Essa é a história de Flora e Violet, mãe e filha passando por problemas similares em épocas diferentes.
Assolada por seus vícios e virtudes, Violet Sanspree conhece o casal Santoro, tornando-se amante do marido e amiga da esposa, um secreto acordo...
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Estou agradecida pelas duas horas de reunião que tinham tudo para ser das mais longas e chatas.
E foram.
O encontro entre o Reitor, os cabeças dos departamentos científicos, aproximadamente uns cinquentas pais com Alec e eu, rendera e muito.
Em nome dos Santoro, fiz sugestões referentes a investimentos para o departamento do colegiado de Direito, junto com uma sugestão de contratação de professora que fora pedido de Linda, e um contraponto a mudança do estágio do programa, recomendando uma nova firma de advocacia que abrira na região como uma nova parceira a pedido de Vincenzo.
Para minha surpresa, muitos dos pais votaram a favor de minhas sugestões, provavelmente tendo os Santoro em mente. Felix Reis estava contente com as metas e pontos levantados por mim, e mesmo sob a pressão da presença de meu companheiro de mesa Alec Hellberg, eu consigo ignorá-lo o suficiente para poder fazer meu trabalho.
Alec não falara nada durante a reunião. Apenas votou a favor de todas as minhas sugestões e de algumas outras. Eu podia sentir que ele me mantinha sob seu gélido olhar, enquanto sentava elegantemente com um sorriso sob medida para todos os outros presentes.
Me impressiona como ele pode ser os dois tipos de homem que é. Ali, no mesmo lugar e sem dificuldades. Será que alguém mais aqui conhece sua natureza perigosa ou ele reservara essa honra só para mim?
Só de pensar que a reunião acaba, minha mão direita começa a tremer levemente, acompanhada daquela sensação intensa de ansiedade que incomoda meu estômago quando estou sob estresse.
Não me levanto quando a maioria se levanta para despedirem-se uns dos outros e partirem. Meu corpo parece não querer sair dali daquela cadeira, se sentindo mais seguro em público. Assim que vejo que Alec também ainda está sentado e olhando para mim, junto os papéis que trouxe e os que me foram passados dentro de uma pasta amarela, lentamente pensando numa forma de escapar mais uma carona dele.
Reitor Felix se aproxima de mim assim que consegue se livrar de um casal prometendo vê-los em breve em algum jantar marcado na casa do Reitor.
"Srta. Sanspree, muito obrigada pela presença." Ele diz jovial e sorridente, como se eu tivesse a opção de não vir. "Como sempre, ótimas sugestões da família Santoro. É de grande ajuda para nossa instituição tê-los também em nosso conselho de membros." O baixinho põe a mão em meu ombro e se senta a meu lado.
"Me alegra muito poder falar por eles, Senhor Reitor." Lhe direciono um sorriso. "E assim, aproveito as oportunidades para rever o senhor, o que é sempre um imenso prazer."
O pequeno homem quase derrete quando eu digo isso. Acho graça no seu corar, e me pego deixando-o assim de propósito. Ele sorri como um adolescente tímido.
"O prazer é sempre, sempre meu, Srta. Sanspree." Ele segura minha mão e a beija. "A senhorita veio sozinha? Precisa de uma carona? Ou melhor ainda, gostaria de fazer companhia a mim, minha esposa e alguns de nossos convidados em nosso jantar essa noite? Claro, se não estiver ocupada."
