Cecília: o que está fazendo? — ela para o beijo.
Henrique: tentando acalmar você. — a olho sério.
Cecília: me acalmar? Minha mãe vai morrer e você quer que eu me acalme? Seu idiota! — ela grita.
Henrique: para de gritar Cecília. — serro os punhos.
Cecília: não adianta me chamar de Cecília, não vou parar de gritar. Não sou obrigada! — ela grita. — para de fingir que se importa caralho, vai pegar aquelas putas da escola, só... — não a deixei falar.
Segurei seus braços e novamente a beijei. Ela tentava parar o beijo mais eu não deixei. Ela precisa se acalmar, e eu estou morrendo de saudades desse beijo.
Paro o beijo por falta de ar.
Cecília: não faz mais isso. — ela me olha seria e ofegante.
Henrique: não. Só vou parar quando você parar de gritar e me xingar. Não fiz nada com você. — sinto algo ruim invadir meu peito.
Cecília: desculpa, mais não é em você que tá doendo. — ela abaixa a cabeça e lágrimas escorrem.
Henrique: você que pensa, eu mal tinha intimidade com sua mãe. Mais, e você? Te ver assim me destrói, ainda mais me xingando por algo que não fiz. — tentei me afastar dela mais foi em vão.
A sala era muito apertada.
Me virei para sair.
Cecília: o que tá fazendo? — ela segura meu braço.
Henrique: indo embora, você não precisa de companhia.
Cecília: não! Eu preciso sim. — ela abaixa a cabeça. — eu preciso de você.
A mesma me puxa e me abraça apertado.
Henrique: eu amo você. — deixei as palavras saírem.
Ela sorriu.
Saímos da salinha e fomos até a sala de espera do hospital.
Todos estavam sentados no sofá, meu pai chorava e aquilo acabava comigo.
Minha mãe abraçou a Ceci, que agora chorava. Fui até meu pai, que se levantou e me abraçou.
Dudu: eu amo ela, filho. — ele me abraça forte, ainda chorando.
Henrique: eu sei pai, mais precisamos dar forças pra Ceci. Ela precisa, e muito. — sorri fraco.
Cecília vem até a gente.
Cecília: e a minha mãe, já foram ver ela?
Dudu: não meu amor, sua mãe só vai poder receber visitas amanhã. Vou passar a noite aqui com ela.
Cecília: não vou pra aula amanhã. — fala decidida.
Henrique: vai sim. Amanhã cedo a gente vem visitar ela antes da aula.
Dudu: isso mesmo, não perde aula. Vai poder vê-la sempre. Agora vá pra casa comer e descansar, amanhã você volta. — ele beija o topo de sua cabeça.
Cecília: vai ficar bem? — ele balança a cabeça positivamente.
Henrique: fica bem. — o abraço. — vamos?
Cecília: vamos.
Saímos do hospital abraçados, Cecília não estava bem. Subimos na moto e dei partida até minha casa.
Achei melhor ela passar a noite lá, e não na casa dela.
Entramos e ela se sentou no sofá.
Henrique: vou tomar banho. — tirei minha camisa. — vamos subir, primeiro você toma o seu, tenho roupas sua aqui.
Cecília: tá. — disse e subimos.
Ceci já havia tomado banho.
Pego uma cueca e uma bermuda no guarda-roupas. Entro no banheiro e tomo meu banho.
Abro a porta do banheiro e vejo a Ceci na cama, chorando. Ela começa a gritar o nome de sua mãe.
Corro até a cama.
Henrique: ei, ei. — me abaixo em frente à cama. — não chora, tô aqui contigo. Vou cuidar de você.
Cecília: não dá, ta doendo aqui dentro. — ela põe a mão no peito.
Henrique: eu sei que ta doendo, meu amor. — meus olhos se enchem de lágrimas. — mais você tem que ser forte, vou acabar chorando também.
Cecília: você chorando? Essa eu pago pra ver. — ela da um sorriso fraco. — mais é horrível lembrar de todos meus momentos com ela e saber que em pouco tempo ela não vai mais estar aqui. — ela chora e me conta todos os momentos com a sua mãe.
As lagrimas que eu estava tentando segurar, rolam por todo meu rosto.
Não aguento ver ela assim.
Ela me olha.
Cecília: por que ta chorando?
Henrique: não aguento ver você assim. — aliso seu rosto.
Cecília: não, não chora. — ela limpa minhas lágrimas com as mãos. — não quero que você chore, eu to bem. — ela tenta dar um sorriso.
Me senti tão bem, ao ver ela tentando ser forte pra não me ver chorar.
Henrique: eu te amo tanto, você não tem noção. — olho dentro de seus olhos e aliso seu rosto.
Cecília: ama?
Henrique: amo. Muito. — falo e a beijo.
Dessa vez ela não parou o beijo, na verdade, ela parecia querer esse beijo tanto quanto eu.
Apertei sua cintura enquanto ela fazia cafuné em meu cabelo.
A puxei e a mesma sentou em meu colo.
Henrique: não quero te ver chorar, quero ver teu sorriso. — passo a mão em seu rosto.
Cecília: você me deixa tão bem. — ela sorri.
Henrique: e você nem tem noção do quanto me deixa bem. — beijo seu pescoço e a mesma se arrepia.
Resolvi fazer brigadeiro, pois ela não queria comer. Coloquei um filme e nos sentamos.
Comemos e nos deitamos. A puxei para meu peito enquanto ainda assistíamos o filme.
Ela me olhou e sorriu.
Cecília: eu amo você. — ela beija meu rosto e deita a cabeça em meu peito.
Sorri sozinho e fiz carinho em seus cabelos, até a mesma pegar no sono.
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Opostos ∞ - Colégio Interno.
RandomCecília, uma menina que ama seu melhor amigo e não sabe disso, e quando descobre esse sentimento tenta esconder, o que não da certo. Henrique sempre foi apaixonado por Cecília, mais nunca disse nada a ninguém, e ao contrário da melhor amiga, ele é u...