31

51 6 0
                                    

Miguel

Vem, a nossa poltrona é essa me afasto um pouco para a Flávia poder passar e se sentar.

Ainda não consigo acreditar que estamos indo a Paris Flávia se senta e relaxa no encosto da cadeira sempre foi meu sonho de criança ela diz completamente feliz, por saber que daqui há algumas horas vai conseguir realizar o seu tão grande sonho.

E eu estou mais do que feliz de poder estar aqui, ao seu lado.

E agora você vai realiza-lo e comigo me sento ao seu lado. Passo meu braço por cima de seu ombro. Trago-a mais perto de mim. Repouso minha cabeça no espaço entre o seu pescoço e o seu ombro e inalo o seu perfume de flores. Fico embriagado com o seu cheiro. Viro o seu rosto para mim enquanto levanto a minha cabeça só o suficiente, para ficarmos cara a cara, e vejo um sorriso brotar em seu rosto. Passo a mão em seus lábios, ao mesmo tempo em que olho para eles e para os seus lindos olhos castanho-escuro e já não conseguindo mais me segurar, lhe dou um beijo.

Foi breve, mais foi o bastante para poder sentir ainda seus lábios sobre os meus. Seus beijos são como uma droga que eu não consigo controlar. Eu quero mais. Sempre mais. Já estou viciado. E não me importo nem um pouco com isso. Até por que quem disse que eu quero parar?

Só nos afastamos porque começamos a ouvir as instruções da aeromoça, prestamos bastante atenção nela e assim que ela termina de falar, o avião começa a levantar voo.

Flávia que antes estava bem alegre ao meu lado, assim que vê pela janela o avião subindo em direção ao céu logo segura na minha mão, bem forte, que chego até a ver que os seus dedos já estavam ficando brancos com a quantidade de força que ela estava botando neles. Cubro sua mão com a minha. Ela se vira para me olhar e eu dou um sorriso tranquilizador, para ela saber que eu estou bem aqui, ao seu lado. Um sorriso tímido brota em seu rosto e aos poucos ela desfaz o aperto na minha mão.

Ela repousa a sua cabeça no meu ombro e nós começamos a conversar sobre coisas aleatórias. Eu queria que ela se sentisse tranquila, já que é a primeira vez que ela está viajando de avião, e se conversando deixa ela mais relaxada. Nós vamos conversar e muito!

A conversa deu bastante certo. Ficamos conversando por algumas horas, até que eu não consegui ouvir uma resposta de volta, já que havia perguntado a ela que lugar queria conhecer primeiro. E prestando mais atenção o seu peito descia e subia lentamente, de forma rítmica.

Será que ela conseguiu dormir?

Tento olha-la para ver mesmo se ela está dormindo, mas com o maior cuidado possível para não acorda-la. E sim, eu estava certo... aqui está ela, adormecida, com a sua cabeça encostada no meu ombro.

A admiro por alguns minutos, os seus olhos, a sua boca entreaberta, alguns fios de cabelo soltos que cobriam o seu rosto. Os afasto gentilmente, os colocando atrás de sua orelha. Ela é serena até dormindo.

E com isso encosto a minha cabeça na sua, meus olhos começam a pesar e ainda faltavam mais algumas horas de viagem. Acho que não vai fazer mal eu dormir um pouco. Fecho os meus olhos e cochilo.

...........

Miguel? Flávia me chama tentando me acordar. Chegamos - ela pega no meu rosto. Beija a minha bochecha e eu me desperto com o seu toque.

Já? Digo ainda meio grogue por causa do sono. Acho que dormir demais. Faz tempo que você acordou? Pergunto.

Sentimentos AfloradosWhere stories live. Discover now