13.

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Ouvi a campainha tocar, com certeza era Bruce. Desci as escadas correndo, abri a porta e me deparei com um Bruce de moletom, tênis, regata e touca, às vezes ele perdia noção de estilo.

- Gostei da calça.- diz enquanto entra. Nossas calças eram iguais, nossos pais haviam nos dado ano passado, eles ainda não sabiam da nossa briga, por isso escolheram esse presente.- Trouxe comida.

- O que eu seria sem você?- digo ao pegar a sacola com sanduíches.

- Provavelmente uma raquítica morta de fome.- ele se senta na cadeira da cozinha.

- Que horror!- exclamo.

- Você quem perguntou.

Eram exatas 6 horas, minha mãe havia ligado dizendo que iria deixar algumas coisas na casa da vovó, por isso voltaria tarde, então digamos que a casa era só nossa. Enquanto devorávamos nossos lanches, contávamos nossas ideias para movimentar o robô até Bruce derrubar toda sua pepsi na roupa branca.

- Espera, acho que tem alguma camisa do meu pai por aqui.- digo rindo.

Ando em direção ao quarto da minha mãe, muito provavelmente, mamãe tinha algumas roupas que nunca conseguira doar do papai, e se me lembro bem, ficariam boas em Bruce. Peguei a primeira que vi, uma preta de manga com o logo do Guns 'n' Roses. Ele realmente amava essa banda.

- Acho que essa serve.- dou para Bruce que logo começa tirar a camisa.

Era possível contar cada gominho de sua barriga, Bruce realmente tinha um corpo espetacular, totalmente perfeito para sua altura, nem muito magro, mas também, nem muito sarado. Meus olhos deviam estar encarando aquilo por um bom tempo, porque senti Bruce tocar em mim quando repetiu meu nome.

- O que?- digo balançando a cabeça.

- Tem uma sacola para por?

- Deixa na lavanderia, quando minha mãe lavar, você vem pegar. Isso se ela não fizer de pano de chão.- digo olhando para a blusa que era na verdade de manga, mas Bruce havia cortando-as e seu tecido era bem fino o que fazia embolar algumas partes.

Fomos para sala e assistimos milhares de vídeos para ter alguma ideia de como motorizar aquele robô, fiz até pipoca. Bruce olhava atentamente cada palavra dita pelo professor atrás da tela da tv, pude examinar cada detalhe de seu rosto no escuro da sala, apenas com a luz da tv nos iluminando. Seus olhos eram tão lindos, era meio bipolar, algumas eram vezes verde, outras marrom, outras até os dois misturados. Seu rosto tinha algumas pintas espalhadas, mas nem dava para ver direito de longe, e do lado de sua boca, tinha uma cicatriz, não muito grande, mas bem visível, ele havia cortado uma vez, quando atacou um copo de vidro na parede com tanta força que um dos cacos de vidros voltou para seu rosto, cortando-o.
Seus lábios eram incrivelmente avermelhados e sua pele tinha um bronze próprio, seus cabelos eram bagunçados e pouco enrolados, e quando sorria ao zoar alguma coisa que o professor dizia ou tinha, era como se aquilo me contagiasse, sem ao menos ter entendido nada, Bruce era incrivelmente lindo, do seu próprio jeito.

♡♡♡

Terça-feira...

Vejo Bruce se aproximando no corredor, ele carregava um sorriso leve, e sua cara nem parecia de alguém que estava morrendo de sono, porque se é uma coisa que Bruce tinha em excesso além da beleza, era sono! Ouço um bu e mãos tocarem meus ombros, fazendo-me desligar totalmente do meu transe Willis. Ashton ria do susto que levei, enquanto eu pedia para que parasse.

- Você tinha que ver sua cara.- ele diz. A única coisa que consigo pensar é... Isso soa melhor na boca de Bruce, no que na de Ashton, por mais bonito que ele seja.- Já decidi em qual grupo vou ficar.- diz ao perceber que eu não iria responde-lo e provavelmente nosso assunto terminaria por ali.

Bruce&Ely Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora