Capítulo 12

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Pov Lauren

— Oh, droga! - Murmurei tentando encontrar algo no velho armário de metal que me ajudasse, mas não havia nada.

— Alien! - Uma das meninas tentando me derrubar e exterminar com mais cola e glitter, gritou um pouco histericamente.

— Meninas. - Falei lambendo os lábios nervosamente enquanto tentava me levantar, mas as pequenas mãos entrelaçadas em meus tornozelos e o fato de que não tinha qualquer força real em meu corpo, me impediram de fazer isso. — Nathan estava só brincando. - Expliquei forçando um sorriso e tentando soar menos ameaçadora possível.

— Precisamos de mais glitter! - Ouvi uma delas gritar quando as pequenas unhas cravaram em minha pele. 

Elas tentavam me arrastar de volta para o chão para que pudessem me jogar mais cola e glitter, em uma tentativa de destruir meus poderes, os poderes que Nathan alegou que eu tinha. 

Aquele rapazinho, quando eu saísse dessa, eu iria...

Mais gritos, quando duas grandes mãos me seguraram pela cintura levantando-me do chão, não me dando outra escolha senão me embaralhar sentada em cima do armário de metal. 

Assim que meu bumbum atingiu o topo do armário, puxei as pernas para cima preocupada com os pequenos monstros que queriam me destruir conseguissem agarrar minhas pernas e me levassem de volta para baixo. 

Encostei meus joelhos até no peito e me afastei até que minhas costas bateram na parede.

Franzi o cenho quando olhei para o rosto da mulher obscenamente bonita, que até dois dias atrás me faria virar a "cadela de alguém na prisão", a fim de tirar o sorriso presunçoso do seu rosto. 

Sorriso que estava atualmente dirigido a mim e me perguntei o que ela estava fazendo aqui.

— Então, aqui está o que eu estou pensando... - Camila começou preguiçosamente, o sorriso de auto-satisfação cada vez mais sexy com cada sílaba que saía de sua boca, me distraindo um pouco do que ela estava dizendo. — Eu vou buscá-la às sete, nós vamos fazer um lanche e em seguida, ver um filme. - Pisquei, certa de que tinha ouvido mal. 

Ela não poderia ter, possivelmente, me convidado para sair em um encontro.

— Hum... me desculpe, o quê? - Perguntei me mexendo para que pudesse olhar para baixo e imediatamente lamentei quando vi o quão alto estava. 

Me movi para trás até que estava quase entrando na parede. Esse sorriso assassino característico dela surgiu quando disse:

— Eu gostaria de levá-la para sair hoje à noite.

— Eu vejo. - Falei simplesmente para dizer alguma coisa, enquanto minha mente processava o que ela disse e quando o fiz, respondi: — Oh... hum... não, obrigada. - E tentei descer do armário só para lembrar que tinha medo de altura e que ainda havia um exército de crianças de sete anos, esperando para me atacar.

— Por que não? - Encostou-se contra a mesa, aparentemente não se incomodando com minha rejeição. Em vez de lhe responder, eu perguntei:

— Você acha que poderia me ajudar a descer?

— Não. - Seus lábios se contraindo com diversão enquanto me estudava.

— Não? - Engoli um palavrão quando olhei sobre a borda encontrando um pequeno grupo de crianças olhando para mim, armadas com cola e vasilhas de glitter. — Hum, por que não? - Voltei para uma distância segura da borda e das crianças verdadeiramente assustadoras.

A VizinhaWhere stories live. Discover now