Capítulo 4

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Pov Lauren

— Foda-se!

— Ahh... a pequena Mila vai chorar? - Ouvi Dinah provocar na segurança da lavanderia, onde a porta estava bem fechada. 

Rezei para que tivesse uma noite, apenas uma noite, onde eu não tivesse que aturar...

— Eu disse foda-se! - Camila estourou e quando a porta da lavanderia se abriu, a única mulher no mundo que poderia fazer o meu dia pior entrou carregando uma cesta transbordando de roupas e parecendo furiosa.

Rindo, Dinah continuou a caminhada pela porta da lavanderia aparentemente alheia ao olhar de pânico que eu estava lhe enviando.

— Parece ótimo, amanhã de manhã, Sra. encarregada!

— Eu odeio aquele filho da puta. - Camila resmungou, focando toda sua atenção em empurrar o conteúdo da cesta para a outra máquina de lavar no cômodo. 

Decidi tirar proveito do fato de que ela pareceu não me notar. Coloquei minha cesta vazia em cima da secadora que usaria quando a máquina acabasse de lavar e sai da sala casualmente, na esperança de não chamar a sua atenção.

Quando Camila não disse nada para me fazer querer bater seu cesto de roupa na sua cabeça, caminhei rapidamente pelo corredor e entrei no meu apartamento.

Ajustei o timer do meu celular para trinta minutos, estava prestes a comer um pouco de sorvete quando os sacos de lixo que comprei no posto de gasolina me chamaram a atenção.

Era noite de tirar o lixo, o que significava que infelizmente meu encontro com o sorvete iria ter que esperar mais um pouco. Eu podia fazer isso mais tarde...

Não, não, não podia pensei, sabendo que quanto mais tempo levasse para colocar para fora o lixo, provavelmente acabaria me esquecendo.

Desde que minhas duas lixeiras estavam surpreendentemente cheias esta semana, eu não tinha muita escolha.

Se não colocar o lixo para fora hoje à noite, terei que esperar até a próxima semana para me livrar dele. 

Decidi apenas encarar e terminar logo o serviço. Agarrando os sacos deixei meu apartamento e me dirigi para a porta de trás. 

Cinco minutos depois eu estava de pé na frente das minhas lixeiras, franzindo o cenho para os sacos estufados enchendo as latas.

Eu realmente não me lembro de ter tanto lixo assim. Por um segundo me perguntei se alguém tinha usado minhas latas, mas com a mesma rapidez que o questionamento veio ele se foi.

Por mais que os caras que viviam aqui eram bastardos arrogantes, isso era demais. Eles não fariam isso comigo.

Camila poderia, apertei os lábios, mas eu sabia que ela não tinha enchido suas latas ainda, porque usava sacos de lixo preto enquanto eu usava os pequenos sacos brancos de cozinha.

Percebendo que eu deveria ter mais lixo do que pensava, decidi esvasiar uma das minhas latas.

Abri a tampa, quando peguei o primeiro saco quase caí com o peso dele, eu estava bastante confusa.

Mas não podia deixar os sacos fora da lata, porque a cidade cobrava dois dólares para a remoção de lixo fora das lixeiras. 

Isso era ridículo para mim. Nós pagávamos impostos e uma parte deles eram especificamente alocados para o departamento de saneamento.

— Oh meu Deus! - Gritei quando o plástico que eu puxava para fora da lixeira de repente rasgou. A diferença súbita de peso me deixou desequilibrada. 

A VizinhaWhere stories live. Discover now