Você É Meu Amigo, E Não Quero Estragar Isso.

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P.O.V JULIANA

Gustavo: ridículo o que o pessoal fez. Todo mundo curtiu a festa, e na hora de ajudar foram embora.  — ele senta na cadeira perto da piscina.

Juliana: para tudo. — jogo a vassoura no chão. — você querendo arrumar casa? — pergunto espantada.

Gustavo: uai, tenho mil e uma utilidades. — ele sorri e vem até a mim.

Juliana: poxa, não testei nenhuma das utilidades ainda. — faço bico, e puxo o mesmo pela camisa, colando nossos corpos.

Gustavo: porque não quis. Ficamos a noite toda acordados. — ele sorri e segura minha cintura.

Juliana: ah, não fizemos o que queríamos. Mais nos agarramos a vontade, e tenho como provar. — mostro a ele uma parte da minha boca que está roxa.

Ele ri.

Gustavo: é, e você só me atiçou e não terminou né?

Juliana: é só pra dar vontade. — mordo o lábio dele.

Gustavo: safada. — ele ri e beija meu pescoço.

Fecho os olhos e me arrepio inteira. Fico com medo de acabar me machucando nessa nossa “brincadeira”.

Pensamentos negativos invadem minha mente.

Empurro o Gustavo de leve e me afasto dele. Me sento no chão.

Gustavo: ei, o que foi? — ele senta na minha frente, porém de costas para mim.

Juliana: eu não sei. Acho que medo. — fito o chão.

Gustavo: medo do que? Se estiver pensando que vou te iludir, pode tirar isso da cabeça.

Juliana: é realmente isso Gu, você é meu amigo e não quero estragar isso.

Gustavo: eu também não quero estragar, mais eu gosto de você já faz 17 anos porra. — ele deixa as palavras escaparem.

Ele apóia a cabeça nas duas mãos.

Gustavo: fui idiota né? Esquece isso que falei.

Parece que eu só precisava daquelas palavras pra me acalmar, elas vinheram como uma calmaria no meu peito, me senti tão bem.

Ele praticamente se declarou pra mim.

Juliana: não, não foi idiota. Foi fofo, e se quer saber também gosto de você à 17 anos, mais nunca tive coragem de dizer.

Gustavo: isso eu já sabia, morena. — ele sorri, ainda de costas para mim.

O abraço por trás, ainda sentada no chão. Enlaço meus pés envolta da sua cintura e ficamos assim um bom tempo.

P.O.V LAURA

Laura: Oi gatinhos da life! — passo pelo quintal gritando. — desculpa, não queria assustar vocês. — sorri sem graça.

Gustavo: relaxa, não assustou. — eles estavam tão fofos juntos.

Juliana: é, a gente só estava conversando aqui de boa.

Laura: ata. — sentei ao lado deles. — fiquei sabendo que a mãe da Ana voltou de viagem, é verdade?

Juliana: é, ela voltou de manhãzinha, pelo que o meu irmão disse ela chegou gritando já.

Gustavo: tu num tava aqui Laura?

Laura: gente que loucura. — ri. — eu fui embora cedo uai. Não trabalho como vela, ou detetive.

Juliana: que?

Laura: tive que ficar caçando vocês dois, até que achei vocês se pegando ali atrás. — apontei para o local.

Juliana escondeu o rosto no pescoço do Gustavo.

Gustavo: viu, deixou minha morena sem graça. — ele sorri e beija o pescoço dela.

Laura: ai que melação! — reviro os olhos. — cadê a Ceci?

Juliana: ta na cozinha. Com o Henrique e a Ana.

Laura: valeu, vou lá. Beijinhos. — saio de lá.

Espero que os dois dêem certo, acho eles tão fofinhos.

Me perdi na casa da Ana, entrei em três quartos na parte debaixo da casa, depois que vi um cômodo que devia ser a cozinha.

Laura: e ai galera! — entro gritando na cozinha. — opa, desculpa. — ri.

Ceci e o Henrique estavam quase se pegando na cozinha, talvez eu tenha atrapalhado.

Cecília: oi Laurinha! — ela me abraça. — que bom que veio nos ajudar.

Ana: me ajudar né? — ela desce as escadas. — Laura vem comigo, porque só eu que tô sozinha.

Cecília: que mal tem ela me ajudar?

Laura: ta com medo do Henrique? — ele riu, e eu ri junto.

Henrique: é, ta com medo Ceci? Eu não mordo. Só se você pedir. — ele ri e a abraça.

Laura: vamos Ana, vou te ajudar. — subimos rindo.

P.O.V DUDU (pai do Henrique)

Dudu: cadê a Cecília e o Henrique? — falo sozinho.

Bea: amor, eles ainda não apareceram? — ela desce as escadas.

Dudu: não. Eu pedi para o Henrique me ligar, ele vai ver só quando chegar.

Bea: se aconteceu alguma coisa com a minha filhinha, eu mato você e o tarado do seu filho! Ta me ouvindo? — ela grita.

Dudu: tô, to ouvindo. Nada vai acontecer. — reviro os olhos.

Bea: eu espero. — ela respira fundo e põe a mão na testa.

Vejo a mesma ter uma tontura.

Dudu: o que foi? — corro até ela.

Bea: tontura, dessa vez veio mais forte. — ela senta no sofá.

Dudu: como assim “dessa vez”? Teve tontura hoje?

Bea: desde ontem. Quando fui comprar o vestido, ontem antes de dormir, hoje quando levantei, e agora.

Dudu: porque você não me disse? Vamos para o hospital agora!

Bea: não, foi uma tontura qualquer.

Dudu: desde ontem? Lógico que não. Levanta! Vou te levar.

Bea: não, e se a Ceci chegar?

Dudu: Henrique cuida dela, agora vem.

Ela está com o corpo um pouco mole então a ajudo ir até o carro, a deixo lá, volto pego as chaves tranco a casa e dirijo em direção ao hospital.

Escuto ela reclamar de umas dores na perna.

Bea: minha perna ta doendo amor, me ajuda. — ela choraminga.

Dudu: só uma Perna? — ela balança a cabeça positivamente e uma lágrima escorre do seu rosto. — porra amor, porque não levou essas tonturas a sério? Por que não me contou?

Eu estava tão desesperado que acabei gritando com ela.

Dudu: desculpa amor.

Ultrapasso alguns sinais vermelhos, só quero chegar logo no hospital. Minha mulher está mal, não gosto de a ver assim.

Chegamos ao hospital e a levaram em uma maca para uma sala. Pois ela estava chorando de dor.

Fui até o balcão fazer a ficha dela, eu não pensava em nada, só nela chorando de dor e segurando a perna. Meu coração doeu, não me deixaram entrar com ela.

Liguei novamente para o Henrique, mais porra, ele não atendia. Liguei para a Vitória que veio para o hospital correndo com o Alex.

Opostos ∞ - Colégio Interno.Where stories live. Discover now