capítulo 3

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Fiz tio Louis prometer que me informará qualquer novidade sobre tia Liza. Pois eu não iria me concentrar em nada pensando nela. Henry me leva para fora do hospital segurando meu ombro em direção ao carro.

Assim que entramos começou a chover. Olhei para o teto do carro, mas não consegui segurar as lágrimas. A chuva escorria pela janela que eu fazia questão de deixá-la aberta. Assim ninguém perceberia que eu estaria chorando.

Nem percebi quando comecei a cantarolar, mas quando terminei alguém falou comigo:

- Sua voz é divina.
- disse a ruiva.

- Obrigada.

Ela me observava e a loira dormia ao som de uma música que não identifiquei.

- Meu nome é Silvia. - Ela sorriu amigavelmente.

Apenas retribui o sorriso. Acho que não havia um assunto concreto para se iniciar uma conversa, então permanece calada.

Chegamos ao aeroporto. Em breve estaria em Nivewis. Algumas pessoas estava aglomeradas na passagem que dava até o avião azul com o brasão da rainha.

- Seja generosa e simpática com eles. Estão ali à sua espera há horas.

A voz da loira me deixava com dor de ouvido por ser tão aguda. Mesmo assim entendi qual seria meu primeiro desafio. Enfrentar uma multidão.

Tentei sorrir e acenar para as pessoas, todas estavam eufóricas e sorridentes. Por um momento achei que gostassem de mim. Depois percebi que eu não era a única que passava por aquele caminho. Outras garotas vinham atrás de mim acenando para o público, o que me deixou com vergonha.

Talvez ninguém tenha me notado ali. Isso pensamento me fez me sentir um lixo.

Entrei no avião na última cadeira e fingir dormir para não falar com ninguém.

- Espero que termine logo esse concurso para que eu seja coroada e nomeada rainha. - ouvi alguém falar ao entrar.

- Por quê está tão convencida que você será a escolhida? Existe outras 34 garotas além de você.

- E você acha que o príncipe irá olhar para você ou alguma outra garota? - senti seu tom de deboche que sua voz carregava.
Por um momento ouvi silêncio. Mas logo alguém respondeu.

- Continue pensando assim. Quanto mais alto, maior a queda.

Não lembro em qual momento eu dormir, mas lembro de ouvir alguém falar algo.

- Onde está a outra garota?

- Que garota? Se só vinha nós 3.

- Não. Tenho certeza que Stella Canadá estava neste avião.

- Eu estou aqui! - sai do avião correndo.

- Essa é a Stella? - uma garota alta de cabelos longos vermelhos alaranjado falou com cara de nojo.

- Não é atoa que não a vimos no avião.
Parece um anão de jardim.

- Vamos garotas, me acompanhem.
- tentei ficar do lado de Silvia. - se recomponha você está toda descabelada. - Ela cochilou para mim.

Tentei amarrar meus cabelos num coque alto para amenizar a aparecia ridícula que eu provavelmente me encontrava.

Entramos em um carro preto que nos esperava. Sentei no lado esquerdo perto da janela. Do meu lado estava uma garota de olhos azuis e cabelo curto amarelado. Ela mantinha sua expressão séria. Já que não tinha como eu puxar assunto com ela, me concentrei no caminho que travegavamos.

Consegui viajar o caminho todo sem dormir. O que já é uma Vitória. Já estávamos em Nivewis, percebi pelo clima frio, prédios altos num tom cinza. Parecia que a cidade não era pintada a anos. Sua cores estavam todas desbotadas pelo tempo.

O caminho parecia não ter fim. Já estava com minha bunda dormente de tanto ficar sentada. Pensei em cantarolar, mas não seria muito adequado cantar perto de garotas tão rudes.

Em um breve flash lembrei da minha tia. Meu coração apertou só de lembrar. Apertei minha correntinha que estava escondida em baixo da roupa e fechei os olhos.

- Chegamos!
- disse Silvia sorridente.

Meu coração gelou. Agora eu estou no Palácio de Nivewis. Que assustador.

Quando abri a porta do carro paralisei com a imagem de uma obra de arte mais linda que já vi. A entrada do Palácio parecia cena de filme. Era surreal. Esculturas de mulheres serviam como pilares, havia um tapete rosa claro indicando o caminho e dois guardas no final. Acho que eu não era a única que ficou sem ar ao ver a magnitude do Palácio. O mais incrível era que não conseguimos ver a fachada completa pois ela se estendia com longas esculturas. Minha casa cabia dentro da passagem de entrada.

A arquitetura do lugar era tão magnífica que não conseguimos tirar os olhos das pinturas e das estátuas e quadros nas paredes. Havia uma escada tão linda que eu tinha certeza que o custo de construção dela compraria uma cidade inteira. As pinturas no teto pareciam ser 5d de tão realistas.

— Esse Palácio tem em torno de 2 mil anos e já abrigos vários reis e rainhas famosos da história.  — Silvia disse.

Enquanto ela falava eu observava uma estátua perto da entrada, que provavelmente era de uma princesa ou da rainha Bélgica mais nova.

— Linda não é? — disse Silvia.

— Sim.

— Alguma de vocês consegue me falar qual técnica foi usada nessa grandiosa construção?

Todas ficaram em silêncio.

— Arte Barroca.

Todo mundo olhou para mim sem entender. O olhar de Silvia era de orgulho.

— Muito bem. Você estudou artes?

— Ah, não.  Apenas curto arquitetura.
— balancei as mãos.

Subimos na escada mais cara do mundo, que era de mármore com o que parecia diamante encravado no corrimão. Olhei atentamente sem acreditar que eram de verdade.

— Sim, são diamantes puro é verdadeiros.

As garotas arregalaram os olhos, surpresas. Prosseguimos subindo as escadas até o corredor que é de tirar o fôlego. Como explicar tudo o que vejo? Era como se eu voltasse ao passado, Em Roma. Me sentia parte da mitológica grega e romana ao mesmo tempo.

Melhor ainda foi chegar ao Salão das mulheres. Parecia um santuário, mas só que invés de anjos ou qual quer outra coisa que merecesse esse esplendor todo, era garota. 31 garotas correndo de um lado para o outro. A sala parecia uma feira de verdura de Cangibel. As empregadas e outros funcionários pareciam desesperados para atender os pedidos das garotas.

— Bem vindas ao Salão das mulheres onde passaram o toda seleção.










os!

A filha da rainha (HIATOS)Where stories live. Discover now