De volta da praia, a família decidiu sentar-se em volta de uma fogueira no quintal da frente, e eu os acompanhei, ouvindo suas histórias e dando risada com eles.
Quando decidi ir dormir, me despedi de todos e os desejei boa noite.
Na privacidade do meu quarto, tiro de minha mala um dos medicamentos que uso para dormir e o tomo. Faço minhas preces brevemente e me deito.
O sono é leve e tranquilo, com poucos disturbios em formas de imagens esquisitas ou sentimentos negativos. Ás vezes sou abençada com noites tranquilas e sono duradouro. Ás vezes é o contrário disso e em meio a constante suor, eu tenho medo até de fechar os olhos.
Apesar da boa noite, uma sede incontrolável acaba me acordando, efeito colateral de remédios tarja preta. Abrindo os olhos e vendo a noite que invade as frestas da janela de meu quarto ao som de pequenos insetos que dominam o ar com seus barulhos, tento e tento mas não consigo voltar ao sono.
Preciso beber água ou não conseguirei dormir.
Brava comigo mesma por não ter trago um copo antes de deitar, tento ser o mais leve possível ao pisar no chão. Lentamente, chego na cozinha sem acordar ninguém. Eu não tenho certeza de quantos dos familiares dormiriam na casa por hoje a noite, mas certamente todos já estão dormindo, pois o silêncio é completo. E exceto por um roncar ou outro, eu não ouço nenhuma movimentação na casa.
Na cozinha, procuro por um copo, aproveitando a luz fraca do fogão que deixaram acesa. Encho um copo de água e bebo com gosto, não satisfeita, encho mais um. E quando me viro e me recosto na pia para beber, levo o maior susto que me paralisa, ao ver um vulto enorme se mover pela escura cozinha.
E quando abro a boca pra gritar, um reflexo de minha surpresa e medo, uma mão tapa minha boca impedindo o som de sair.
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Tudo acontecera muito rápido.
Meu coração está quase saindo pela boca."Não grita." O forte sussurro masculino pede. Sai da boca do enorme estranho que está de frente a mim, pressionando sua mão contra meus lábios.
Estou congelada e lutando com todas as minhas forças para não ter um ataque de pânico. Seria esse um ladrão? De qualquer forma, ele está parado me pressionando a ficar calada, o que me faz aproveitar e procurar por algo a meu redor que posso usar para me defender, sem deixá-lo ver minha mão.
"Se você prometer não gritar, eu solto. Você promete?" Ele me surpreende com a pergunta, ainda assim, tateando encontro o cabo de uma panela na pilha de louças lavadas. Para distraí-lo faço que sim com a cabeça, concordo com o proposto. E quando ele começa a retirar sua mão, eu dou com a panela na cabeça dele, que solta um grunido de dor e se afasta.
"Ai! Porquê você fez isso?" Ele sussurra com mais força, indignado, mão na cabeça aonde o acertei com a panela.
Em silêncio e tremendo, apenas olho pra ele. Por um momento ele me pareceu familiar, tive impressão de que já o vi em algum lugar.
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HUNGER 🔞
General FictionEssa é a história de Flora e Violet, mãe e filha passando por problemas similares em épocas diferentes. Assolada por seus vícios e virtudes, Violet Sanspree conhece o casal Santoro, tornando-se amante do marido e amiga da esposa, um secreto acordo...