49 ● Violet: Slither

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Tomo o ácido líquido que já não esta mais tão gelado enquanto Alec lê a papelada que lhe entreguei, sentado á redonda mesa de minha suíte

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Tomo o ácido líquido que já não esta mais tão gelado enquanto Alec lê a papelada que lhe entreguei, sentado á redonda mesa de minha suíte. Um montante de ao todo quarenta folhas onde constam movimentações financeiras de alguns departamentos de duas franquias das firmas Santoro. 

Uma delas é o segundo escritório de advocacia, o qual minha prima trabalha. O outro, um pequeno e recém adquirido clube de golfe ainda em processo de renovação. Papéis estes que eu revisaria mais tarde para descobrir se há irregularidades, como me fora pedido por Linda.

Já faz um bom tempo que Alec estuda os papéis em silêncio. Eu me recosto contra a pequena pia de granito amarelo escuro da mini cozinha do quarto de hotél, entediada e cansada.

Olho a mensagem de Mateus, debatendo se devo ou não respondê-la já que eu sei que qualquer resposta acabara com nós dois juntos fazendo alguma besteira a base de tequila. 

Ainda pensando no que fazer para continuar evitando Mateus, recebo uma de Vincenzo.

Meu coração esquece de dar algumas batidas ao ver o nome dele na tela. Uma sensação da qual não sei descrever extamente a procedência nem o motivo. Talvez por estar na presença de seu inimigo, o ajudando a ter acesso a informações que não deveria, que nem ao menos Vincenzo sabe que eu tenho. Talvez por ter adquirido e dado certa intimidade comigo a seu filho, e poder confessar que gosto de estar em sua presença e quero vê-lo em breve. Ou talvez por estar com um detestável homem no outro lado de minha sala, que insistia em colocar suas mãos em mim e me humilhar com palavras insolentes.

Vincenzo me pergunta na mensagem se eu estou disponível para uma ligação, já que tinha me ligado antes e eu não tinha atendido. Droga, eu nem ouvi sua ligação. Aperto a lata em minha mão sem perceber, o barulho de metal amassando me acorda do transe que a mensagem na tela do celular me colocou. 

"Algum problema, Srta. Sanspree?" Pergunta Alec ainda de costas para mim, cara nos papéis.

"Além de você?" Debocho. "Nada que seja da sua conta."

Ele não fala nada. 

Após uns dez minutos, Alec junta os papéis numa pilha e os afasta. Finalmente vira-se para mim e eu apenas o fito.

"Terminou? Encontrou o que queria? Vai me deixar em paz agora?" Disparo as perguntas sinceramente esperando respostas positivas, mas ele apenas me olha em sólido silêncio que começa a me incomodar com sua lentidão.

Este é um par de olhos que ninguém em sã consciência gosta de ficar muito tempo sob.

"Vem até aqui, Srta. Sanspree."

Franzo meu cenho, sem entender. Ele não se repete nem se move. Contra minha vontade coloco o celular e a latinha na pia atrás de mim e faço como ele disse, revirando meus olhos.

"Traga seu celular."

Xingo e peço explicações mas ele não me dá nenhuma. Bufo e acabo obedecendo, pois não tenho outra opção. Quando finalmente estou próxima o suficiente, ele pede meu celular.

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