Bônus Dona Ana - parte 1

60 3 0
                                    

Sempre acreditei em amor a primeira vista, e foi assim com o pai dos meus dois filhos, Júlia e Jonas, pelos quais eu amo muito.

São filhos excepcionais. Graças a Deus não puxaram o mau caráter do pai. Minha historia de amor, ou devo dizer a pior decepção, coisa que nunca saberei mesmo já tendo maturidade e experiencia suficientes pra isso, mas fazer o quê?! Eu realmente o amei, pena que não foi reciproco. 

Quando conheci Leon, eu era uma bela jovem e recatada, sempre acreditei em sexo depois do casamento ou que só iria me entregar se eu realmente o amasse, mas sabem como é, as coisas podem mudar ou sair do nosso controle por causa de emoções descabidas da razão. Enquanto eu tinha dezenove anos, ele tinha seus vinte e cinco. Digamos que conheci ele do modo mais conto de fadas que existe. Estava distraída lendo pela calçada meu livro e trombei com ele, e desde então foi seguindo, e nos conhecendo. São poucas as minhas palavras, não gosto muito dessa parte da minha vida, mesmo que tenha me dado dois filhos incríveis a dor e a lembrança do passado não "somem" das nossas vidas. 

Pois bem, Leon Scott era alto, com seus 1,80, descendente de ingleses, que haviam se mudado para o Brasil quando ele ainda era uma criança, não me recordo o motivo pelo qual fizeram isso, mas enfim, era um belo rapaz e já me apaixonei por aqueles olhos, pelo sorriso, enfim por ele. Não demorou muito tempo ele estava na minha casa pedindo meus pais a permissão para me namorar. No começo meu pai foi relutante, mas depois acabou cedendo.

Depois de um tempo as coisas, digamos que ficaram complicadas, ou deveria dizer que minha vida acabou depois disso?! Hoje era o dia que completaríamos um ano de namoro, ele me levou a um restaurante e disse varias palavras bonitas. Confesso que chorei horrores naquele momento. Então tirando do bolso uma caixinha foi logo dizendo...

- Minha pequena Aninha, desde que te conheci, não consigo imaginar minha vida mais longe de você. Quero passar o resto da minha vida ao seu lado, criar nosso filhos, construir um lar até ficarmos bem velhinhos. Aceita casar comigo? - disse abrindo um sorriso maravilhoso que era a minha perdição. Saindo do meu transe...

- Sim... - disse tentando conter minhas lagrimas. - Sim meu amor, eu aceito casar com você.

Naquele momento eu me sentia a mulher mais feliz do mundo, tinha o homem que dizia me amar, além do mais era lindo, inteligente, um verdadeiro príncipe, pena que era um baita sapato enfeitiçado. 

Acertamos as coisas do casamento, e em seis meses nos casamos. Claro que meus pais ficaram super felizes com isso e tudo mais. Pena que tudo não passava de uma ilusão.

Amantes da meia noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora