Everything changes but we'll be strangers?

12 0 0
                                    

Ed x on 2014

Álbum novo. Minha maior preocupação no momento. Eu trabalhei tanto nele e agora é o momento de impactar novamente as pessoas que o espera. Eu acredito que se o seu segundo álbum fizer maior sucesso que o primeiro, é provável que as pessoas jamais esquecerão o seu nome.

Nele eu passei muito tempo revisando e muitas histórias contando sobre diferentes pessoas. Contei sobre Ellie, que ano passado me fez ser um amante e depois dormiu com o meu amigo, sobre Nina que me achava um egoísta que não dava atenção e é claro contei sobre Audrey que ficou noivo daquele cara... Por alguma razão isso ainda dói, e o meu arrependimento por tudo ainda é presente.

Eu nunca poderei mudar o que fiz, na verdade acho que ela jamais me perdoará, essa é a verdade, e eu tento seguir em frente. Tento conhecer outras garotas, me divertir com elas e amar elas... Porém ninguém poderá substituir a Audrey pois ela é única.

Eu tentei ao máximo não colocá-la em exposição novamente, tentei não "contar" o fim da história mas em muitos momentos de composição, era ela que tomava a minha imaginação. Eu falei o quanto ela foi importante para mim, o quanto me guiava para casa, exceto por uma que compus quando me peguei pensando naquela cena da praça, onde vi ela com Dylan. Confesso que devo ter escrito coisas que talvez não devia, que devem estar erradas, mas do meu ponto de vista angustiado e chateado, tudo pareceu real e assim foi o que coloquei na música.

Não sei se um dia ela irá ouvir todas as minhas palavras, boas ou ruins, mas espero que ela entenda o que eu senti, que o que eu sinto é real. Ela foi o meu grande amor e independente de tudo tenho carinho e reconhecimento por ela muito mais do que imaginam, do que um dia eu achei que poderia sentir por alguém... Um amor de verdade.

De volta para o estúdio é sempre de volta para divulgação e entrevistas. Eu fico empolgado por isso pois é ai onde as pessoas me conhecem, onde elas veem o meu trabalho. Passo dias viajando e conversando com todo mundo e é muito bom.

Nesses poucos dias de lançamento do Multiply, as vendas estão disparadas. As rádios tocam Sing o tempo todo, que foi o trabalho que escolhi para dizer as pessoas que eu não sou apenas para momentos tristes, e eles entenderam e se impressionaram comigo, de uma maneira positiva. Isso é extremamente gratificante.

_ Que tal hoje? _ Murray me perguntou sobre uma pequena comemoração do álbum.

_ Acho que é melhor amanha _ de repente o meu celular começou a vibrar. Era minha mãe. _ Espere um instante. Me afastei dele e do pessoal que discutiam sobre o assunto.

_ Filho?

_ Oi mãe.

_ Tudo bem?

_ Claro e você?

_ Estou bem. Filho na verdade liguei para te dar um recado ou concelho, eu não sei. Isso pode ser banal se eu não estiver atualizada _ falou rapidamente.

_ O que aconteceu mãe? _ com as palavras dela eu pensei um mil e uma coisa ruins.

_ Eu encontrei a Audrey e...

_ E...

_ Nós passamos uma tarde inteira conversando e eu descobri que ela estará ai em Londres hoje.

_ Mãe eu...

_ Eu não sei o que você pensa Ed mas eu queria muito que essa briga acabace. Eu vi vocês crescendo juntos e trilhando seus caminhos juntos... Não acha que já faz tempo demais para ficar assim? _ ela tinha me pego. Minha mãe nunca foi de se intrometer em meus assuntos, principalmente de amizade, exceto por Audrey que era a filha que nunca teve. A sua fala talvez pareceu autoritária ou algo do tipo, entretanto eu não considerava algo ruim, o que ela tinha dito era a verdade. _ Na verdade eu não tenho permissão para falar coisas do tipo para você. Já é grande e toma as próprias decisões... Eu só me empolguei na esperança _ deu um pequeno riso. _ Eu só quero que os dois estejam felizes com suas vidas. Acho que deve ter esquecido dela nessa altura.

_ Na verdade não mãe. Eu ainda penso nela. Não gosto de ter a ideia do mal que fiz para ela na minha mente.

_ Eu sei que não deve ser fácil, mas faça o que achar melhor, não ligue para mim.

_ Mãe... Eu sei que eu sempre me abro mais para o meu pai mas, isso seria o certo a se fazer? Eu realmente tenho estado perdido sobre esse assunto. Eu já conversei com ele e ele sugeriu que eu tentasse ariscar... Eu devo, apesar de me apavorar?

_ Filho eu... Fico feliz que esteja fazendo isso comigo e apesar de eu ter feito essa ligação com a aparência desesperadora, eu só quero que faça o que achar que deve. Se não se sentir confortável não faça. Tenha o seu tempo.

_ O meu medo é de ela não aceitar as minhas desculpas... Será um sinal de que fracassei.

_ Errado. Será um sinal de que teve coragem de admitir os seus erros. Se ela não aceitar... pelo menos tentou e agiu certo.

_ Isso tem me atormentado durante muito tempo... É visível já que joguei toda a bomba para você _ ela riu. _ Eu vou fazer mãe.

_ Tenha determinação _ falou inspirada _ Aliás, como encontrará ela?

_ Tem mais informações para me dar?

_ Só sei que ela vai por causa do trabalho.

_ Sendo assim ela estará acompanhada, e vai querer um lugar para ir se divertir... _ pensei comigo e logo deduzi onde ela possivelmente poderia estar. _ Já sei mãe. Obrigado por me ligar. Te amo.

_ Também te amo. Estou torcendo por vocês.

Toda a conversa era tudo o que eu queria. Uma inspiração, alguém para me encorajar a fazer o que eu devia ter feito há muito tempo.

Era arriscado. Ir até ela e apenas aceitar o que aconteceria, talvez um drink jogado no meu rosto, um sonoro "não, um tapa na cara ou uma típica frase de mulher que era totalmente irônica e o oposto do que ela gostaria de dizer. Era muita coisa que podia acontecer, porém eu tinha que tentar. Se nada sair certo eu pelo menos tentei e fiz minha parte... Quem saiba ai o meu coração possa parar de se quebrar toda vez que eu escuto o nome dela... Quando eu penso nela.

Voltei para o pessoal que ainda discutia sobre a comemoração e disse:

_ Já decidiram?

_ Não _ falou Kevin.

_ Eu sei de um ótimo lugar... E será hoje.

Com todos prontos fomos para o pub que antigamente eu e Audrey praticamente morávamos junto com os nossos amigos.

O lugar estava rodeado de pessoas, bebidas, muitas risadas e a música alta. Não havia mudado nada desde que frequentava aqui, continuava o mesmo lugar intimo e aconchegante que me lembrava. Era tão familiarizado que conhecia a bartender.

Os rapazes se ofereceram para pegar as bebidas, então eu apenas me sentei na mesa com o resto deles e começamos a conversar e a beber quando todos chegaram.

Nós riamos e bebíamos. Era uma típica comemoração junto com um plano de desculpas da minha parte. Além de ficar atento ao meninos, eu ficava a todo instante observando o pub. A entrada, o bar e as mesas, parecia um segurança procurando suspeitos, ou no caso Audrey.

Tempo se passou e eu continuava no mesmo estado só que muito mais apreensivo. Era agoniante revirar o lugar e não encontrar o que estava procurando. Em certo momento eu tinha desistido e pensado que meu plano havia sido ridículo... Minhas desculpas não sairiam de mim hoje. E em instantes foi como se Deus tivesse me enganando apenas por diversão e me mostrou o que eu queria. Ao olhar para o bar, quase irreconhecível eu vi Audrey se aproximando. Ela usava salto e roupas de cor preta e verde com um batom vermelho, dando mais poder para garota que conhecia que só vestia jeans e tênis . Ela estava perfeitamente linda e deslumbrante, uma visão que me deixou perplexo. Pareceu que tudo havia ficado em câmera lenta e ela em um foco proposital. Era a minha hora de agir. Eu tinha que fazer, era a minha chance.

Me aproximando dela o meu coração disparava a cada passo até eu estar ao lado dela sem que percebesse, já que falava com Kira.

_ Achei que gostasse com energético _ me intrometi no pedido. Sentia meu coração querer sair pela boca e tentei manter a calma.

_ Os dois é bom... _ me olhou assustada e ali eu não sabia mais como seria o resto da conversa. Tinha jogado tudo no ar.

_ Eddye?

Back For YouWhere stories live. Discover now