Essa é a história de Flora e Violet, mãe e filha passando por problemas similares em épocas diferentes.
Assolada por seus vícios e virtudes, Violet Sanspree conhece o casal Santoro, tornando-se amante do marido e amiga da esposa, um secreto acordo...
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Eu seguro no braço de Roger antes de entrarmos na igreja. Casamentos são o ápice de situações enervantes. Mesmo não sendo o meu, eu me sinto ansiosa demais. A pele do meu rosto queima no que imagino ser meu rubor e acho que meu par notou tudo isso.
"Calma! Você parece que vai entrar em combustão a qualquer momento!" Roger pousa sua mão sobre minha bochecha. Seu delicado toque, embora de intenção paliativa e tranquilizante, só me fez enrubecer ainda mais.
Mas não desvio dele.
"E acho que vou mesmo... Estou nervosa Roger, não conheço nenhuma dessas pessoas."
"Melhor ainda. Não as conhece e não precisa ficar nervosa por causa delas. Apenas ande em linha reta e qualquer coisa, segure-se em mim que eu te ajudo." Ele sorri, me transmitindo sua calma por alguns instantes. Funciona. "Aliás... você está absolutamente linda, Flora." Seu dedo, ainda contra a maçã de meu rosto, dança suavemente por ela.
Nossos olhares se cruzam timidamente assim que agradeço o elogio e lhe digo o mesmo. Roger estava encantador de terno azul escuro, camisa branca e gravata preta, cabelos penteados para trás, lustrosos. Realmente, de tirar o fôlego, pois sinto o ar me escapar por alguns momentos assim que me pego absorvendo os distintos traços de seu rosto e a barba recém feita.
Paro de olhá-lo assim quando novamente percebo que não estamos sozinhos. Á nossa volta, os outros dois pares de padrinhos e madrinhas parecem igualmente nervosos. Quando cheguei, nos apresentamos com calorosos sorrisos e apertos de mãos, alegres pela bela cerimônia que seguiria para um casal que lhes parecem tão especial. Estamos a porta da grande igreja barroca, esperando todos os convidados se sentarem e a noiva chegar.
De um dos carros que pára a frente da igreja, vejo Bruno e Thamires descerem juntos, usando os mesmos trajes de todos nós que faremos a mesma função, por desejo da noiva. Bruno também está bonito e Thamires não fica atrás. O vestido delinea sua silhueta muito bem e a cor combina com o tom claro de sua cútis e madeixas.
Bruno lança um sorriso em minha direção assim que me vê. Tive a impressão de que naquele momento, parece que sou tudo o que ele vê. Rio com a cara boba que faz, como se estivesse me vendo pela primeira vez. Sem ligar muito para os outros a nossa volta vem me abraçar, mas é interrompido por Tamires que lhe agarra a mão e avisa para que tomássemos nossas posições, já que o noivo chegara, e a noiva espera no carro para poder entrar.
Alinhados como os primeiros da fila, olho para a grande porta ornamentada de madeira escura, coloco minha mão dentro do braço de Roger e lhe lanço um último olhar antes de entrarmos, buscando nele algo para me tranquilizar.
E como se ele soubesse o que eu queria sem eu precisar dizer, ele me lança um sorriso confiante o suficiente para me fazer acreditar que tudo sairia bem.
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As mesmas pessoas que me encararam confusas, pois provávelmente esperavam outra pessoa quando entrei com Roger, agora encaravam a bela cerimônia que se da no centro da igreja.
