All my senses come to life while I'm stumbling home as drunk as I

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Ed x on 2013

Eu deveria estar celebrando agora. Eu deveria estar subindo em mesas de bar, pagando bebidas para todo mundo e dançando estranhamente como se não houvesse amanhã, mas simplesmente o meu humor se foi com todos os meus pensamentos voltados para as partes ruins da minha vida.

Nina... É não demos muito certo. As coisas em comum que tínhamos que tanto me orgulhava de ter, se tornou o pior pesadelo. Ela devia me entender, entender a nossa vida e agenda, entretanto uma pitada de namorada comum a atacava sempre, com crises de atenção. Eu não suportei viver assim. Claro que gostava dela, porém tudo tem um limite e fim. Não sei se ainda terá a amizade de antes já que ela ignora as minhas mensagens.

Droga eu deveria estar alegre. Venho fazendo uma turnê com a Taylor desde março, fui convidado para fazer a trilha sonora de Hobbit: A desolação de Smaug, que para mim é uma honra e é obvio tudo o que vem acontecendo, o sucesso... Alguma coisa ainda falta. Eu preciso de alguma coisa.

Alguns amigos íntimos e de trabalho estão aqui ao meu redor, bebendo, rindo e se divertindo, como eu deveria fazer. O bar está animado, cheio de meninas bonitas e bebidas infinitas... e eu estou no fundo tendo pena de mim mesmo.

Olhando ao redor procurando algo para ocupar a minha mente, começo a prestar atenção na Kira, que conversa com alguém que me é familiar.

_ Sério? _ disse ela surpresa.

_ Sim, faz algum tempo.

_ Não vejo ela há meses, nossa. Mas fico feliz pelo noivado.

_ Perdemos um soldado, pobre Dylan.

_ E eu perdi uma soldada, pobre Audrey _ eles riram.

_ Bom, daqui a pouco volto para pegar outra bebida.

_ Tudo bem _ ela sorriu e foi atender outro cliente.

Ele... Da onde eu conheço ele... Sim, ele era um dos amigos de Dylan, amigo da Audrey ou... noivo? Espera, noivo? Meu coração disparou. Audrey estava noiva? Eu não consegui processar a notícia. Ela iria se casar... com ele?

Inevitavelmente, uma onde de raiva, inveja, tristeza e decepção me invadiram. Eu não deveria sentir isso. O que tinha entre nós se foi, acabou e por que eu me sentia péssimo e dilacerado? Meu coração doía e se espremia dentro do meu peito. Ela não podia fazer isso. Toda a nossa história começou a passar como flash na minha cabeça. Quando beijei ela antes de ir embora, tentando a esquecer durante a minha vinda para Londres, o ano novo em que a beijei, ela vindo para a faculdade e nosso relacionamento começando de verdade, as noites de filme e pizza, caminhadas pela cidade, ligações durante viagens, brigas, choros e reconciliações e o nosso término... Uma retrospectiva completa feita por mim para me matar.

Minha garganta se comprimia pela agonia. Por que estava me sentindo assim? Porque tanta dor? Eu não precisava passar por isso, não era do meu interesse mais a vida dela e seus relacionamentos. Tudo foi bem claro naquela noite... "Te desejo toda a sorte do mundo nessa sua caminhada... E a partir de agora, eu seguirei a minha". Eu não me importo, não preciso.

Na tentativa de apagar os sentimentos estranhos, virei alguns shots e latas de cidra que não tiveram o efeito de uma pancada na cabeça que me causaria amnésia, pelo contrario, eu só pensava mais e mais na história.

Eu tentava pensar que não era da minha conta a vida dela, porém eu queria saber. Como foi o trabalho, a faculdade, a formatura, se ela estava bem, se precisava de um ombro... Se precisava de mim. Eu precisava dela, admito que muitas vezes eu precisei, mas sei que com a nossa última conversa isso seria apenas fantasia da minha mente. Eu errei eu sei, infelizmente não posso voltar atrás e pedir perdão pelo o que eu fiz... Espera, eu posso. Eu posso ir até ela e pedir desculpas por toda a minha bagunça. Eu deveria fazer isso.

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