A derrocada

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   Passei um tempo vivendo escondida,

caminhando pelas estradas próximas de Salém.

Sempre que alguém se aproximava, eu agitava as matracas

para que de mim se afastasse.

Sempre alerta.

como que s esperasse a qualquer momento

que o pior acontecesse.

Mesmo com todo esse receio era bom poder andar descalça pelas estradas, sentir o chão.

O sol sobre mim.

E escutar todos os sons da natureza .

Como eu sonhava em meu exílio.

Mas em nenhum momento em que fiquei andando sem rumo,

ocorreu-me que, justiça poderia ser feita.

Isso, sem que eu precisasse fizesse nada.

A condessa começou a se sabotar.

O seu desejo de matar.

E a sua anseia por sangue,

ultrapassou a sua noção do instinto

de auto preservação.

E sem o faisão para guiá-la em encobrir os rastros dos seus assassinatos.

Ela começou a descuidar-se.

Descuido esse, que a destruí.

Foi como colocar uma corda em seu pescoço e em seguida dar o nó.

Para que outro viesse e a empurrasse.

E então, a enforcasse.

A condessa deixou de atacar serviçais e pessoas pobres de estirpe mais baixa como eu.

E começou a atacar jovens nobres.

Talvez na esperança de que seu sangue

fosse de mais qualidade.

Afim de tentar substituir o canário de belo canto, o rouxinol raro que ela havia perdido de sua masmorra.

Eu.

E sem que eu fizesse nada a condessa armou a corda para se enforcar.

Dando fim a pessoas que seriam notadas

e não ignoradas.

Como foram os antigos cativos.

E ao dar fim a filha de um dos nobres da cidade.

pôs a pulga atrás da orelha de alguns pessoas mais abastadas da cidade.

Que começaram a cavar e a cavar a procura da respostas.

E logo quando começaram a investigar,

Ouviram estranhos relatos a respeito da condessa Bathory.

Sobre maltratar empregados.

Sobre ter uma péssima índole.

E sobre rotineiramente passar longas horas ausentado do castelo fazendo-se

sabe-se lá o que...

Sobre um dos seus capatazes ter tido uma estranha morte.

E ter deixado Bathory muito abalada.

Isso tudo junto com o desaparecimentos das jovens nobres.

O avistamento de uma garota estranha

nunca vista antes, pelas estradas de Salém.

Que sempre estava se esgueirando dos outros.

Mas o golpe final...

Foi quando a autoridades perceberam

que a maioria das pessoas que desapareceram eram filhos dos serviçais de Bathory.

Ou de pessoas com que ele tinha tida algum tipo de contato.

Com isso, todos as suspeitas se voltaram sobre a condessa.

Que com tantas desconfianças,

mesmo sendo nobre,

não pode impedir uma investigação mais a fundo.

Foi realizada uma busca no castelo de Bathory a procura de provas.

Encontraram um caderno com 650 nome de vítimas de Bathory.

Todos nomes de pessoas que desapareceram

Escritos com a letra da condessa.

O que foi a gota d' agua para as suspeitas sobre a condessa.

Que acabou sendo presa.

Mas havia ainda um fato curioso que chamara atenção das autoridades de Salém.

Uma leprosa que morava nos limites da cidade ter tido as vestes roubadas.

Fato esse que não passou despercebido pelos investigadores.

Diante dos estranhos fatos ocorridos em Salém.

Descobriram que essa leprosa

antes de perder seu nome e sua identidade.

chamava-se Clarisse Quenney.

Sobrenome que curiosamente apareceria do lado do nome de uma das vítimas de bathory,

escritas no caderno.

Levaram a leprosa de ante de Bathory

para ver que reação a condessa teria.

E pelo jeito que ela a olhou.

Ficou claro que a conhecia.

Então tiveram certeza que a Quenney escrita no caderno de vítimas da Bathory era provavelmente a única sobrevivente.

E então iniciaram uma busca para encontrá-la.

Exílio de uma borboleta negraWhere stories live. Discover now