8 ● Flora: Dead Flower

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🛑AVISO DE GATILHO🛑

Olho para frente, tentando ver quem disse aquilo

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Olho para frente, tentando ver quem disse aquilo. Esta escuro. Eu não consigo reconhecer a voz. Dou alguns passos a frente e quando finalmente vejo quem é, simplesmente o ignoro, seguro minha bolsa mais próxima a meu corpo após jogar o lixo no grande container do beco atrás do bar e sigo meu caminho.

Mas o bastardo idiota me segue.

"Ei, docinho, você vai me ignorar, é? Eu esperei por você todo esse tempo e você corre de mim?"

"Me deixe em paz, Augusto, estou indo embora e não quero perder o último ônibus." Tento o meu melhor para me impor com uma voz firme, mas a escuridão do beco deserto não me ajuda a sentir tão firme e segura assim. O medo começa a correr por minhas veias e eu tento andar mais rápido. "Pare de me seguir!" Eu grito quando percebo que ele está andando mais rápido também.

"Eu só quero conversar."

"Preciso ir para casa. Meu namorado está esperando por mim e ele vai ficar preocupado se eu não aparecer a tempo." Minto. Talvez ele recue se descobrir que tenho um namorado, alguém que possa enfrentá-lo por sua insistência.

Mas ele não pára. Na verdade, acho que ele riu do que eu disse.

"Nenhum homem ia deixar sua namorada trabalhar num bar desse a essa hora da noite." Ele zomba, me agarrando pelo ombro, tentando me virar para ele.
Perturbando meu equilíbrio, quase tropeço, mas eu tento o meu melhor para não cair e continuar. Meu coração começa a acelerar, minha mente entendendo que esta situação está ficando perigosa.

Ele estende a mão até mim novamente, desta vez tocando minha bolsa. Eu não acredito que é o que ele queira, mas lhe dou minha bolsa apenas no caso disso ser somente um assalto, e agora sem o peso extra, correr me é mais fácil.

"Vem aqui, garota! Não se faz de difícil, vai!" Exasperada pela forma como ele fala, corro para o lado direito do beco, o que me levará ao estacionamento da empresa metalúrgica. A opção do lado esquerdo seria um campo vazio com grama alta, e não parecia um ótimo lugar para fugir.

Recitando várias orações em minha cabeça enquanto corro, não olho para trás para ver se ele me seguiu. Apenas paro atrás de um carro, tentando o meu melhor para desacelerar minha respiração, uma mão na minha boca, tentando ficar em silêncio.

Estou com medo e quero chorar, mas esta não é a hora. Esperando que ele estivesse bêbado o suficiente para não me seguir, engulo seco e espero abaixada, me escondendo atrás do veículo.

Nada disso nunca aconteceu comigo na minha vida, e nunca me senti tão vulnerável. Tento ouvir ao meu redor, mesmo com as batidas de meu coração fazendo um tremendo barulho dentro de mim.

Nada.

Fico onde estou, me abaixando mais ainda. Estou com medo de levantar minha cabeça e ele poder me ver, se é que ele me seguira até aqui.

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