A perseguição

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   Enquanto voltava para Salém

já próxima da cidade,

avistei uma criança brincando

na estrada.

Bela e forte.

Repleta de saúde e vitalidade.

Tendo a infância que eu nunca tive.

Admirei-a por alguns instantes.

Maravilhada.

Quando fui interrompida pelo ruído

de galhos quebrando.

E então percebi que mais alguém nos observava,

E que não queria ser notado.

Procurei a figura anônima

entre os arbustos,

e vi detrás de uma arvore

uma mulher trajada de capa vermelha.

E o primeiro pensamento que me veio na cabeça foi:

Bathory.

Abaixei o capuz da minha capa.

E olhei na direção da moça que nos encarava.

Foi quando ela olhando-me fixamente,

Apenas de pura perplexidade

Também deixou seu capuz cair.

E era ela mesma.

A condessa de sangue.

Mais que rapidamente pôs-se a correr

para longe de mim.

Ao que eu também sai correndo atrás dela.

Dessa vez não estava com a minha espada.

Porem estava com a adaga e a faca.

A condessa que sempre tentou me quebrar.

Agora, estava correndo de mim,

pois sabia que se eu a alcançasse

não mais escaparia.

Ela adentrou a floresta,

e após algum tempo correndo

a procura do encalço dela

A perdi em meio a floresta.

Mas como pensei...

Sumir dessa forma.

E como em um instalo me lembrei.

A passagem secreta da masmorra

que dava na floresta.

Elizabeth Bathory foi condenada à prisão perpetua

em solitária.

Como se existisse isso,

de gente rica pagar pelos seus crimes.

Ela conseguia sair do quarto de sua solitária.

Pensei que talvez as pessoas do castelo

não a deixassem sair,

por saber o perigo que ela representava.

Porém ela ainda conseguia sair pela passagem secreta.

Sim, ela podia sair...

E mesmo se não machucasse ninguém quando saia.

com toda a certeza que, pelo menos

Exílio de uma borboleta negraWhere stories live. Discover now