Opostos ∞ - Colégio Interno.

Eu Tô Com Saudade.

Cecília: nada, não estou fazendo nada. — limpo meu rosto.

Pego a lâmina e enfio na caixinha, tentando esconder.

Vini: mentira. — ele pega a caixinha de minhas mãos e abre. — você ia se cortar? A quanto tempo faz isso?

Cecília: eu nunca me cortei. Ia ser a primeira vez, e talvez agora eu poderia estar morta, mais você me atrapalhou.

Vini: não tenta fazer brincadeiras com isso. Porque sim, eu vou brigar com você. — ele senta ao meu lado. — eu vi o que aconteceu.

Cecília: todos viram. Foi ridículo, ele me deu um fora na frente de todos.

Vini: olha, não era pra eu defender ele, mais preciso. Acho que ele não queria te dar um fora.

Cecília: queria sim! — falo alto.

Vini: não. Ele nem tinha escolhido música, ele escolheu na hora.

Cecília: ah, e do nada ele escolhe logo aquela música? Não precisa defender ele ok? Me deixa. — me levanto e pego minhas coisas.

Vino: espera. — ele segura meu braço. — essa caixinha eu não vou te devolver. Vai ficar comigo. — diz, beija minha testa e sai.

Vou com cuidado até meu quarto para ninguém me ver. É horário de almoço, então todos estão na cantina.

P.O.V HENRIQUE

Henrique: achou ela?

Paloma: não, já procurei em todo lugar. — fala cansada.

Agradeço e vou até a cantina.
Procuro a Juliana com o olhar e acho.

Juliana: que é? — me olha emburrada.

Henrique: vem comigo.

A puxo pelo braço até fora da cantina.

Juliana: ta feliz? Conseguiu o que queria.

Henrique: não tô feliz, ta maluca? E o que eu queria?

Juliana: iludir minha amiga! Fez papel de bom moço, de quem se importa, de quem ama, e eu e você sabemos que esse seu lado não existe. Pra que brincar com ela assim? Você não sabe amar!

Henrique: ta maluca Juliana? — levanto meu braço para lhe dar um tapa mais ela segura.

Juliana: não, você não vai me bater. Só estou dizendo a verdade. Agora minha amiga sumiu, e deve estar mais triste do que já estava. Parabéns, ótimo momento para magoar ela! — grita e sai.

Encosto minha cabeça na parede, e Bato a mesma umas cinco vezes na parede.

Não era minha intenção deixar ela triste, eu só queria deixar claro que a gente não iria dar certo.

Henrique: Eu preciso achar ela. Pedir desculpas, olhar ela sorrir, a beijar, e a abraçar forte.

Na verdade, ela não ia aceitar nem as desculpas, conheço a minha loira.

Vini: ela ta bem. — diz parando em minha frente.

Henrique: tu achou ela? Como ela ta? Me diz onde ela ta, vou lá.

Vini: sim, achei ela. Mais ela já sumiu de novo. Ela ta mal né Henrique, tu fez merda. E não vou dizer onde ela tá, deixa ela pensar. Tu já fez muita merda.

Henrique: tá..

(...)

P.O.V CECÍLIA