Sentimentos Aflorados

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Flávia

— Que casa linda — digo assim que coloco meu pé no chão, ao sair do carro.

Reparo que a casa é simples, mas há algum toque de beleza nela. Um toque que nem eu mesmo sei como explicar. Há um gramado todo reparado ao seu redor e alguns vasos de flores rodeiam o seu exterior, tornando assim a casa ainda mais bela.

— Também achei — Miguel pega as malas. — Se ela é bonita por fora, imagina por dentro.

— Deve ser magnifica — digo ao abrir a porta imaginando como ela seria, colocando todas as minhas expectativas em cima dela, numa casa que nem ao menos é minha. Ela foi alugada só para passarmos esse final de semana juntos, como até mesmo o Miguel falou: "só nos dois. Sem família e amigos. Apenas eu e ele".

E eu acertei em cheio sobre a casa, ela é simplesmente magnífica e esplêndida por dentro.

— Nossa! — Miguel diz atrás de mim. — Fizemos uma boa escolha. — Ele dar uma volta 360° bem rápido por toda a casa e assim que termina de fazer isso, vira seu rosto na minha direção e me dar uma piscadela.

Passamos o dia anterior, só atrás de casas no campo. Em todas as fotos que víamos, só aparecia a fachada da casa, e alguns poucos cômodos. Eu segui meu coração e falei que queria essa, o Miguel só concordou com a minha escolha, já que ele também havia gostado dela e deu tudo certo no final. Mas isso aqui, que eu estou vendo na minha frente, meu Deus, é muito mais do que eu esperava. Essa casa é fabulosa.

— Vamos deixar as malas no quarto. — Paro de babar pela a casa, que só vou passar dois dias nela, e olho para o Miguel. — Quero conhecer o lago.

O melhor de se passar feriados, férias ou até mesmo morar em uma casa no campo, são os lagos. Eles são perfeitos. E é isso que faz eu pensar na possibilidade de ter no futuro, uma casa no campo.

— Certo — ele diz e nós começamos a andar pela casa, para saber aonde ficava os quartos.

Até que os achamos. Mas eu não estava interessada neles no momento. Queria conhecer primeiramente o lago. Miguel havia pesquisado como ir até ele, o mesmo não ficava muito longe daqui.

Deixamos as nossas malas em cima da cama e saímos novamente do quarto.

Passamos na cozinha primeiro e colocamos nos armários todos os suplementos que iríamos consumir nesse final de semana. Arrumamos tudo nos devidos lugares, para nos lembrarmos depois. E em seguida saímos da casa, a caminho de um certo lago que eu estava doida para conhecer.

..............

— Vem — coloco minha mão para trás para ver se ele a pega.

— Estou indo — vejo o Miguel subir a sua blusa, por cima de seu pescoço, e eu penso em parar de correr só para lamber seu abdome extremamente sexy e sarado. Mas esse meu problema eu posso resolver mais tarde. Vamos ao que interessa, que é tomar um banho nesse maravilhoso e cristalino lago.

— Me dá sua mão — como eu estava correndo mais na frente, ele tentava alcançar o meu braço, para segura-lo a tempo. — Nós vamos pular juntos.

— Mas vamos com calma... — Miguel diz na hora em que consegue finalmente, pegar na minha mão, o que foi tarde demais, pois assim que ele conseguiu pegar, nos pulamos. — Temos que ter cuidado — pega na minha barriga, por debaixo d'água, assim que voltamos a superfície.

— Eu sei — aproximo meu rosto do seu. — Estou tendo, não estou? — Arqueio uma sobrancelha e tento fazer a minha cara mais sexy.

— Flávia... — pronuncia meu nome bem devagar e encosta seus lábios nos meus. — Eu te amo.

Sugo seu lábio inferior e o beijo calmamente, sentindo cada canto da sua boca. Ele segura na minha cintura e me puxa cada vez mais para perto de seu corpo. O beijo se torna mais intenso. Uma das minhas mãos para nos seus cabelos, os segurando com força, e a outra vai para o seu abdome, onde me delicio passando a mão sobre ele. Ah, uma das partes que eu me perco em seu corpo.

— Posso tirar o seu biquíni? — Miguel pergunta com um brilho no olhar e eu não sei o que lhe responder de imediato, eu já estava entregue a ele. Já estava perdendo a consciência em seu beijo e ele quer que eu responda a essa sua pergunta que eu mal tinha ouvido direto? O que era mesmo que ela havia perguntado? Tirar? Biquíni? Ah sim, tirar meu biquíni. Claro querido, você sabe que pode tirar sempre... mas espera, estamos em um lago, pensando melhor pode ter alguém por aqui perto e eu não quero que me vejam nua.

— Mas aqui? — Pergunto, para ver se ele percebe o tipo de pergunta que me fez. Claro que eu adoraria fazer isso aqui, como ele sempre diz: lugares novos contam como experiência, mas e se essa experiência me botar em maus lençóis?

— Se você não quiser, tudo bem — balança a cabeça para os lados, como sinal de negação. — Você sabe que eu não te pressiono, Flávia, podemos fazer em casa se você quiser. Eu só não quero que você se preocupe, querida. — Beija minha testa, carinhosamente. E quando volta a olhar para mim novamente, já pronto para mim beijar, eu o interrompo.

Eu estou pronta, e não preciso ter medo do que vai acontecer, se é que vai acontecer alguma coisa. Deve ser só coisa da minha mente. Talvez, nem morem pessoas perto daqui e se nós estamos aqui, é para aproveitar. É isso que esse final de semana representa. Termos um momento maravilhoso só nos dois, longe de tudo e de todos. E sim, eu quero aqui e não vou mudar de ideia.

— Eu quero — começo a desatar a parte de cima do meu biquíni. — Aqui. — Miguel olha atentamente o que eu estou fazendo nesse exato momento. E sem quebrar o contato com os olhares, me acompanha, fazendo a mesma coisa que eu. Só desvio minha atenção do seu olhar, quando percebo que ele está balançando sua box no ar. Rio em aprovação e ele dar de ombros, completamente feliz do que tinha acabado de fazer.

Como estávamos bem no começo do lago, colocamos nossas roupas na areia. Agarro seus cabelos e prendo minhas pernas em sua cintura. Miguel beija o meu pescoço, e eu começo a gemer baixinho. Ele desce seus beijos pelo o meu corpo. Depois volta novamente para os meus lábios. Mordisco seu lábio inferior e agora sou eu que começo a descer meus beijos para o seu pescoço. Estava saboreando o seu abdome quando o Miguel me surpreende, me penetrando de uma vez. Em nenhum momento os movimentos foram rápidos. E eu me deixei levar para onde o Miguel estava me levando.

Eu segurava os seus cabelos fortemente, e gemia o seu nome ao seu ouvido. Miguel faz a mesma coisa comigo. Gritamos o nome um do outro, quando chegamos ao ápice. Fecho meus olhos, enquanto meu corpo explode de prazer e quando volto a abri-los, vejo que o Miguel me olha com um sorriso de lado. Sorrio e me inclino para frente, o beijando avidamente.

— Que tal voltarmos para casa? — Ele pergunta assim que nossos lábios se separam um do outro. Concordo com a cabeça. Eu queria mesmo ir para casa, foi bem legal esse nosso momento aqui, mas agora eu fiquei com fome e cansada e nada melhor do que descansar naquela enorme casa. Nos vestimos e saímos do lago.

E enquanto nós voltávamos para casa, o meu único pensamento era: que esse lago vai fazer parte das minhas lembranças mais felizes e... eróticas.