Capítulo 11

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Pov Lauren

— Você está rosa. - Disse Nathan me estudando com a cabeça inclinada, enquanto colocava o pirulito de volta na boca.

— E você achou meu estoque. - Falei com um olhar assassino e soltei um grunhido, quando agarrei o grande saco de pirulitos.

Meu movimento foi devagar o suficiente para ele pegar mais alguns doces, antes de o guardar de volta em minha mesa.

— O seu imposto está irregular. - Nathan anunciou com um suspiro entediado, levantou as pernas e girou a cadeira, de modo que conseguiu colocar os pés sobre a mesa. — Eu o regularizei para você. - Completou com um encolher de ombros enquanto se concentrava em seu pirulito.

— Você mexeu na minha bolsa? - Perguntei surpresa embora, na verdade, neste ponto, nada que esse garoto dissesse, ou fizesse, ou melhor alguma das crianças Cabello a propósito, deveria realmente me surpreender.

Estreitei os olhos, observando o filho mais novo de Dinah quando perguntei:

— Você tentou acessar meu computador de novo?

— Sim. - Falou rodando o pirulito. — E você ainda não me disse por que está rosa.

— Isso é porque você nunca perguntou. - Murmurei distraidamente enquanto guardava o saco de pirulitos no fundo da gaveta. Peguei o recibo apenas para reprimir um gemido.

— Você está fora por sessenta e dois dólares. Você pode querer transferir algum dinheiro para essa conta antes de mexer nela. - Nathan se inclinou para a frente e apontou para a coluna que tinha fixado.

— Você percebe que você tem apenas seis anos, certo? - Apontei, em vez de admitir que não tinha dinheiro para transferir. Isso era muito triste, porque nem era uma quantia tão alta.

Eu teria que ir ao outro lado da rua durante minha pausa para o almoço e ver se Mary poderia adiantar meu pagamento.

Eu planejei trabalhar no meu horário de almoço para organizar as coisas para a reforma, mas agora teria que gastá-lo em pé na fila da prefeitura e depois no banco.

Também significava que eu teria que fazer hora extra esta noite, para compensar.

— Você vai me dizer por que você está coberta com marcas cor de rosa? - Nathan perguntou novamente me estudando com curiosidade.

— Eu sou parte alienígena. - Falei com um suspiro, tentando não pensar sobre a taxa do cheque especial de vinte e cinco dólares que teria que pagar agora.

— Eu vejo. - Nathan murmurou pensativo, me estudou por mais um momento antes de abruptamente balançar a cabeça e sair do balcão.

— Onde você está indo? - Perguntei olhando para cima a tempo de ver o menino precoce, que era secretamente um dos meus favoritos, indo para a seção infantil, o que imediatamente me colocou em alerta.

— Brincar com as outras crianças. - Disse Nathan com mais um daqueles dar de ombros descuidados que me deixava nervosa e por boas razões. — E, para dizer a eles que você é um alienígena que vai roubar seus cérebros.

— Espera? O quê? - Me assustei e o triste estado das minhas finanças imediatamente foram esquecidas, enquanto eu corria atrás do menino antes que fosse tarde demais.

Pov Camila

— Que merda aconteceu com suas mãos?

— Não se preocupe com isso. - Peguei minha bolsa no banco do passageiro no carro.

— Não se preocupe com isso? - DJ repetiu com um bufo de descrença enquanto gesticulava para minhas mãos. — Parece que você mergulhou elas em ácido! - Não pude deixar de rir com a comparação.

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