Capítulo 20

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JÚLIA

Chego em casa, e Jonas esta no sofá dormindo agarrado em livros e cadernos. Deixo minhas coisas no outro sofá e vou acorda-lo para que possa dormir no seu quarto.

- Maninho, acorde e vá para cama. - falo fazendo carinho em seu rosto.

- Eu... passei... passei em engenharia... - diz sonolento.

- Jonas ande logo e vá pra cama. - digo mais firme dessa vez e ele ainda com sono, se levanta apoiando em mim e vai em direção a seu quarto. O sigo levando seus materiais de estudo em direção a mesinha de estudo improvisada ao lado da pequena cama de solteiro. Deixando ele ali, volto para sala, pego meus pertences e vou em direção ao meu quarto. 

Nossa casa era pequena, mas bem aconchegante. Foi herança dos meus avós maternos. Possuía três quartos pequenos, um sala, banheiro, a cozinha, e nossa garagem. Essa era uma das lembranças boas que tinha deles, pois cresci juntamente com eles, quando minha mãe havia retornado gravida de mim, devido ao abandono do meu pai, na verdade nem o considero. Leon era um qualquer, que bota filhos no mundo e não da a minima pra eles, dou graças aos céus por minha mãe não ter registrado a mim e Jonas em nome daquele infeliz que só a batia. Meu avô na época também não permitiu em hipótese alguma que o nome do progenitor fosse me dado, visto que minha mãe havia lutado anos para ter um filho, e quando descobriu sua gravidez de mim, a separação de meu pai foi imediata, como meus avós não tinham mais filhos, a receberam e cuidaram dela e de mim com todo amor, um tempo depois eles morreram, e deixaram a casa para nós. 

Meu "pai" voltou pedindo perdão pra minha mãe, e dai vocês já sabem. Jonas nasceu, ele ainda ficou um tempo conosco e depois se afundou em bebidas e traiu novamente minha mãe. A mesma a partir de então decidiu nunca mais ter homem algum em sua vida. Já tinha sofrido depois pelo único que ela tanto amou.

Amantes da meia noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora