Miguel
— Agora eu vou te fazer as mesmas perguntas que a minha irmã fez a você — me jogo no sofá.
— Pode começar, prometo responder tudo direitinho — Flávia vem na minha direção, senta-se no meu colo e me dar um selinho logo em seguida.
Estávamos na sua casa, mas precisamente na sala.
— Nós precisamos marcar a data do nosso casamento. Você tem alguma data especifica? — Pergunto.
— Eu gostaria de me casar no dia do meu aniversário. O que você acha? — Ela fala com uma mistura de medo e expectativa, ela quer que eu aceite ao seu pedido, mas eu já aceitei.
— É uma ótima ideia. — Coloco uma mexa do seu cabelo atrás da sua orelha e ela sorrir, feliz por eu não ter discordado.
— Eu nunca tenho más ideias — Flávia beija a minha bochecha.
— Nunca tem mesmo. — Sorrio maliciosamente enquanto a abraço um pouco mais forte. — E você ainda quer que seja na praia ou mudou de ideia?
— Eu nunca mudo de ideia — Flávia se aproxima do meu ouvido e sussurra com a sua voz sexy. — Quando eu tenho uma coisa na cabeça, ela não sai mais.
— Meu sol, eu não lhe conheci assim... — como as minhas mãos estavam em seu quadril, eu só me virei e a deitei no sofá. — Mas não posso dizer que não estou gostando, pois eu estou amando.
E como...
— Claro que está gostando, eu conheço você mais do que você pensa — agora foi a vez da Flávia sorrir de um jeito sacana.
— Bom, isso é verdade — confirmo o que ela disse e como me deito por cima dela, acabo beijando o seu pescoço.
— Miguel? — Ela me chama, e eu amo quando ela chama o meu nome, ela sempre tem jeitos de me chamar diferente. Às vezes ela fala o meu nome de forma extremamente sexy, que chega a ser fofo e em outras é com pausas, com desejo, que foi o caso que aconteceu agora.
— Oi? — Me levanto só o suficiente para olha-la.
— Faremos aqui ou lá no meu quarto? — Flávia morde os seus lábios e eu aprendi que quando ela faz isso é porque ela quer muito alguma coisa, só está se contendo.
— Aonde você quiser, querida — digo olhando para os seus lábios. Estava com muita vontade de beijá-los, eles eram muito convidativos. — Mas você não gostaria de tentar um lugar novo? — Desvio a minha atenção da sua boca e olho para ela com expectativa ao mesmo tempo em que volto a beijar o seu pescoço.
— Oh, sim... — ela arfa e levanta os seus braços para cima, me convidando a levantar a sua blusa. — Coisas novas são sempre boas, contam como experiência.
— Com toda a certeza — levanto lentamente a sua blusa, quero apreciar o seu corpo enquanto passo a sua blusa por cima de barriga, seus seios, sua cabeça.
— Eu não consigo esperar mais, Miguel — Flávia começa a abrir os botões da minha bermuda.
— Você quem manda, se quer rápido, vamos fazer rápido — retiro minha blusa e volto a lhe beijar novamente. Fico de joelhos, no meio de suas pernas, pronto para começarmos o que mais queríamos naquele momento.
........
Tínhamos acabado de falar com o padre e o nosso casamento aconteceria daqui a cinco meses, na praia. Agora estávamos indo a uma agência de viagens, onde iríamos escolher um lugar para passarmos a nossa lua de mel.
Acabo por me lembrar que fiz essa mesma coisa com a Ester a um ano atrás, lembro-me também de não está muito à vontade naquele dia ao seu lado. Mas hoje posso dizer que estou bem mais à vontade e que estou feliz. Muito feliz.
— E então, já escolheu para qual lugar nos vamos? — Pergunto ao seu lado, ela que escolheria o lugar que nós iríamos mesmo sendo perto ou longe, para mim não importava, eu só queria estar ao seu lado. Isso já me faria completo.
— Estava pensando em Paris, mas não sei... é muito longe e você pode não querer — Flávia diz para mim, mas os seus olhos permaneciam no papel que continha todos os lugares, dias e horas disponíveis.
— Não precisa dizer mais nada — a viro para encara-la — se você quer Paris, então vamos a Paris.
— É porque eu sempre quis conhecer... — Flávia olha para mim tentando se explicar.
— Então vai ser mais perfeito ainda — sussurro ao seu ouvido.
— Eu aposto que vai — Flávia me dar um beijo na bochecha.
— Nós vamos querer ir para Paris — dissemos em uníssono enquanto olhávamos para a atendente.
— Certo, vou marcar então — a atendente diz sorrindo para nos.
Enquanto ela ajeitava as nossas passagens, nós ficamos conversando.
— Senhores, aqui — a atendente nos comunica. — Está tudo certo, agora é só esperar pelo o dia da viagem.
— Certo, obrigada — digo e a Flávia guarda as nossas passagens na sua bolsa e quando estávamos prestes a sair, a atendente fala com nós:
— Felicidades ao casal.
— Obrigada — gritamos juntos enquanto saíamos pela a porta.
Fomos para o meu carro e entramos.
— Como ela sabe que nós somos um casal, nos nem falamos nada a respeito disso — Flávia tranca a porta — só dissemos que queríamos viajar.
— Acho que a nossa felicidade está tão grande que transbordamos aonde passamos e as pessoas acabam percebendo que somos um casal — digo sorrindo.
— Também não é assim — Flávia rir.
— Ah, não? — Coloco uma mão no meu peito, fazendo drama. — Nossa Flávia, assim você me decepciona.
— Como você é dramático, Miguel — Flávia gargalha e isso é música para os meus ouvidos, eu adoro quando ela rir, ainda mais quando é eu que a faço sorrir.
— Eu posso ser muito mais do que só dramático — lanço um sorriso sacana na sua direção, além de piscar o olho para ela.
— Eu sei que pode — Flávia pega no meu ombro. — Mas agora sem cortar o barato da conversa, eu gostaria de ir para a minha casa, me arrumar para ir ao meu trabalho.
— Já estou indo deixa-la madame — acelero o carro e começamos a partir.
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Sentimentos Aflorados
Romance- LIVRO 2 - Passaram-se 5 anos desde a sua viagem para Natal e muita coisa havia mudado em sua vida e assim tudo ia bem no dia a dia de Flávia, até que, ela se vê numa situação muito difícil. Aceitar ou não aceitar ser a madrinha de casamento da Jad...