Capítulo Onze

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O Castelo era lindo. 
Eu pensei que o Comércio do Clã Halister havia me impressionado. Na verdade, eu fiquei completamente fascinada com o Castelo. Era muito antigo, com certeza tem passagens secretas e túneis subterrâneos. 
A sala Principal não era um simples lugar para encontros entre os membros do Clã. Ela é divina, o chão revestido por pele de animais. E uma espaçosa mesa ficava no centro da Sala, o local era bem aquecido por uma lareira feito de pedras com tons terrosos. 
Poltronas aconchegantes estão espalhadas pela imensa sala. E próxima da escadaria havia uma belíssima adega de vinhos embutida na parede. A iluminação perfeita, deixando o local rústico com certa elegância.
Livros, plantas secas e lindos vasos de porcelana fazem parte da decoração.

— Uau. — Digo, girando meu corpo para não perder um único detalhe. — É um Castelo medieval por fora, mas o interior é exuberante.

Trevor riu descontraído.

— Foram anos de trabalho para deixar esse lugar aconchegante.

Eu posso imaginar. Afinal, cada detalhe é muito bem cuidado. E também muito organizado.

 — Você pode conhecer o Castelo com sua Dama de Companhia. — Freya estava parada próxima a porta, observando os soldados que traziam meus baús.

— Ela não é minha Dama de Companhia. É minha amiga. — Respondo. — Ela é uma excelente curandeira e ficará do meu lado.

— É claro! — Trevor analisou minha barriga com uma expressão enojada. — Consigo compreender. 

— Trevor, meu amor. — Uma voz melosa ganhou atenção do meu marido. — Você chegou a tempo de caçar…

Uma fêmea exuberante parou no fim das escadas. Avaliando meu perfil. Ela alterou seu olhar em direção a entrada.

— Quem é ela? — Questionou, mudando totalmente sua expressão.

— Maya vou reunir os membros do Clã antes da caçada. Quero informá-los da minha decisão.

— Qual decisão? — A fêmea deu passos longos, parando centímetros do Líder Trevor.

Uma movimentação começou na entrada da Sala Principal, Daric, Conan e outro macho aproximam-se lentamente.

— Estou casado com a Princesa Breanne Halister, agora ela carrega o nome do meu Clã.

A Loba mudou de cor, fuzilando-me com ódio mortal.

— Como pode fazer isso comigo?

— Estava na hora do Clã Halister ter a sua própria Senhora.

— EU SOU A SENHORA DE HALISTER. — Ela gritou e todos ficamos em silêncio.

Trevor abriu um sorriso lupino.

— Maya, realmente você esqueceu o seu lugar neste Clã.

Tudo aconteceu tão rápido que mal notei os movimentos fatais do macho. Ele segurou no pescoço da fêmea, a erguendo com crueldade.

— A próxima vez que você gritar, a próxima vez que você tentar passar por cima da minha autoridade. Eu vou matá-la.

Quê? Abro a boca para dizer alguma coisa. Para ajudar a pobre fêmea que não pensou antes de agir. Então olhei para o lado… Eu sei que estarei morta com o plano que acabou de nascer na minha cabeça. Paguei um livro que estava pousado em cima da mesa e arremessei com toda a força no macho. O livro bateu na sua cabeça, fazendo Trevor soltar a loba, ela caiu ofegante no chão.

— Quem foi? — Ele vira-se, tremendo de raiva.

Ninguém mediu esforços, as serviçais, os machos, até mesmo Freya aponta na minha direção, com os olhos arregalados.

A ESCOLHIDA - Clãs LunaresOnde as histórias ganham vida. Descobre agora