Capítulo 15

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Pov Lauren

— Filho da puta! - Talvez esta não tenha sido uma ideia tão boa.

Deixei cair o punho erguido, prestes a bater na porta de Camila e dei um passo atrás. Talvez haja outra solução?  

Me perguntei, olhando para a porta da frente enquanto contemplava os prós e os contras de tentar arrombar a janela de novo.

Depois de um minuto, cheguei à conclusão de que ficar na tempestade tentando arrombar uma janela não seria melhor. 

Isso me deixou com duas opções, me sentar no corredor e pegar um resfriado ou pedir a ajuda de Camila, uma toalha seca e correr o risco de perder o que restava da minha sanidade.

— Oh, seu filho da puta! - O grito de Camila, tomou a decisão por mim.

Demorou um pouco, mas consegui encontrar um local bastante confortável no chão perto da minha porta. 

Levei os joelhos até o peito, coloquei os braços trêmulos em torno deles e ignorei o lamaçal se formando contra o tapete áspero, tentando ficar confortável fechei os olhos. 

Tinha sido um dia muito longo e tudo o que queria fazer era entrar em meu apartamento quente e seco, mergulhar em um banho, vestir minha camiseta favorita, assistir um filme e conseguir uma boa e gorda dose de sorvete, mas não parece que isso aconteceria tão cedo.

Então em vez disso, me resignei a sentar ali no hall me perguntando se este dia poderia ficar pior. 

Minha resposta veio de uma fonte inesperada, me deixando saber que sim, meu dia poderia ficar pior.

Muito pior...

Pov Camila

Olhei para a bagunça queimada fervendo na pia da cozinha, querendo saber onde tinha errado.

— Tanto trabalho por um jantar romântico. - Olhei com nojo a gororoba. Voltei para a geladeira e peguei um quilo de queijo joguei sobre o balcão, juntamente com alguns pedaços de pão. — Queijo grelhado então. - Isso ficaria bom. 

Eu ainda tinha algumas outras cartas na manga. Entrei na sala de estar.

— Oh, merda! - Agarrei uma almofada do sofá e comecei a bater as chamas lambendo as cortinas. 

Minha cortina, almofada, parede e até a janela ficaram em ruínas, ia levar um fim de semana e um monte de dinheiro para consertar isso tudo.

— Caralho! - Falei jogando a almofada em ruínas no chão ao lado da poça de cera, que marcou o lugar de descanso final dos meus sonhos para uma noite romântica.

Isto era muito mais difícil do que eu pensava. Talvez devesse apenas aceitar e pegar o caminho mais fácil, levando Lauren à um bom restaurante.

— Por favor, pare! - Ouvi o estridente grito de uma mulher.

O som de terror da Bruxinha me fez pular sobre o sofá e atravessar a sala em segundos.

Escancarei a porta pronta para rasgar quem estava atacando a única mulher para mim, mas parei abruptamente quando avistei Bruxinha sentada na minha frente, ilesa e parecendo indecisa entre diversão e horror, enquanto observava dois de meus primos garantindo mais um banimento aos Cabellos em outro restaurante.

— Me ajude! - O homem vestindo um uniforme do Restaurante Jack Black gritou histericamente enquanto meus primos se amontoavam em cima dele tentando chegar primeiro às pizzas.

Sacudindo a cabeça em desgosto caminhei pelo corredor, agarrei o homem da entrega soluçando no chão pela parte de trás da sua camisa e o empurrei em direção à porta, enquanto meus primos continuaram a lutar pela pilha de caixas de pizza The Monster.

A VizinhaWhere stories live. Discover now