36° Capítulo

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Os olhos ardentes de Harry não deixam o meu corpo e eu caminho até ele. Coloco o joelho na cama e subo. Ao mesmo tempo, ele se levanta contra a cabeceira da cama e me estende a mão. Coloco a minha pequena mão na dele e ele envolve os dedos nela, me puxando até onde está. Meus joelhos estão em cada um dos lados dele e estou em seu colo. Já fiz isto com ele, mas não com tão pouca roupa. Faço força nos joelhos para me levantar para que não nos toquemos, mas Harry não parece ter gostado muito e coloca as mãos sobre a minha cintura, me puxando suavemente para baixo. Sua camisa sobe, fazendo com que minhas coxas fiquem completamente à mostra. Fico feliz por ter feito depilação nas pernas esta manhã. No segundo em que os nossos corpos se tocam, meu estômago começa a se mexer. Eu sei que esta felicidade que estou sentindo não vai durar e me sinto como a Cinderela à espera que o relógio bata as 12 horas e acabe com a minha noite feliz.

"Muito melhor." ele diz e me dá um sorriso malicioso. 

Eu sei que ele está bêbado e é por isso que ele está sendo tão gentil, bem gentil segundo a perspectiva dele, mas vou aproveitar. Se esta é verdadeiramente a última vez que vou estar perto dele, então é assim que a quero usufruir. Continuo dizendo isto a mim mesma. Posso me comportar como quiser hoje à noite com ele, porque quando a luz do dia vier vou dizer para nunca mais voltar a se aproximar de mim e ele vai cumprir com isso. É o melhor e eu sei que quando ele não estiver embriagado é isso que ele vai querer. Para minha defesa, eu estou tão intoxicada pelo Harry como ele está por causa da garrafa de uísque que bebeu.

Enquanto ele continua olhando nos meus olhos, começo a me sentir nervosa. O que é que devo fazer em seguida? Não faço ideia para onde é que ele vai levar isto e eu não quero fazer papel de idiota ao tentar fazer alguma coisa primeiro.

Ele parece reparar na minha expressão desconfortável.

"O que é que há de errado?" ele pergunta e leva a mão ao meu rosto. Os dedos dele passam pela minha bochecha e eu fecho involuntariamente os olhos com o seu toque que é surpreendentemente suave. 

"Nada... Só não sei o que fazer." Admito e olho para baixo. 

"Faz o que quiser Tess, não pense demais." ele aconselha e eu aceno com a cabeça. Me inclino um pouco para trás para criar cerca de alguns centímetros de espaço entre nós e levo a minha mão até o tronco nu dele. Olho para ele para ter permissão e ele concorda. Pressiono as duas mãos contra o tronco suavemente e ele fecha os olhos. Meus dedos traçam as andorinhas em seu peito até à borboleta na barriga. Seus cílios se mexem enquanto traço as escrituras que ele tem nas costelas. A expressão dele é tão calma, mas seu peito está se movendo para cima e para baixo muito mais rapidamente do que há alguns instantes atrás. Sou incapaz de me controlar enquanto levo a minha mão para baixo e passo o meu dedo indicador ao longo da faixa da cueca box. Os olhos dele se abrem de repente e ele parece nervoso. Harry nervoso? 

"Posso hm... te tocar?" Peço, na esperança de que ele entenda o que quero dizer, sem eu ter que dizer isso. Me sinto fora de mim mesma, quem é esta garota montada neste rapaz punk e pedindo para te tocar... lá em baixo? Penso no que ele disse há um tempo atrás de eu ser o meu verdadeiro eu com ele. Talvez esteja certo. Adoro como me sinto agora, adoro o tiro de eletricidade que sinto em meu corpo quando ele concorda. 

"Por favor." ele responde e eu desço a minha mão. Mantenho em cima dos boxers e, lentamente, chego à ligeira elevação que lá se encontra. Ele suga a respiração enquanto passo a minha mão por lá. Não sei o que fazer, então apenas lhe toco, correndo os dedos para cima e para baixo. Estou nervosa demais para olhar para ele então mantenho os meus olhos no que estou fazendo.

"Quer que te mostre como fazer?" Ele pergunta silenciosamente, a voz dele está trémula. O seu comportamento arrogante habitual mudou. 

Concordo com a cabeça e ele coloca a mão dele sobre a minha mais uma vez e leva de novo lá para baixo para lhe tocar. Ele abre a mão e faz com que meus dedos se envolvam em torno do seu comprimento. Ele suga a respiração entre os lábios e eu olho para ele através dos cílios. Ele tira a mão da minha, me dando total controle. 

"Porra Tessa, não faça isso." Harry fala com um grunhido.. Eu ainda estou com a mão lá e tento tirá-la.

"Não, isso não. Continue fazendo isso, quer dizer, não olhe para mim desse jeito." 

"Que jeito?" 

"Dessa forma inocente, faz com que eu queira fazer tantas coisas taradas contigo." ele diz e eu quero me jogar na cama e deixá-lo fazer o que quiser. Dou um pequeno sorriso e começo a mover a minha mão novamente. Quero tirar a sua box, mas estou com medo. Um gemido escapa dos seus lábios e aperto a minha mão nele, quero ouvir o som novamente. Não sei se devia fazer movimentos mais rápidos ou não, por isso continuo lentamente, mas um pouco  mais firme e ele parece gostar. Me Inclino e pressiono os meus lábios contra a pele úmida do seu pescoço, causando um novo gemido.

" Caralho, Tess! Sua mão é tão boa me tocando." ele diz. Aperto mais um pouco e ele estremece. "Não tão forte assim, baby." Sua voz é suave e não aquela voz habitual que usa pra zombar de mim.

"Desculpa." digo e beijo outra vez seu pescoço. Passo a minha língua sobre a pele em sua orelha e seu corpo dá um salto, as mãos dele vão ao meu peito e ele envolve os meus seios com elas.

"Posso. Tirar. O. Teu... Sutiã?" a voz dele é tão descontrolada e rouca. Estou impressionada com o efeito que estou dando a ele. Concordo com a cabeça e seus olhos brilham de excitação. Suas mãos estão trémulas quando ele chega ao fundo das costas volta a subir, desta vez por baixo da camiseta até o meu sutiã, soltando-o assim que o alcança. Começo a pensar em quantas vezes é que ele já fez isto para ser capaz de fazer tão rapidamente. Forço os pensamentos voltarem para trás da minha cabeça e Harry desliza as alças pelos meus braços, fazendo com que fique sem ele. Assim que percebo que estou sem o sutiã, ele leva as mãos até a frente e agarra nos meus seios novamente. Os dedos dele beliscam levemente os meus mamilos enquanto ele se inclina para me beijar. Gemo na boca dele e estendo a mão e agarro outra vez no comprimento dele.

"Porra, Tessa, eu vou gozar." ele diz e eu sinto a umidade crescer na minha calcinha, mesmo com ele só tocando no meu peito. O toque dele é divino e eu sinto que também posso gozar, apenas ouvindo seus gemidos e da sua leve investida contra o meu peito. As pernas dele estão tensas debaixo de mim e o beijo se torna mais lento, suas mãos caem no meu colo e eu sinto uma umidade que se espalha por sua cueca box, e então puxo a minha mão. Eu nunca tinha feito uma pessoa gozar, obviamente. A cabeça do Harry se inclina para trás e ele respira um pouco enquanto eu sento sobre as suas coxas, sem saber o que fazer. Os olhos dele se abrem e ele levanta a cabeça para olhar para mim. Um sorriso preguiçoso cruza o rosto dele e ele se inclina e me beija na testa. 

"Nunca tinha gozado assim antes." ele diz e começo novamente a ficar envergonhada.

"Foi muito ruim?" pergunto e tento sair das pernas dele. Ele me para. 

"O quê? Não, foi muito bom. Geralmente, é preciso mais do que alguém apenas me tocar pelos por cima da box." ele responde e uma pontada de ciúmes me atinge. Não quero pensar em todas as outras garotas que já fizeram com que ele se sentisse assim. Ele percebe o meu silêncio e cobre as minhas bochechas, passando o polegar ao longo delas. Estou confortada pelo fato de que as outras tiveram que fazer mais do que eu fiz, mas ainda gostaria que não houvesse outras. Não sei porque é que isso me incomoda, eu e Harry ainda não somos nada. Nós nunca vamos namorar ou ser outra coisa qualquer além disto, mas agora só quero viver o momento. Rio um pouco enquanto penso nisto. Eu não sou do tipo de pessoa que "vive o momento".

"Esta pensando em quê?" Ele pergunta e eu digo que não com a cabeça. Não quero falar sobre os meus pensamentos ciumentos.

"Oh vamos lá Tessa, me diz." ele diz, e eu balanço a minha cabeça negativamente outra vez. Num movimento "não-Harry" ele me agarra pelos quadris e começa me fazer cócegas. Eu grito com risos e saio de cima dele, caindo na cama macia. Ele continua fazendo cócegas e eu não consigo respirar. A risada dele explode pelo quarto e é o som mais bonito que alguma vez já ouvi. Nunca tinha ouvido ele rindo desta maneira e algo me diz que quase ninguém tenha ouvido. Apesar das falhas dele, das muitas falhas, me considero sortuda por vê-lo assim.

"Ok... ok! Eu vou te dizer!" grito e ele para. 

"Boa escolha." ele diz. "Mas espera um pouco, preciso trocar de cueca." ele sorri e eu coro.

AFTER (Tradução Português/BR)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora