19 ● Violet: In Naked Glory

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Ludovico Einaudi, Divenire

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Ludovico Einaudi, Divenire. 

Uma maravilhosa melodia que transparencía as mais intensas das emoções, e consequentemente inflamava as de quem ouvia. Tento meu melhor para ser a fiél a composição a minha frente, não é uma obra fácil de ser tocada, mas é uma das minhas favoritas. 

E minha audiência, que viera se despedir de mim antes de minha viagem, se deleita ao som de cada nota, olhos fechados, copo de Scotch na mão e sorriso satisfeito nos lábios. 

Ludovico é um dos artistas favoritos de Vincenzo. Enquanto eu toco, lanço alguns olhares de relance a ele e posso ver em sua feição que a musica lhe faz tão bem quanto faz a mim; que a melodia é a única forma que eu tenho de tocá-lo por dentro. 

Não que eu queira, mas é interessante saber que ao menos algo que eu faço cruza a fria linha de sexo em forma de negócios que colocamos entre nós, pois minha música é meu corpo e minha alma. Não existe como separar-me dela por mais que eu tente. 

Hoje quando chegara, mal falara comigo; Apenas me ordenara tirar minhas roupas e beijara meu corpo por completo, num intoxicante ato de devoção do qual raramente vejo dele. Mas foi quando pôs sua boca contra minha vulva que percebi que sentiria falta dele na semana seguinte, usando sua língua de forma impetuosa e vertíginosa, demandou-me gozar em seus lábios, pois queria que eu deixasse meu gosto em sua língua mais uma vez antes de me deixar ir.

Agora, coberta apenas por um robe e tocando nossas melodias favoritas, quando termino, ele bate palmas enquanto degusta o último gole de sua bebida, depositando o copo vazio na mesinha ao lado do sofá, levantando-se e me extendendo a mão para que acompanhasse-o até a varanda, alegando que a noite esta linda e deve ser aproveitada. 

"Já que não vou te ver por alguns dias." Explica-se, posicionando-se ao meu lado e escorando-se lateralmente contra o parapeito. "Melhor aproveitar o tempo que tenho com você."

Colocando minhas duas mãos sobre o peitoril, observo a interessante vista que tenho do centro da cidade. É sábado a noite, carros passam a toda velocidade, buzinando para os transeuntes que ousam atravessar em suas frentes fora de hora. Alguns outros prédios tão altos quanto o que eu moro também se alinham a grande avenida, com arquiteturas tão friamente modernas quanto o meu. 

Mas a noite é calorosa. Bonita e aconchegante, perfeita para se passar numa varanda como a minha. As cadeiras que eu coloquei aqui quando me mudei são novas. Eu mesma não as tinha usado ainda, o plástico com que vieram ainda as cobrem. 

Enquanto assisto os arredores, Vincenzo pega minha mão e começa a beijar meus dedos lentamente, brincando com a ponta de cada um deles em seus lábios, ora dando leves beijos, ora sorvendo entre sutis mordiscadas. 

"Vai ser difícil ficar sem essas mãos." Bufa Vincenzo. "Sem a música..."

Apenas o assisto, apreciando as graciosas e tênues ondas que manda por minha pele ao fazer isso, me impressionando com como ultimamente meu corpo reage á qualquer pequeno toque dele.

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