"Isso Foi Um Erro Rique.."

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Já no corredor dei de cara com a Valéria. Ô garota chata, linda porém chata.

Valéria: o que ta fazendo acordado, e aqui no corredor? — ela cruzou os braços.

Henrique: o mesmo que você.

Valéria: não, tenho certeza que você não perdeu o sono por estar sentindo cólica. Arruma uma desculpa melhor na próxima.

Henrique: ai fica quieta, agora me deixa que vou tomar um ar.

Valéria: não, vou contar pro meu pai. É proibido ficar no jardim a essa hora.

Henrique: a qual foi, o que tu quer em troca de me deixar ir lá fora tomar um ar?

Valéria: um beijo, tu sempre soube que eu quero um beijo seu. Porque não agora? — ela sorriu sapeca.

Henrique: só um beijo. — tentei esconder minha falta de vontade.

Não esperei ela falar nada. Peguei em sua cintura e a puxei.
O começo do beijo foi um pouco desinteressante, mais depois foi ficando ótimo.

Puxei o cabelo dela, enquanto a mesma mordia meu lábio.

Eu queria mais, mas lembrei que a Ceci iria acabar dormindo.

Henrique: pronto. Fui! — sai de lá deixando ela sozinha.

Fui para o jardim, e procurei a janela do quarto da Ceci e da July. Achei, ela já estava aberta então não tive esforço.

Entrei e todas estavam dormindo, menos a Cecília. Ela estava mexendo no celular.

Passei a mão em sua costa e ela se assustou, quase gritou mais segurei sua boca.

Henrique: ta devendo? — me deitei ao lado dela.

Cecília: não. Por que estaria?

Henrique: nada ué.

Cecília: então ta né.

Henrique: só acho engraçado que, se eu pego alguém sou galinha. Agora o Vini pegar garotas na piscina é normal. — ela me olhou tentando segurar o riso.

Cecília: ué, obvio que é normal. Principalmente sendo o Vini, porque cá entre nos o Vini é o Vini né?! — ela sorriu.

Henrique: é o que? Ou você só pode ter a ousadia de me achar o lindo, o gostoso, o tudo, entendeu?

Cecília: ah, isso era quando você ainda lembrava da minha existência. Agora eu idolatro o Vini, nossa que cara lindo.

Henrique: cala a boca, para de falar dele Cecília. — revirei os olhos.

Cecília: ah, por que? Ele é mó delícia, aquele tanquinho dele, meu Deus.

Henrique: já te mandei parar.

Cecília: e se eu não parar? O que vai fazer? — ela me olhou sarcástica.

Não pensei duas vezes e a beijei.

Eu não sei bem porque fiz isso, acho que foi espontaneamente.

Segurei seu rosto durante o beijo. Ela alisava minha nuca suavemente, o que me deixava louco porque se tem algo que eu amo é carinho na nuca.

Mordi seu lábio e ela suspirou, achei meio estranho mais não parei o beijo.
Ela puxou de leve meu cabelo e eu a puxei mais para mim.

Apertei sua cintura, enquanto agora ela dava leves arranhões na minha nuca.
Talvez eu tenha me animado demais, e resolvi parar o beijo.

Eu sorria largamente e ela não sabia onde esconder o rosto.

Henrique: não quer falar disso né?

Cecília: isso foi um erro Rique... — ela escondeu o rosto no travesseiro.

Henrique: erro nada, isso foi bom. — tirei o travesseiro de seu rosto e beijei sua testa. — eu vim pra dormir com você. Pode ser?

Cecília: claro. — ela sorriu com os olhos um pouco fechados por conta do sono.

Henrique: e ah, desculpa. Me animei um pouco no beijo.. — cocei minha cabeça.

Cecília: um pouco? Pensei que iria rasgar o shorts. — ela deu risada e eu a puxei para meu peitoral totalmente sem graça.

P.O.V JULIANA

Acordei de madrugada com um pouco de claridade no quarto. Era o Henrique com a droga do celular ligado.

Juliana: desliga essa merda. — fui até a cama e peguei o celular da mão dele. — o que ta fazendo aqui? É proibido.

Henrique: me devolve essa porra Juliana! Vim dormir com a Ceci, vai sai daqui. Vai dormir.

Juliana: não dá pra dormir com essa claridade! — gritei e acordei as meninas sem querer.

Laura: que inferno,calem a boca. — ela voltou a dormir.

Cecília: caramba, não sabem ficar sem brigar nem na hora de dormir? — disse sonolenta.

Juliana: toma essa porra de celular! — joguei em cima dele e sai.

Fui para a sala de estar e vi o Gustavo lá.

Juliana: ta fazendo o que aqui? — sentei no outro sofá.

Gustavo: acordei ouvindo seus gritos e do Henrique. — ele revirou os olhos.

Juliana: desculpa ae. — sorri sem graça. — Henrique me dá no nervos, ah! — soquei a almofada.

Gustavo: Que estresse gata — ele riu. — filme, bora assistir?

Juliana: claro.

Ele ligou a tv e colocou um filme, sentou ao meu lado e ficamos assistindo. Deitei a cabeça em seu ombro e acabei pegando no sono.

Opostos ∞ - Colégio Interno.Onde histórias criam vida. Descubra agora