Sentimentos Aflorados

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*Imagem acima da Analu e da Laís

Flávia

Se entregar de corpo e alma para a pessoa que você ama não tem preço, ainda mais quando sabemos que o amor é reciproco por ambas as partes.

— Flávia, você pode me ajudar com a Analu enquanto eu coloco a Laís para dormir? — Heloísa pergunta ao meu lado, no quarto das bebês.

— Claro, deixa eu pegar ela — pego-a nos meus braços.

Ela era tão pequenininha, na verdade ela e a Laís eram.

Fazia já dois meses que elas haviam nascido, eram gêmeas. A Heloísa veio morar aqui em Recife, é até melhor para ela, já que tem todos os nossos amigos e podemos ajuda-la sempre quando precisar, do que lá em João Pessoa, que os seus pais e a Eloá mau param em casa. E falando em ajudar, agora eu estava aqui na sua casa, ajudando a minha amiga com as suas lindas filhas.

Quando ela e o Cauã me contaram, eu fiquei muito feliz por eles. O Cauã ama muito a minha amiga e a Heloísa também o ama demais, na verdade ela me confessou há alguns anos atrás, que gostou dele assim que o viu pela a primeira vez, não pela a sua aparência mais sim pelo o seu jeito, por ser um rapaz encantador, charmoso, além de ter o sorriso mais bonito que ela já havia visto.

Ela só se distanciou dele, mesmo não querendo, por conta da Eloá. Mas isso são águas passadas e quando eles começaram a conversar, não teve outra. E hoje eles estão juntos, com uma família construída e muitos felizes.

Eu não podia imaginar uma família melhor para os dois.

Elas são tão lindas — olho para a Analu aninhada nos meus braços, com os seus olhos quase fechando sobre suas pálpebras.

— Está imaginando quando os seus vem? — Heloísa me dar um susto com as suas palavras e faz eu sair do meu devaneio.

— O quê? Ah, não, eu não quero pensar sobre isso agora, ainda nem casamos — digo rindo, para disfarçar o meu embaraço.

— Sim, eu sei disso — Heloísa pega a Analu dos meus braços. — Quando eu conheci o Cauã eu nunca imaginei que viveria ao lado dele, mas olha só como a vida pode mudar e só de ter essas belezinhas sorrindo para mim, eu já me sinto realizada — ela sorrir.

— Sim, o Cauã é um ótimo pai — digo enquanto olho a Laís dormir.

Eu o tinha visto mimando as garotinhas quando ele chegava em casa, ele não desgrudava delas. Até em dias que ele vinha super estressado, era só ele ver as meninas ou brincar com elas que o humor dele já mudava.

— Heloísa? — Era a voz do Cauã, ele chegou do trabalho. Minha deixa para voltar para minha casa.

— Aqui em cima, Cauã — Heloísa coloca a Analu no berço, ela havia dormido nos seus braços.

— Olá, Flávia — Cauã diz assim que me ver no cômodo. Fica ao lado da Heloísa, segurando na cintura dela e logo deposita um beijo na sua testa.

— Oi, Cauã — sorrio para ele.

Eu não canso de admirar os dois. Eles são lindos juntos, se dão super bem e além de tudo são ótimos pais.

— Acho que hoje cheguei tarde demais. — Cauã se aproxima do berço delas. — Elas já estão dormindo.

— Sim, elas já estão, ainda bem — Heloísa o abraça ao mesmo tempo em que rir, como se dissesse: "por hoje é só, amanhã tem mais".

— Elas deram bastante trabalho hoje — confesso, me lembrando de tudo que eu a Heloísa havíamos feito hoje. Se pequenas as duas já dão um trabalho, imagina quando crescerem.

— Eu aposto que deram — Cauã alisa o rosto de cada uma, visivelmente feliz.

Eu até agora não tinha pensado sobre isso, mas até que esse assunto me agrada.

Quando eu vou ter os meus próprios filhos?