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Ravena. Agatha. Renesmee. Catarina. Caterine. Aysha...
Bruce já tinha visto mais de 300 nomes e seus significados na internet, eu nem lembrava mais qual eram eles, eu estava jogada em sua cama, enquanto pesquisava.

- O que acha de Renesmee?- diz sem me olhar.

- Crepúsculo e se ela não gostar de crepúsculo?- digo jogando sua bolinha no teto.

- Impossível.- sussurra.

- O que?- dou risada.- Você gosta de crepúsculo?- me sento na cama.- Bruce.- viro sua cadeira.

- Ah para é quase um clássico.- ele tenta se explicar.

- Eles brilham.- digo.

- Qual o problema de brilhar? O importante é o amor entre eles.- diz sentimental.

- Isso foi... Patético.- dou risada me jogando para trás na cama.

- Tá, tá.- se vira.- E Ravena? O que acha?

- Da DC, gosto.- digo me sentando novamente.

- Ok, coloquei na lista.- diz.- Gosto de Caterina.- me olha de relance.

- É bonito.- dou de ombros.

♡♡♡

Ando até a cozinha depois de sair do banho, Bruce jantaria com a gente hoje e provavelmente já havia chego, ouvi a campainha enquanto me arrumava.
Assim que desço as escadas e me direciono a cozinha, ouço murmúrios vindo de lá, me encosto na parede e bisbilhoto o que falavam.

- Eu não vou ficar guardando a droga desse segredo, Bruce!- Holly sussurra nervosa.

- Holly, me dá um tempo, não posso contar para ela agora.- diz no mesmo tom.

- Por que não?- cruza os braços.

- Isso acabaria com ela, e-eu não posso fazer isso, não agora, depois do pedido...

- O que que acabaria comigo?- adentro a cozinha e cruzo os braços encarando a cara de espanto de ambos.

- Não é nada disso que você está pensando!- os dois falam em uníssono.

- Eu sei que não existe nada entre vocês, mas sei que estão escondendo algo de mim e eu quero saber o que é!- exclamo irritada.

- Ih ó lá, quando essa ruivinha virou um touro que eu não me lembro?- diz Holly brincalhona.

- Fica quieta, Holly.- digo irritada.

- Tudo bem.- ergue as mãos como se estivesse se rendendo.

- Vamos lá, Bruce!- digo.- o que acabaria comigo?- ele me encara.

♡♡♡

- Vem cá.- me dá à mão e me leva até o balancê.- Independente do que eu vá falar agora, você sabe que médico nenhum sabe das coisas assim, e que isso pode...

- Você vai morrer.- o encaro já sentindo meu corpo estremecer.

- Tecnicamente todos morrem um dia...- diz irônico e então percebe minha cara.- o médico disse que o tumor cresceu, e até me mostrou, realmente, cresceu o dobro.- diz sem me olhar.- ele me deu 5 meses.- encara-me.

É meninas, achei que aquela hora era o fim para mim, eu não sabia o que pensar, o que sentir, eu estava em pânico, apavorada, em choque, queria não acreditar naquilo que o médico disse, mas como não acreditar também? Era tudo tão rápido, às coisas estavam atropelando e virando uma bola de neve na minha cabeça.

- Por que não me contou?- digo de cabeça baixa.

- E-eu não sabia como chegar em você e dizer que o médico disse que vou morrer, eu na verdade nem estou entendendo isso ainda...- diz gesticulando.- isso é uma bagunça, me desculpa por não contar...

- Tudo bem.- sorrio forçadamente.

- Tem certeza?- pergunta desconfiado.

- Tenho.- saio andando o deixando para trás.

Ouvi Bruce gritar meu nome, ouvi minha mãe perguntando se eu não iria jantar quando entrei e logo subi e ouvi os passos de Holly atrás de mim. Me tranquei no quarto, me ajoelhei no canto da cama e escondi meu rosto entre os meus joelhos. Eu queria sumir, esquecer, voltar no tempo, morrer, tudo que fizesse com que as coisas não estivessem sendo assim. Eu precisava chorar, mas não frente de Bruce, não mostrar o quanto aquilo me abalou, eu queria poder esconder todo o meu sentimento desde tristeza a ódio daquela maldita doença. Às vezes eu precisava esbravejar, e eu só podia fazer aquilo sozinha.
Bruce me chamava, Holly me chamava, batiam na porta, imploravam, mas eu não queria abrir, não mesmo.
Passou segundos, minutos, horas e eu agora estava sentada na cama de Holly olhando o céu pela janela e tentando entender tudo aquilo.
Uma estrela cadente. Corre faz um pedido. A voz de Holly ecoa em minha mente. Faz um pedido, rápido, um pedido, depressa, pede algo, antes que ela se vá. Feche os olhos. Fecho fortemente os meus olhos e penso, deixe-o comigo, deixe-o comigo, deixe-o comigo. Batem na porta fazendo-me levar um susto.

- Ely.- ouço a voz de Holly.- sou só eu, já são 11 horas, temos aula amanhã.- diz e espera por uma resposta.- Bruce foi embora, já pode abrir.

Encaro a porta por alguns segundo e ando até ela, destranco e corro de volta para onde estava. Holly andetra o quarto e me encara.

- Qual foi? Está bagunçando minha cama.- diz se aproximando e então viro-me para ela.

Meu rosto provavelmente estava todo vermelho, meus olhos encharcados, e eu com uma cara péssima, ela me encara e então solta o lençol.

- Ele te contou tudo.- diz e eu balanço a cabeça afirmando.- Vem cá.- senta na cama e me puxa pro seu colo.

- Ele vai morrer...- digo entre os soluços enquanto me deitava em seu colo.

- Não, ele não vai...

- O médico disse, ele vai sim.- me levanto nervosa.

- Não, não va...

- Vai sim!- grito.

- Ele não vai!- Holly me chacoalha.- Ele é o Bruce! Bruce não vai deixar um câncer idiota matar ele, ele é o nosso Bruce e ele não vai morrer.- diz gritando comigo. Holly me puxa novamente pro seu colo e me abraça forte.- Bruce não pode morrer.- diz fraquinho ainda me abraçando.

Ela não quis admitir, mas naquela noite, Holly chorou, enquanto me abraçava e durante a madrugada, ouvi seus soluços, à noite inteira, Holly também sentia receio de perder Bruce, mesmo que não o tivesse.

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EAI MEU POVO
Seguinte, se liguem, euzinha estou indo viajar pro meio do mato amanhã e como sabem, internet é osso no interiorzao, então voltarei a postar só na segunda.
Não desistam de mim e nem do livro rs.
Prometo postar assim que chegar e escrever mais capítulos arrasadores.
amo ceis, é nois, tmj, falow.

Bruce&Ely Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt