Capítulo 50

635 74 3
                                    



Luan




Era bom ter alguém quando eu  pudesse  voltar pra casa,que iria sentir a  minha falta. Eu ainda tinha uma família que me amava e que queria o melhor pra mim. Seria uma jornada que eu teria que fazer sozinho,longe dos meus. Eu estava bem preparado,mas aquele friozinho na barriga com o gostinho amargo da despedida estava me consumindo. Me soltei do tio,e ele voltou a me abraçar forte,mais dessa vez foi mais rápido que o outro. O trabalho lhe esperava,ele era um orgulho pra mim,e com certeza pra família dele na toscana.

— Tio,eu também vou sentir saudades suas. - Ele assentiu,e se segurou para não chorar. — Tio,posso ficar aqui mais um pouco? - Ele concordou. - Quero fazer umas pesquisas.

— Fique o tempo que quiser. Vou voltar pra cozinha. O Nícolas só vai chegar na hora do almoço, até lá, a sala é toda sua.

— Obrigado. — Ele seguiu até a porta e saiu. Eu me aproximei da cadeira onde ele estava sentado e me sentei. Liguei o computador ,e assim que ligou abri a página do navegador. Eu queria fazer uma pesquisas sobre os países que eu iria conhecer,e quem sabe aproveitar para tirar uma férias.

— Luan. — Disse a tia Verônica espantada por me ver na sala.— Não sabia que estava aqui. — Se aproximou de mim e beijou a minha testa. Beijar a testa e o topo da cabeça era um costume da família da Pérola ,que meu tio trouxe pra dele e eu estava levando pra minha.

— Vim me despedir do tio. — Contei e ela se sentou na minha frente.

— Vai viajar? — Eu assenti.

— A trabalho.

— Eu tô ficando velha. — Comentou num tom debochado. — Vai pra onde?

— Pro outro lado do mundo. — Ela achou graça.

— Eu vou pra Toscana. O Artur te contou? — Eu neguei.— A mãe dele me convidou.

— Seu pai era de lá. — Ela assentiu.

— Porque não me encontra por lá, depois que terminar o seu trabalho?

— Vou pensar sobre isso. — Ela assentiu e se levantou.

— Põe na gaveta pra mim.
— Entregou-me um envelope,e eu o peguei e o guardei. — Ficou engraçado com as roupas do Artur.
— Eu ri e assenti.

— Mais ficou parecido com ele.
— Piscou o olho pra mim.— Boa viagem,meu sobrinho preferido.

— Sou o único. — Ela concordou.

— Por isso. — Eu ri,e ela se foi. Eu voltei a atenção às páginas que estavam expostas na tela. As horas voaram. Só vi meu tio entrando na sala ,com uma bandeja em mãos. A comida estava com um cheiro bom. Ele a colocou sobre uma mesa no canto da sala,sentou-se em uma cadeira e eu me sentei na outra.

— Então, achou o que procurava?
— Deu uma garfada em sua pasta.

— Sim. Esse tempo foi bom pra eu entender algumas coisas sobre a viagem.

— Que bom. — Terminamos o almoço em silêncio. O tio recolheu os pratos na bandeja e um funcionário veio buscá-la na sala.

 Um Pedacinho de nós Dois ✔जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें