Capítulo 32

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Pov Lauren

— Bom dia!

— Me mate. - Camz gemeu quando se virou de bruços e lançou um gemido abafado contra o tapete, enquanto tentava se empurrar para cima e prontamente falhou.

— Noite difícil? - Perguntei segurando um sorriso, ela se virou para me encarar com olhos injetados.

— Você fez isso comigo! - Rosnou acusadora, cegamente estendeu a mão e agarrou um travesseiro da cama.

— Eu? - Franzi o cenho em confusão, quando olhei para a sala e vi as garrafas de bebidas vazias, latas de cerveja e...

— Eu te odeio tanto. - Renan gemeu de onde estava, sob a mesa de café.

— Exatamente o quanto vocês dois beberam na noite passada? - Perguntei um pouco assustada, ambos me atiraram olhares acusadores.

— Quanto nós dois bebemos à noite passada? - Renan repetiu em desgosto.

— Nem metade do que você fez! - Camz retrucou, cegamente apalpando e pegando o cobertor da cama.

— Eu não bebi na noite passada. - Murmurei pensativa embora agora que ele mencionou isso, realmente não podia lembrar muita coisa sobre ontem.

— Eu realmente odeio você. - Renan falou com um gemido doloroso quando conseguiu sair debaixo da mesa de café e ficar de pé.

— Onde você está indo? - Camila perguntou ao irmão e puxou o cobertor sobre a cabeça.

— Para o meu quarto, onde eu posso morrer em paz. - Disse tropeçando seu caminho até a porta. Voltei minha atenção para Camz e a encontrei encolhida em posição fetal.

— Me mate. - Murmurou pateticamente mais uma vez, me deixando ali de pé me perguntando se agora era um bom momento para mencionar que eu desejava comer ovos mexidos.

Pov Camila

— Então, explique uma coisa para mim. - Lauren falou e cruzou os braços na beira da piscina.

— O quê? - Me encolhi com o som da minha própria voz e me perguntei quando a aspirina faria efeito.

— Como esta é uma viagem em família quando você não passou nenhum tempo com eles?

— Eu estou com eles em espírito. - Falei tentada a puxá-la para meu colo mas desisti, já que estávamos na piscina do hotel e esse era um local de família. 

Apesar de que sugar seus mamilos seria uma ótima forma de ajudar a curar minha ressaca.

— Uh huh, é por isso que sua mãe continua ligando?

— Ela realmente não espera que eu passe cada minuto da viagem com eles. Confie em mim. - Fechei os olhos por trás dos óculos escuros, decidindo que uma soneca pós-almoço era bem-vinda.

— Então, você está pensando em ver a sua família?

— Claro.

— Quando exatamente? - Perguntou e registrei a sensação de seus pequenos dedos acariciando minha mandíbula.

— Em breve.

— Hoje à noite?

— Não.

— Amanhã?

— Eu ainda vou estar me recuperando desta ressaca. - Abri um olho para fitar ela.

— Suave. - Falou com um suspiro prolongado e um aceno de cabeça.

Eu estava prestes a lembrá-la que não fui a única correndo pelo corredor ontem à noite, exigindo saber quem tinha roubado seu livro de feitiços, quando vi seus lábios se contorcerem e ouvi o som revelador de um ronco abafado de diversão. 

A VizinhaWhere stories live. Discover now