30- Psíquico

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|N/A: Eae caralho, tudo bacana? Como que cês tão nesta noite caralhosa de quinta. Olha só quem tomou vergonha na cara e veio dar att pro meu queridos cabritos. Enfim meus anjões, fiquem com esse cap maravigold e me prometam que estarão vivxs até o final. É nóis cambada, boa leitura cabritos navegantes|

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Point Of View Lauren Jauregui.

No dia seguinte, fui visitar minha mãe no hospital psiquiátrico e em menos de 24 horas ela já parecia muito mais sóbria que qualquer outro dia que eu já a vi, e aquilo me surpreendeu de verdade. Quando cheguei em seu quarto, ele era compartilhado com outro rapaz que parecia ser um pouco mais novo que ela, e ele também era esquizofrênico, mas estava sóbrio, porém preferiu permanecer mais um tempinho no hospital para ter completa certeza de que consegue conviver em sociedade novamente.

— Como a senhora está se sentindo, mãe?— Perguntei me sentando na cadeira ao lado de sua cama.

— Estou exausta e um pouco mole, mas posso te dizer que estou muito bem. Encontrei minha filha, ela voltou a falar comigo e estou me tratando. Minha vida não poderia estar melhor que isso agora— Sorriu fraco me esticando sua mão, a segurei e entrelacei nossos dedos— Mas me fala de você filha, o que vem fazendo todo esse tempo?— Perguntou curiosa.

— Então, com aquele dinheiro que eu vinha juntando à tempos viajei aqui pra Vancouver, em meses que cheguei aqui abri minha tão sonhada floricultura e comecei a fazer um curso de enfermagem, mas percebi que não é meu forte, então abandonei quase concluindo o curso. Daí acabei conhecendo Camila e sua amiga, Dinah. Elas são muito gente boa, trabalham no tribunal daqui e são bem reconhecidas no ramo delas. Comecei a namorar com Camila faz alguns meses, e ela só fez aquele teatro todo com Lucy pra me proteger— Resumi.

— Por mais que esteja se relacionando com uma mulher, o que importa é que você está feliz, trabalhando e independente. Camila também tem um trabalho maravilhoso, recebe bem, então espero que você case com essa mulher— Balançou o dedo pra mim, Camila riu sem graça lá da porta enquanto olhava pra nós duas— Por que está aí? Entre, eu não mordo— Brincou, Camila lentamente entrou no quarto e parou ao meu lado com os braços cruzados.

— O que foi? Parece que viu um fantasma— Perguntei preocupada passando a mão lentamente pela mão de minha namorada, que entrelaçou nossos dedos.

— É que eu não gosto muito do clima de hospital psiquiátrico— Camila falou baixo enquanto olhava pelo quarto— Uma ex ficante que eu tive tinha problema com depressão e tinha tendências suicidas, aí eu vivia visitando ela no hospital psiquiátrico. Até um dia que cheguei pra mais uma visita e ela tinha sumido misteriosamente. Achamos ela umas 14 horas depois dentro de um banheiro todo sujo, nua jogada no chão enquanto batia os dentes de frio. Eu já morava aqui em Vancouver quando isso aconteceu e foi bem antes de conhecer Dinah, tive um relacionamento curto com essa menina porque logo depois ela faleceu por conta de uma doença que até hoje ninguém sabe que doença foi essa, ela só morreu— Contou enquanto tinha os olhos passeando pelo lugar.

— Mas como que ela foi parar nesse lugar?— Perguntei fazendo uma pequena expressão de nojo.

— Era o terceiro prédio, era um conjunto de clínicas, sabe? Aí naquela quadra tinha três prédios que faziam parte de um hospital só porque a demanda era grande pra um monte de setores, mas a demanda diminuiu drasticamente, então eles desativaram um dos prédios e ela foi encontrada no banheiro do quarto andar. Só encontramos também porque ela estava chorando de frio, medo e fome, repetindo que tinha umas vozes na cabeça dela que mandavam ela fazer coisas, ou seja, ela não era só o que diagnosticaram, era esquizofrênica também. Eu só sei que depois disso eu peguei uma cisma com hospitais psiquiátricos e clínicas de reabilitação— Passou a mão esquerda pelo rosto aproveitando que o braço ainda estava imobilizado.

Your Daddy | Cabello G!P|Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang