Quero Cuidar Dela, Da Minha Pequena!

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O pessoal chegou no hospital a alguns minutos. Estou nesse maldito hospital á 2 horas e meia, e nada de notícias.

Agora estou abraçada no sofá com a Juliana, enquanto o resto do pessoal fica olhando o teto.

Juliana: vai ficar tudo bem,você vai ver. — ela alisa meus cabelos.

Cecília: ta demorando muito, não acham?

Dudu (Padrasto): eles estão fazendo alguns exames, que demoram. Não quer ir pra casa comer? O Henrique vai com você.

Cecília: não, não quero ir. Quero a minha mãe. — sussurro a ultima parte baixinho, com os olhos cheios de lágrimas.

Gustavo: ai ò, o doutor ta vindo. — ele fala e todos se levantam.

Cecília: cadê a minha mãe, ela ta bem?

Doutor: espere um pouco, preciso explicar.

Alex: apenas escute, meu bem. — tio me abraça de lado.

Doutor: fizemos alguns exames que demoraram um pouco, tivemos o resultado, eu não queria acreditar nesse resultado, mais as dores que ela vem sentindo na perna à 3 dias nos comprovaram mais ainda o resultado.

Cecília: que dores? Como assim? O que ela tem? — pergunto assustada.

Todos estão loucos para saber o que houve com minha mãe.

Doutor: a sua mãe está com câncer, há um tumor maligno na perna dela.

Eu não estava acreditando, meu coração perdeu umas 15 batidas, fiquei paralisada com o coração nas mãos.

Dudu (padrasto): como assim? Tumor maligno? Caralho, não pode ser! — seus olhos enchem de lágrimas. — ela não pode amputar a perna? Ajudaria a remover o tumor.

Doutor: infelizmente não, me desculpe. O tumor já está se espalhando por todo o corpo dela, lentamente, mais está. Ela poderá fazer o tratamento, mais não vai ter como fugir da morte. Infelizmente.

Aquelas palavras entraram na minha cabeça, e acertaram meu peito como um tiro. Como assim minha mãe vai morrer?

Porra!
Meu chão tinha acabado de cair, eu estava completamente desnorteada. Meu coração batia aceleradamente e tudo que eu queria era poder fazer ela ficar aqui, comigo!

Dudu (padrasto): diz que é brincadeira,pelo amor de Deus! — o médico balança a cabeça negativamente. — caralho! — ele grita já chorando, se joga encolhido no chão e tampando o rosto.

Vitória: não fica assim Dudu, as vezes o doutor esteja errado. — ela tenta acalmar ele.

Ver aquela cena, todos me olhando com pena, meu padrasto morrendo de chorar, meu coração apertava e eu sentia uma falta de ar enorme.

Henrique me olhava de longe, serio. Não sorria, apenas me olhava como nunca havia olhando antes.

Senti falta de ar. Respirei fundo 3 vezes, e todos me olharam assustados.

Laura: o que houve amiga? Ta sem ar? — pergunta preocupada.

Cecília: meu Deus, quero morrer, inferno de vida! — grito.

Foi tudo que consegui dizer. Saio correndo para fora daquele hospital, em prantos com o coração completamente destruído.

P.O.V HENRIQUE

Vi a Cecília sair do hospital correndo e chorando, meu coração apertou. Não acredito que isso tudo estava acontecendo.

Resolvi ir atrás dela.

Alex: não vai. Deixa ela pensar, e assimilar tudo isso. — ele segura meu braço.

Henrique: não! — grito. — eu não vou deixar ela sozinha daquele jeito. Se ela vai chorar, vai ser do meu lado, quero cuidar dela, da minha pequena! — meus olhos se enchem de lágrimas.

Vitória: deixa ele ir amor. — minha mãe segura o braço do meu padrasto.

Vou atrás da Cecília, não sei onde ela pode estar.

Rodei aquele hospital inteiro atrás dela e não a achei. Perguntei aos seguranças de lá, e eles me afirmaram que ela não saiu do hospital.

Encontrei um senhor da limpeza.
E perguntei se ele havia visto ela.

— acho que vi essa garota, ela esta chorando, esta tão triste. — ele me olha com pena. — ela esta logo ali.

Ele aponta para uma pequena porta do hospital que leva a uma salinha escura.

Fui ate lá, pude ouvir ela chorar, entrei. A salinha era pequena e apertada.

Cecília: sai daqui Henrique. — diz ainda chorando.

Henrique: não, Henrique não. Pra você é Rique. Não precisa se fechar comigo e ficar assim. — seguro sua mão. — eu to aqui pra te ajudar. — aliso seu rosto.

Cecília: ninguém pode me ajudar, ninguém. Eu odeio esse mundo, eu odeio minha família, odeio minha vida. Odeio você, sai daqui! — ela me empurra e seguro e seus punhos e a beijo.

Opostos ∞ - Colégio Interno.Onde histórias criam vida. Descubra agora