Capítulo 3

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Pov Lauren

— Você não pode estar falando sério! - Greg bradou surpreso.

Quando cuidadosamente colocou o café de volta na mesa como se estivesse andando em uma montanha-russa, bem consciente de que eu chutaria sua bunda se ele manchasse a mesa da minha bisavó.

Nós tivemos três encontros, antes que ele finalmente falasse que não poderia mais sair comigo, porque eu lembrava sua irmã mais nova.

— Oh não, eu falo completamente sério. - Falei olhando para as notas que o Sr. Tate tinha me enviado para que eu pudesse "melhorar a proposta".

Balançei a cabeça, recusando-me a comparar a minha pequena biblioteca com o Museu do Louvre. 

Honestamente, o Sr. Tate era um homem tão doce, mas ele tinha uma veia romântica de um quilômetro de largura, sempre vendo as coisas como ele achava que deveriam ser.

— Você percebe que você está dizendo a um oficial de polícia, em plantão... - Esclareceu antes de continuar. — Sobre seus planos para assassinar a sua vizinha, certo? - Pisquei para ele antes de perguntar:

— E seu ponto é? - Com um grunhido frustrado Greg estendeu a mão e agarrou outro sanduíche do pequeno prato que eu tinha feito para ele, quando me ligou e disse que viria fazer sua pausa do jantar aqui.

Ambos sabíamos  que ele realmente queria ter certeza de que eu não havia me matado, ou assassinado a filha da mãe que vive do outro lado do corredor, aproveitando para fazer um lanche rápido.

Eu aprendi há muito tempo, que era melhor manter a abundância de carne e cerveja na geladeira para quando meus amigos passassem por aqui.

Era isso ou ouvi-los reclamando sobre estar com fome, até que eu cedesse e assasse alguns cookies. 

Desde que assar significava biscoitos, brownies e bolos, minhas fraquezas, eu fazia questão de que minha casa sempre estivesse bem abastecida para as companhias, caras companhias. 

A menos que eu estivesse estressada, então cozinhava saindo do meu cardápio habitual.

— Ela não pode ser tão ruim assim. - Disse Greg suspirando pesadamente enquanto pegava mais açúcar.

— Agora eu tenho trinta maneiras de matá-la. - Expliquei enquanto enchia minha xícara de café.

— Você precisa dar o fora daqui antes de fazer algo estúpido. - Falou como se eu não estivesse dolorosamente ciente desse fato.

— Eu não posso me dar ao luxo de me mudar. - Falei concentrando minha atenção sobre as notas mais uma vez e quando li o próximo parágrafo, revirei os olhos em desgosto.

— Você tem um bom trabalho, Laur. Ele ainda paga mais do que o museu. Você deve ser capaz de se dar ao luxo de comprar sua própria casa por agora. - Greg apontou olhando ao redor da cozinha até que avistou o saco de batatas fritas que eu tinha tirado e me esqueci de colocar sobre a mesa enquanto tentava não estremecer.

Ele não tinha ideia de que Jerry havia me ferrado financeiramente quando me abandonou.

Se eu realmente não soubesse que Greg juntaria o resto dos caras e bateria no merda do Jerry, eu provavelmente teria dito a ele.

Eu não quero que mais ninguém pague por minha estupidez, mesmo que isso signifique que o merda nunca receba a surra que merece.

— Por que você não liga para o seu pai para pedir ajuda? - Sugeriu.

— Eu não posso. - Murmurei pateticamente, embora tecnicamente, pudesse.

Bem não havia nada de técnico sobre o assunto. Se eu precisasse de dinheiro ou um lugar para viver, meu pai ficaria feliz em me dar.

A VizinhaWhere stories live. Discover now