Capítulo 7

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Mais uma att

Boa Leitura!

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Pov Camila

— Foda-se! - Falei deixando minha bolsa cair no chão e puxando o celular do bolso de trás.

Por vários minutos eu estava, debatendo sobre fazer a ligação que tinha o poder de tornar minha vida um inferno.

No final a exaustão e a dor esfaqueando através do meu ombro e mão, parte dela que eu ainda podia sentir, tomei a decisão.

Na esperança de que meu tio estivesse muito distraído com o trailer de café para atender o telefone, liguei e esperei rezando para que caísse no correio de voz.

Assim como ontem à noite, quando orei para que a Bruxinha parasse de se balançar sedutoramente embaixo de mim e me tirar do sofrimento, minhas orações não foram respondidas.

— Você está parando para pegar rosquinhas? - Meu tio perguntou depois do terceiro toque, parecendo esperançoso.

— Não, eu...

— Por que não, sua ingrata? - Tio Ricardo perguntou, me interrompendo e me fazendo balançar a cabeça em desgosto.

— Porque eu não vou trabalhar hoje. - Retruquei antes que ele começasse com o discurso retórico de trinta minutos sobre como todos os seus sobrinhos eram nada mais do que ingratos e insensíveis. Houve uma pausa pesada antes que ele perguntasse.

— Você está doente?

— Não. - Engoli de volta uma maldição quando fechei a mão inútil em um punho, estava determinada a passar por esta conversa sem perder minha paciência. Outra pausa.

— Se você não está doente, então porque não está vindo para o trabalho? - Perguntou claramente suspeito e provavelmente, pegando seu celular pessoal para enviar uma mensagem para o grupo da família, colocando-os em estado de alerta.

— Porque eu passei a noite com uma mulher e estou exausta. - Falei brincando com a verdade, a fim de me salvar do exército de Cabello's vindo me ver, apenas para se certificarem de que eu não estava na porta da morte. 

Houve outra pausa pesada antes do meu tio pigarrear, claramente surpreso.

— Você passou a noite com uma mulher? - Tentou esconder seu alívio, mas não fez muito bem. Isso me fez sentir culpada por mentir.

— Sim. - Confirmei deixando minha cabeça cair para trás e suspirei. 

Queria não ter que recorrer a mentira mas estava exausta, precisava dormir e não conseguiria se meu tio pensasse, por um segundo que eu estava doente ou ferida.

— Oh, bem... hum... tudo bem, hum... então. Assim... hum, não faça disso um hábito. - Ele tropeçou nas palavras, parecendo aliviado em vez de chateado. 

Isso só confirmou minha suspeita de que minha família, ainda estava com medo de que algo ruim aconteceria comigo.

— Eu não vou. - Prometi, porque se há uma coisa que eu sabia com certeza, era que nunca teria a chance de segurar uma mulher como Bruxinha em meus braços novamente.

-*-

— Isso não está acontecendo, porra! - Agarrei o travesseiro que estava na minha cabeça e o joguei contra a parede quando as batidas na porta continuaram. 

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