Capítulo 15

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RECAPITULANDO. Porque vocês não são obrigados a ler tudo isso - e ainda por cima, cheio de erros de novo:

"Anne é uma jovem publicitária que mora no Rio de Janeiro e trabalha numa agência de publicidade como assistente de um cara neurótico (Pepa) que mandou ela ficar de olho e descobrir os planos do Morgado, um dos diretores da agência da filial norte-americana. Pois bem, depois um sábado péssimo em um evento Anime - essa foi Anne tentando se dividir entre a amizade do Red (jogador quase profissional de pokemon) e o trabalho. Agora era vez do Morgado levar ela para passear e justamente para para Búzios - Red acha que ela está em casa vendo Netflix (Shiiiuuuu!!!) -, mas enquanto isso Anne está espionando o Morgado e vivendo um dia de cinema com direito a helicóptero, lancha e o resto você descobre nesse capítulo."

COMEÇA AQUI!!!

Voltamos para o Hotel a tempo para o almoço que ele, ou a Ju - tenho minhas dúvidas agora -, reservou para ser servido num deque na praia. Foi o tempo para tomarmos um banho rápido no quarto. Claro, cada um no seu quarto. E nos encontramos lá. No deque. Não no quarto.

O motorista apareceu para entregar os nossos celulares. Eu imaginei que a bateria já estava no zero, mas recebi uma notificação e vi que ela estava cheia. Provavelmente, o motorista recarregou os aparelhos nesse tempo. Minha mão coçou para ver o que eram aquelas notificações.

Fiquei surpresa ao ver que Morgado estava ignorando o seu aparelho tão amado. Na realidade, parecia que ele estava se esforçando muito para não tocar nele. Mas tenho certeza que por dentro o seu corpo inteiro estava formigando querendo ver o que era aquela luzinha piscando.

Ele me encarou por alguns segundos enquanto eu segurava o celular na minha mão. Se ele consegue segurar a onda durante o almoço, também posso fazer esse esforço e desligo o celular. Mas não quero que ache que estou fazendo isso por ele.

- Tem que durar até o final do dia - jogo um desculpa esfarrapada.

O almoço foi muito agradável. Conversamos sobre coisas variadas. Nada muito pessoal, nada de trabalho. Eu ainda não sei quem ele realmente é, o que de fato ele está fazendo aqui. Mas já não me importo mais. Nesse exato momento, enquanto como meu um pedaço de lasanha suculento, eu sou a Anne que usa biquini fio dental sem neurose, que não está pensando o que vai dizer para o Pepa na segunda, ou para o Red. Aliás, eu devo satisfação para o Red? Acho que não. Se você jogar no google DE BOAS agora mesmo, vai encontrar uma foto minha linda e bela.

Ao final do almoço, Morgado sugeriu  descansarmos um pouco, já que o dia ainda não tinha acabado. E foi eu pisar no quarto e já agarrei o celular. 

Fiquei deitada olhando a tela preta com luzinha de notificação piscando. Será que queria mesmo ler essas mensagens? Acho não. Eu não queria saber quem entrou em contato. Não quero resolver nada agora. Não QUERO que a minha foto saia da busca DE BOAS no google.

Deixei o cansaço do mar dominar o meu corpo e não demorou muito para os meus olhos fecharem.

Acordei me perguntando onde eu estava. Se tudo aquilo tinha sido um sonho. O som de um telefone antigo perturbou o meu descanso. Os poucos músculos que usei para tatear a cama até o telefone gritaram de dor. Ao colocar o fone no ouvido, só consegui pronunciar um "alô" rouco que podia muito bem ser confundido com um grunhido de zumbi.

-Desculpe acordá-la, senhorita Roxanne. Mas o senhor Morgado pediu para acordá-la.

Resmunguei um okay e coloquei o telefone novamente no gancho.

Espreguicei na cama e reparei que havia um envelope perto da porta. Curiosa como sou, eu levantei num pulo e fui lá ver o que era. Meus músculos estavam duros, mas ignorei a dor.

Eu Escolho VocêWhere stories live. Discover now