioso. Coloquei um filme de comédia pra assistirmos. Deixei o que eu tinha pra falar pra depois. Ela estava frágil, tudo o que precisava era de descanso e paz. Depois daquela noite,levantei cedo e deixei pelo menos um café preparado. Dei graças a Deus que ela tinha cafeteira em casa e que meu tio Artur havia me  obrigado a aprender a fazer um bom café. Infelizmente não  aprendi a preparar no fogão, mas o truque que ele me deu sobre a cafeteira ajudou bastante. Assim que deixei os pães sobre a mesa,e o café na garrafa térmica, a tia dela havia acordado e me encontrado na cozinha. Ela foi sincera e disse que se preocupava com a sobrinha. Que temia,que eu a abandonasse. Eu fui sincero. Confessei do carinho que eu tinha pela sobrinha dela,e que meu coração ainda era ocupado por uma outra menina. Ela sabia da história, mais ficou grata quando afirmei que iria assumir meu filho e que nada nesse mundo me faria desistir de ser o pai que ele fosse precisar. A Dulce acordou depois, me viu saindo e veio atrás de mim. Ela era tão madura. Me impressionava o grande coração que ela tinha. Disse-me que iríamos ser bons pais e que pra isso não precisaríamos está exatamente juntos. Ela me via,mais do que eu mesmo. Não me esqueço dessas palavras.
" Nosso elo é essa criança,mas nossos caminhos  não se unem. É dela que você ama. É dela que seu coração pertence". Saí da minha cama e vesti a minha camisa. Calcei meus chinelos,e peguei meu celular da cama. Sai do meu quarto e me apressei para sair de casa.

— Onde vai com tanta pressa?
— Indagou-me curiosa,enquanto calçava suas sandálias.

— Eu vou resolver uma coisa. Tô até atrasado pra fazer isso. — Contei enquanto puxava as chaves da mesa de centro.— E você, onde vai? — Ela arrumou a bolsa nos ombros.

— A Sicília tá na cidade. Vou encontra-la. Tô morrendo de saudades dela.

— Será que matou o quinto marido? — Ri e a Lena me repreendeu com o olhar.

— Ele a largou. — Constatou.— A trocou por uma menina mais nova. Da sua idade. —Eu ri.

— Você também desfila com um garotão a tiracolo.—Comentei sem pensar,e a Helena calou-se. — Me desculpe, eu não queria ofende-la.

— Eu sei.— Respirou fundo. Saí de casa junto dela. Eu segui para o meu carro,e ela para o dela. Ela saiu na frente,e eu a segui até os portões. Nossos caminhos foram distintos. Eu levaria muitas horas até chegar ao meu destino,mais antes buscaria algo na casa dela.



Pérola





Eu estava sentada na cama,alguns livros sobre minhas coxas e ao meu redor. As aulas por enquanto estavam "entendíveis",mais eu me aprofundada no assunto. A Aly,estava no meu lado oposto, com um único caderno em mãos, e no ouvido um fone grande. Algumas vezes ela se mexia, como se estivesse dançando sentada. Eu tentava não olha-la. Sempre que eu fazia isso,tinha que começar a ler tudo de novo. Eu não estava nada concentrada. Desde que cheguei o Luan não retornou as minhas ligações, o Leon disse apenas que ele tava passando por uns problemas. Não me disse nada além disso. Me contou também, que as coisas com a Helena estão um pouco confusas. Ela anda o afastando dela,e a desculpa que usou foi que uma tal de Sicília estava chegando na cidade ,e ela queria passar um tempo com a amiga. Eu fiquei feliz por saber que finalmente o Luan deu uma trégua com o Leon. Ele estava frequentando a fazenda,quando ela deixava ele ir.

 Um Pedacinho de nós Dois ✔Donde viven las historias. Descúbrelo ahora