Confesso que meu coração entrou em êxtase batendo rápido de uma forma que nunca havia batido antes.
Quando ouvi o barulho que a chave fez ao girar sobre os cadeados das grades que nos afastavam da liberdade.
E quando finalmente fez-se o barulho da porta se abrindo.
Não senti mais o aquele peso e aquele cansaço me puxando para baixo, pela primeira vez em muito tempo me senti leve.
Angelic abriu nossas selas e entregou de volta a chave ao carrasco. para que ele pudesse colocar de volta onde o faisão havia deixado antes de perceber que havia sumido. Assim como nos os cativos.
Senti-me assustado ao passar por algumas selas e perceber que dentro delas haviam apenas esqueletos.
Alguns ressequidos e gastos pelo tempo.
Outros ainda se decompondo.
Angelic disse que dois deles chamavam-se Bill e Ana, prisioneiros que morreram antes que eu fosse cativa ali.
Talvez ela nem soubesse quem os outros esqueletos tenham sido.
Vi a tristeza nos olhos dela.
E após alguns momentos de perplexidade.
Seguimos com o nosso plano de fuga.
Não conseguiríamos ter saído despercebido pelos outros carrascos se não fosse a passagem secreta que Henry nos contou, que dava diretamente na floresta.
Mas havia uma coisa com a qual não contávamos.
Cativos a tanto tempo, sem ter como contar os dias, ou as horas. Nem havíamos imaginado que era inverno. Um rigoroso inverno.
— Temos que encontrar logo um lugar par nos obrigar, e não sai da prisão para morrer de frio!
Disse Mary
— Talvez possamos voltar antes que percebam que fugimos e que nos matem
disse Oly
— De jeito nenhum eu volto pra lá Oly. Eu prefiro morrer do que voltar para aquela prisão.
Retrucou Mary.
Angelic estava estupefata.
— Foi de propósito.
Eu disse por fim.
— Que?
Indagou Mary
— Ele sabia, sabia que nevava o carrasco, e não nos disse nada! Podia, mas não disse nada. Não estava preocupado em nos ajudar de verdade. Todos eles são monstros. Nos mandou até aqui para morrer-nos de frio.
— Crianças não temos tempo para isso, temos que fugir
Disse Angelic.
CITEȘTI
Exílio de uma borboleta negra
PoezieTodos os dias vinha o carrasco e dizia: Curve-se ou terá as pernas e os braços, Quebrados. Os que não se curvavam tinham os braços e as pernas quebrados. Todos os dias eu escutava. Os gritos dos que tinham ou não, se curvado. Os que não se cu...