Capítulo 17

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Pov Lauren

— Eu não posso fazer isso. Sinto muito. - Falei engolindo nervosamente enquanto me afastava.

— Não vai doer. - Camila estendeu a mão para me impedir de fugir, o que eu queria desesperadamente, segurando-me pela mão e dando um aperto reconfortante.

— Você é uma filha da mãe! - Cuspi puxando o braço para trás e apontando para o homem Hulk que estava encolhido no chão, choramingando pateticamente pela mamãe. — Ele com certeza, parece ferido para mim!

Dando-me um sorriso incrivelmente sexy que me fez estreitar os olhos, ela disse:

— Ele está bem Bruxinha. - Voltei meu olhar para o homem que agora estava chorando abertamente e depois para Camila, que estava lá, usando equipamento militar manchado com tinta velha, uma pistola de paintball jogada por cima do ombro, vários cartuchos de tinta amarrados dos lados, por cima dos ombros e aquele sorriso sexy que ela usou em meu apartamento esta manhã, quando apareceu na porta vestida como Rambo.

— Diga-me que não vai doer. - Desafiei a safada a mentir para mim.

— Apenas uma pequena picada. - Camila pegou a segunda arma de paintball e entregou a mim.

— Nós não podemos fazer outra coisa? - Perguntei soando como uma covarde e realmente não me importei.

— Não. - Ela me pegou pelos ombros. 

Me virou e me deu um empurrão suave em direção à pista de obstáculos, onde vários adultos corriam atirando um no outro com balas de tinta. 

— Você disse que eu poderia escolher o nosso primeiro encontro. Mas...

— Mas vai ser divertido, eu prometo. - Falou me dando outro pequeno empurrão quando travei.

— Mas...

— Eu vou deixar você escolher o restaurante se isso vai fazer você se sentir melhor. - Disse continuando a me empurrar em direção a desgraça.

— Não, realmente não. O que me faria sentir melhor é se talvez, nós pudéssemos ir e fazer outra coisa? Um filme? Zoológico? Museu? Voltar para a minha casa para uma tarde de sexo sem parar? - Sugeri só meio brincando sobre o último, quando estendi a mão e empurrei o capacete de segurança de volta no lugar.

Ok, então talvez eu estivesse sendo completamente honesta sobre o último, mas a grande idiota me empurrando em direção a minha condenação estava determinada a irmos lentamente.

Ontem à noite quando Camila saiu da cama, completamente nua e excitada, muito excitada diga-se de passagem. 

Eu esperava que ela me levasse para a cama e me mostrasse como o sexo  era para ser de verdade.

Em vez disso ela me beijou suavemente, colocou uma calça de moletom e um top, segurou minha mão e me levou de volta ao meu apartamento, onde me deu um beijo de boa noite e prometeu que ligaria pela manhã.

Ela tinha mentido.

Não tinha ligado, mas apareceu no início da madrugada com café, donuts e um sorriso sexy. 

Surpresa e secretamente satisfeita, eu rapidamente coloquei uma calça jeans e uma camiseta. 

O caminho inteiro até aqui, ela segurou minha mão acariciando as costas dela com o polegar enquanto conversávamos, provavelmente tentando me deixar confortável. 

Havia funcionado, até que paramos no estacionamento improvisado da arena de paintball ao ar livre. 

Foi quando comecei a sugerir outras alternativas de encontro, ao invés de ser perseguida por um bando de psicóticos atirando uns nos outros com pequenas bolas redondas. Ela riu.

A VizinhaWhere stories live. Discover now