O plano

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   Passamos dias horas,

pensando em como faríamos a nossa fulga,

nos intervalos entre a torturas.

Em um certo dia a condessa teve que ficar várias horas fora do castelo para resolver alguns impasses.

E tivemos bastante tempo para poder pensar.

— Eu tinha uma corrente de ouro comigo quando fui sequestrada. Dei a um dos carniceiros em troca de ajuda para fugir, na primeira vez em que tentei escapar.

Não consegui e não temos mais a corrente.

Temos que pensar em algo que possamos usar para escapar...

Contou Angelic

— Não temos nada disso Angelic nesse buraco em que estamos!

Disse Mary

— Não diga isso Mary, sempre a alguma coisa que possa ser feita!

Pensem comigo, qual a coisa mais valiosa que temos, aqui...

Nesse momento, estranhamente todos os cativos olharam para mim.

— O que?

Perguntei-lhes atônita.

— Seu sangue Quenney! E a coisa mais preciosa que temos.

— O que vocês esperam que eu faça?

— Eu ouvi um dos carniceiros falar a alguns dias que sua filha está doente.

- E?...

— Quenney, se oferecermos o seu sangue, ele nos dará qualquer coisa em troca!

— Mas isso não adiantaria de nada. Meu sangue não pode curar ninguém de verdade isso tudo e só loucura da Condessa!

— Mas eles não saberiam. Pelo menos não até estarmos longe daqui.

— E sério isso, estão cogitando enganar alguém com uma cura falsa?

— Não eu não me sinto culpada de enganar um carrasco!

Disse Mary

— Não e do carrasco que eu sinto pena Mary!

Respondi-lhe

— Não é falsa, se é esperança Quenney! Esperança e como andar num lugar escuro guiado apenas por seus sentidos, você não enxerga a luz mas acredita piamente que a encontrará logo pela frente. E essa convicção vê de si e o que te faz seguir em frente no escuro mesmo sem ver nada.

Isso e esperança Quenney. Você se curou. Sabemos que não foi o "toque real" mas você de alguma forma se curou. Por que essa garotinha, não pode também? E ela realmente terá muitas mais chances de se curar se realmente acreditar que é capaz.

Disse Angelic

— Como e vou?...

— Você coloca um pouco do seu sangue da próxima vez que eles vierem te dessangrar na vasilha que colocam sua comida. Esconda-o e quando o carrasco com que faremos a troca aparecer eu te aviso!

— tudo bem!

Eu respondi.

A condessa estando ausente, acabou deixando o faisão responsável pelas coisas que ela deveria resolver no castelo. assim tivemos bastante tempo par conversar com os outros carniceiros.

— Se a condessa descobrir ira me matar.

Disse Henry ao escutar a proposta de Angelic

— Mas não vale a pena o risco, para salvar a vida de sua filha?

Retrucou Angelic

E quando o carrasco se calou sabíamos que iria nos ajudar.

Trocaria o molho de chaves das nossas selas pelo meu "precioso sangue"

Embora ocupado o faisão veio tirar nosso sangue como todos os dias.

E quando ele saiu.

Com uma pedra abri mais ainda a feridas em mim feitas pelo faisão.

Já que ele sempre se certificava de estancar meus sangramentos para não perder a sua rouxinol rara.

Estiquei o braço e deixei o sangue escorrer pela tigela até ter uma quantidade razoável.

Escondi debaixo de umas roupas velhas que já não me serviam mais.

Pela madrugada fui acordada por Angelic jogando pedrinhas através das grades da minha sela.

Ela disse.

— Acorde está na hora, o carrasco chegou.

Exílio de uma borboleta negraWhere stories live. Discover now