Capítulo 13

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JÚLIA 

Não estou mais com Caio, preciso mesmo seguir minha vida depois de tudo. Nunca direi que foram dois anos desperdiçados com ele, mas foi um grande tristeza ver tudo aquilo desabar com tão tempo. As vezes me pergunto se ele já me traia antes e eu não percebia... meus pensamentos são interrompidos com uma batida na porta.

- Pode entrar. - digo virando em direção em porta.

- Desculpe interrompe-la... Mesmo que o cinema seja há 10 minutos da minha casa, a sessão começa daqui a meia hora, mas precisamos comprar os ingressos e uns lanchinhos, mas se a senhorita deseja ficar admirando sua feiura ai no espelho eu vou assistir o filme sozinho.

- Não me faça rir... Já estamos indo Sr. Apressadinho, eu já estava descendo. Só tinha ido pegar meus óculos que tinha esquecido no banheiro. - rimos juntos e saímos do quarto.

Na sala estavam os pais do Nando, que ficaram dando risinhos ao nos ver juntos descendo as escadas rindo.

- Crianças divirtam-se com responsabilidade... -  a mãe do Nando disse fazendo uma cara seria e engraçada

- Isso mesmo querida. Nando não faça nada que eu não faria meu filho. - o pai do dando falou dando uma piscadela pro filho. Não acredito que ele estava pensando que eu e o filho dele tínhamos alguma coisa. Eramos melhores amigos, como irmãos mesmo nos conhecendo há quase dois anos.

- Não se preocupem Sr. e Sra. Carvalho, seu filho está em boas mãos, eu sou uma excelente companhia. - falei entrando na brincadeira deles. 

- Minha querida, não se preocupe, disso temos certeza. Até porquê você namora, e não iria trair Caio. - nesse momento meu rosto fechou, e senti uma lagrima brotar no canto do olho.

- Tia Carla eu não o trairia, mas ele bom... Ele me... Ele me traiu. - disse por fim, vi um deslumbre de pena por parte dela, porém um sorriso também direcionado ao filho dela que estava ao meu lado, mas não entendi o motivo.

- Oh me desculpe minha filha... Não tinha ciência de tal coisa. Ele parecia ser um bom rapaz, mas se ele fez tão coisa não merece nem uma misera lagrima sua. Ainda vai encontrar um rapaz que a faça muito feliz. - terminando essas palavras ela já tinha se levantado do lado do marido, vindo me dar um abraço acolhedor. Retribui, deixando que aquele gesto dissolvesse todo peso que restava sobre mim. -  agora vão, já enrolaram demais aqui. - fez sinal para que fossemos logo.

Nos despedimos deles, e fomos em direção ao carro que estava na garagem. Logo que entramos antes que Nando desse partida...

- Nando se importaria se eu dirigisse? - falei dando um sorrisinho animado.

- Tudo bem, mas tente não me matar Srta. Marques. Caso aconteça virei todas as noites puxar sua coberta, ou quem sabe seu mini pé. - fala me dando um belo sorriso e noto que há um brilho diferente nos seus olhos. Como ele tem olhos azuis intensos e ao mesmo tempo suaves cheios de algo que não sei bem o que é, mas no momento ele os desvia e toma seu lugar no banco do passageiro. Colocamos os cintos, e dei partida para o Shopping. Em alguns minutos já estávamos no estacionamento, e seguimos em direção  ao cinema, mas nesse instante ele me puxou e levou em direção ao Burger King.

- Nando por quê estamos aqui, já que ainda temos de comprar os ingressos? - ele começou a rir da minha pergunta, levando a mão em direção ao bolso de sua calça.

- Você está perguntando sobre esses ingressos aqui? -  falou retirando da carteira.

- Seu idiota! Mentiu pra mim... - falo dando leves tapas em seu braço, já que Nando é quase, ou o dobro da minha altura, sorte a minha que esse botinha tinha um pouco de salto, mas mesmo assim me sentia uma anã.

- Não Ju, não menti. Apenas o-m-i-t-i uma informação. Não gostou da surpresa? 

- Dá no mesmo não acha?! - falei revirando os olhos -  Gostei, qual filme veremos?

- Um passarinho me contou que gostaria de ver um com um livro que acabou de ler há uns meses atrás... - antes que ele terminasse de falar eu já estava pulando em seus braços.

- Nandooooooooooooooooooo,  não A-C-R-E-D-I-T-O, muito obrigada, você é o melhor amigo que eu poderia ter. - falei extremamente sorridente pois não via a hora de assistir o segundo filme da trilogia de Divergente, com toda correria que estava minha vida esqueci que o filme já estava em cartaz a duas semanas.

- Calma moci... - ele é interrompido pela atendente.

- Boa noite. Qual será o pedido de vocês? 

Com toda nossa conversa, tínhamos até esquecido do que iriamos pedir, como não tinha muitas pessoas na fila, fizemos o pedido, aguardamos e seguimos para a sala de exibição.

Amantes da meia noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora