Essa é a história de Flora e Violet, mãe e filha passando por problemas similares em épocas diferentes.
Assolada por seus vícios e virtudes, Violet Sanspree conhece o casal Santoro, tornando-se amante do marido e amiga da esposa, um secreto acordo...
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Sim, Linda me mandara uma foto de Mateus. Mas por que tive um dia cheio com Laura, não tive tempo para ver.
Pegando meu celular, avisto na barra de notificações a mensagem de Linda, ainda intacta. Abrindo a mesma, não preciso esperar para que o download da foto seja feito.
Em minha tela, estava ele. Mateus Santoro.
Antes que eu pudesse vê-lo direito, Laura tira meu celular de minha mão. Relevo a atitude, por algum motivo, ela esta mesmo mais curiosa sobre Mateus do que eu.
"Meu Deus do céu, ele é lindo!" Ela tapa a boca após quase gritar na praça de alimentação do shopping. "Mas é claro, filho de quem é, tinha que ser mesmo, concorda?" Laura pergunta, e quando eu não digo nada, ela insiste. "Vai me dizer que ficou cega de repente?"
Seguro uma risada.
"Não fiquei cega... ele só não faz meu tipo."
"O QUÊ???? Violet Sanspree, esse cara é lindo!" Laura abaixa a voz e se inclina para perto de mim. "Por favor, me diz que você vai dar pra ele também! Eu juro que não conto pra ninguém!" Ela parece animada com isso.
"Laura!" Eu rio novamente, sem resposta.
Ela bufa. "O que? Não! Então deixa que eu vou no seu lugar. Que desperdício!"
Eu olho para a foto novamente. Nela, Mateus tem um braço em volta de sua mãe Linda, com um sorriso no rosto. Seu cabelo liso e castanho, quase chega aos ombros, parecendo não ter visto uma tesoura há alguns anos. Usava calças e jaqueta preta de couro.
Laura sempre foi exagerada e de gosto duvidoso. Não, o Mateus na foto não é feio. Mas também não é todo esse escândalo que Laura está fazendo.
Olhando mais ainda para sua estrutura facial, pode-se ver em sua juventude quais traços puxara de Linda e quais puxara de Vincenzo.
Eu não gostava desse tipo de cara quando tinha a idade deles e não começaria a gostar deles agora. Não me surpreende que Laura goste. Para ser sincera, se me lembro bem, minha querida prima gosta de quase qualquer homem de cabelos compridos e aparência desleixada.
"Fala sério, as vezes você é ridiculamente sortuda." Para minha surpresa, Laura resmunga. "Sempre foi." E revira os olhos, voltando sua atenção para seu sushi.
Não sei o que dizer a respeito. Esse tipo de acusação/declaração não é a primeira vez que sai sem querer da boca de Laura. Enquanto cresciamos ela dizia coisas semelhantes, e não me achando sortuda coisissima nenhuma, apenas ignorava quando ela começava seus rants de como tudo vinha mais fácil para mim.
E eu aqui achando que ela não falaria mais isso, especialmente após tudo o que aconteceu comigo.
Ela repara meu olhar estranhando o comentário e balança a cabeça, pedindo desculpas e voltando a conversa discontraída de antes. Era estranho rever esse sentimento nela depois de tanto tempo. Achei que era uma coisa de nossa juventude, mas vejo que ela, de alguma forma, ainda pensa dessa forma.
