96° Capítulo

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"O que você acabou de dizer?" o maxilar dela pode muito bem estar no chão.

"Me ouviu. Este é o nosso apartamento, nós vivemos juntos aqui." coloco as minhas mãos na minha cintura para um efeito mais dramático.

"Não há maneira de você morar aqui. Não pode pagar um lugar como este!" ela zomba.

"Quer ver o nosso contrato, porque eu tenho uma cópia."

"Esta situação toda ainda é pior do que pensei. Eu sabia que estava sendo tola por andar com aquele.. aquele rapaz. Mas é mesmo estúpida por viver com ele! Nem o conhece! Não conhece os pais dele, não tem vergonha de ser vista com ele em público?" ela pergunta e a minha raiva ferve.

Antes que eu possa parar estou na cara dela.

"Como se atreve a entrar na minha casa e insultá-lo! Eu conheço ele melhor que ninguém e ele me conhece melhor do que você algum dia conseguiu! E eu conheço a família dele, o pai dele ao menos. Você sabe quem é o pai dele? Ele é o maldito do diretor da WSU!" grito.

Odeio atirar o titulo do pai do Harry por ai, mas este é o tipo de coisa que vai abalá-la.

O Harry sai do quarto com uma expressão preocupada. Ele se mantêm atrás de mim e tenta me puxar da minha mãe, exatamente como da última vez.

"Oh fantástico! Aqui está o homem do momento!" ela rola os olhos para o Harry.

"O pai dele não é o diretor." ela meio que ri.

"Sim, ele é. Chocada? Se não tivesse tão ocupada sendo uma cadela o criticando podia ter descoberto. E não se atreva a recuar e ser amigável com ele agora. Nem merece conhecê-lo. Ele tem estado aqui para mim do jeito que você nunca esteve, e não há nada.. quero dizer, nada! Que possa fazer para me manter longe dele." a minha cara está vermelha e encharcada com lágrimas, mas não me importo.

"Não fala comigo desta forma! Pensa que só porque arranjou um pequeno apartamento e colocou um pouco de delineador que é de repente uma mulher? Querida, odeio te desiludir mas parece uma prostituta, morando com alguém aos dezoito anos!" ela grita e se aproxima. O olhos do Harry se baixam para ela em aviso mas ela ignora.

"É melhor acabar isto antes que perca a tua virtude Tessa. Apenas olha para o espelho e depois olha para ele! Vocês dois parecem ridículos juntos, tinha o Noah que era fantástico para você e desperdiçou ele por.. isto!" ela gesticula para o Harry.

"O Noah não tem nada haver com isto." digo.

O maxilar do Harry aperta e eu, silenciosamente, peço para não dizer nada.

"O Noah te ama e eu sei que você ama ele. Agora pare esta charada rebelde e vem comigo, vou te levar de novo para o teu dormitório e o Noah vai certamente te perdoar.

"É maluca. Sério mãe, ouve a si mesma! Não quero ir com você, eu moro aqui com o Harry e eu amo ele. Não o Noah. Eu me preocupo com o Noah, mas não dessa forma. Era apenas a sua influência que me fez pensar que o amava, porque sentia que devia. Desculpa mas eu amo o Harry e ele me ama.

"Tessa! Ele não te ama, ele só vai ficar por perto até entrar nas suas calçar. Abre os seus olhos menina!"

Algo sobre a forma que ela me chamou de "menina" me leva para o limite.

"Ele já entrou nas minhas calças e adivinha! Ela ainda está aqui!" grito. O Harry e a minha mãe partilham a mesma expressão chocada, mas a da minha mãe se torna em desgosto enquanto a do Harry se torna num franzir de sobrancelhas compreensivo.

"Te digo uma coisa Theresa, quando ele partir o seu coração e não tiver para onde ir.. é melhor não me procurar." ela cospe.

"Oh, acredita, não vou. Está apenas com raiva porque eu tenho alguém que me ama mesmo e você nunca tive e nunca vai ter. Não pode me controlar mais, sou uma adulta. Só porque não podia controlar o pai, não te dá o direito de tentar me controlar!" assim que as palavras deixam a minha boca, me arrependo delas. Eu sei que falar do meu pai é baixo, muito baixo. Antes que eu possa me desculpar, sinto a mão dela conectar-se com a minha bochecha. O choque é mais doloroso que a investida.

O Harry passa entre nós e coloca a mão no ombro dela. Meu rosto arde e mordo o meu lábio para não chorar.

"Se não der o fora do nosso apartamento vou chamar a polícia." ele avisa ela. O tom calmo da voz dele me manda arrepios pela espinha e noto ela tremer, deve ser o mesmo para ela.

"Não faria isso." ela desafia ele.

"Você acabou de colocar as mãos nela, bem na minha frente e pensa que não chamaria a policia? Se não fosse mãe dela fazia muito pior que isso. Agora tem cinco segundos para sair." ele diz e se fixa na minha mãe com olhos selvagens e trago a minha mão para a minha pele ardente.

Não gosto da forma como ele a ameaçou, mas eu quero que ela se vá. Depois de um desafiante olhar entre eles os dois, o Harry rosna, "dois segundos."

Ela bufa e se dirige à porta, o alto barulho os saltos dela ecoam no chão de cimento.

"Espero que esteja feliz com a sua decisão Theresa." ela diz e bate com a porta.

O Harry envolve os seus braços à minha volta no mais reconfortante e tranquilizante abraço e é exatamente o que preciso agora.

"Lamento muito bebê." ele diz contra o meu cabelo.

"Desculpa que ela tenha dito aquelas coisas terríveis sobre você." me desculpo.

"Shh. Não se preocupe comigo. As pessoas dizem coisas sobre mim a toda hora." ele me relembra.

"Isso não significa que esteja tudo bem" digo.

"Tessa, por favor, não se preocupe comigo agora. O que você precisa? Posso fazer algo por você?" ele pergunta.

"Talvez um pouco de gelo?" sufoco.

"Claro bebê." ele beija a minha testa e vai até ao refrigerador.

Eu sabia que ela vir aqui não ia acabar bem, mas não esperava que fosse tão ruim como foi. Por um lado, estou mais que orgulhosa de mim por me manter em frente a ela, mas ao mesmo tempo me sinto terrivelmente culpada pelo que disse sobre o meu pai. Eu sei que a culpa não foi dela por ele ter ido embora e ela tem estado sozinha nos últimos oito anos. Ela nem foi a um encontro desde que ele se foi, ela dedicou todo o seu tempo em mim e a me criar na mulher que ela queria que eu fosse. Ela quer que eu seja como ela e essa não sou eu.

Eu queria que ela conseguisse ficar feliz por mim e ver o quanto eu amo o Harry. Eu sei que a imagem de badboy dele a fez se perder, mas se ela tirasse algum tempo para tentar conhecê-lo, acredito que ela iria o amar tanto quanto eu. Contando que ele não seja rude, o que não é provável. Talvez eu seja a única pessoa que ele vai deixar entrar, a única pessoa que ele revela os seus segredos e a única pessoa que ele ama e isso está bom para mim.

O Harry puxa a cadeira perto de mim e esfrega a minha bochecha com o pacote de gelo que ele fez. Ele usou uma toalha suave de cozinha e é fantástico contra a minha pele.

"Não acredito que ela me bateu." digo calmamente.

"Nem eu. Pensei que ia perder a cabeça." ela diz e me olha nos olhos.

"Também pensava que ia." admito e dou um sorriso fraco.

Parece que hoje tem se arrastado por uma semana, tem sigo o maior e mais desgastante dia da minha vida.

"Eu te amo demais, se não, acredite em mim, eu perderia." ele sorri de volta e beija ambas as minhas pálpebras fechadas.

Decido acreditar que ele não faria nada a ela, que ele está apenas blefando. De alguma forma, eu sei que ele não faria e isso me faz ama-lo ainda mais. Tenho aprendido que quando se diz do Harry, é mais casca do que dentada.

"Quero mesmo ir para a cama." digo e ele concorda com a cabeça.

"Claro."

O Harry me aperta a noite toda e sussurra o quanto me ama antes que eu adormeça. Os meus sonhos são nevoados por um assustado rapaz de cabelo encaracola chorando pela mãe.

...

Na manhã seguinte fico feliz por ver que a investida da minha mãe não deixou marcas visíveis. O meu peito ainda dói do colapso da nossa relação que se desfaz mas me recuso a nutri-la hoje.

Tomo um banho e encaracolo o meu cabelo antes de acordar o Harry. Amarro o meu cabelo, por isso não está no meu caminho enquanto aplico a minha maquiagem e tiro a t-shirt do Harry de ontem pela minha cabeça. O meu estômago ronca por isso vou para a cozinha e decido fazer o café da manhã para mim e para o Harry. Quero começar o dia da melhor forma que consiga para que possamos continuar felizes e calmos antes do casamento. Pelo tempo que acabo, estou bem orgulhosa da refeição que preparei. O balcão está cheio com bacon, ovos, torradas, panquecas e até batatas fritas. Estou consciente que fiz muita comida para nós, mas não me importo. O Harry come uma grande quantidade de comida de qualquer maneira, por isso não deve sobrar muito.

"Woah.. o que é isto tudo?" ele pergunta numa voz rouca de sono.

Ele anda para trás de mim e envolve os seus braços em volta da minha cintura.

"É por isso mesmo que eu queria que vivêssemos juntos." ele diz contra o meu pescoço.

"Porquê? Para que eu pudesse te fazer o café da manhã?" riu.

"Não.. bem sim. Isso e acordar para te ver meia despida na cozinha." ele se desfaz em sorrisos e belisca o meu pescoço. Ele tenta levantar a bainha da minha t-shirt e aperta o topo das minhas coxas.

"Mãos para você até depois do café da manhã Styles." repreendo-o e agito uma espátula na cara dele.

"Sim senhora." ele dá uma risada e pega num prato, enchendo-o com comida.

Depois do café da manhã forço o Harry a tomar um banho apesar das tentativas dele de me arrastar de novo para a cama. A triste confissão dele e a briga com a minha mãe parecem ser esquecidas na luz do dia. A minha respiração está perdida no meu peito quando o Harry saí do quarto na sua roupa para o casamento. As calças pretas de cerimônia são bem arranjadas mas penduram-se nos quadris dele na forma mais deliciosa, a camisa branca está desabotoada, revelando o seu torso tonificado e a gravata está pendurada em volta do pescoço dele.

"Eu uhmm.. eu não faço ideia de como dar um nó na gravata." ele encolhe os ombros.

"Posso te ajudar." sufoco. A minha boca está seca e não consigo parar de olhar para ele.

Fico agradecida que o Harry não pergunta onde aprendi a dar um nó na gravata porque o Noah é a última coisa que quero falar hoje.

"Está tão elegante." digo quando acabo. Ele encolhe os ombros e coloca o casaco preto, completando o visual.

As bochechas dele ficam vermelhas e não consigo evitar em rir. Consigo ver que ele se sente completamente fora do seu elemento por estar vestido desta forma e é adorável.

"Porque que não está vestida ainda?" ele pergunta.

"Estava esperando até o ultimo minuto já que o meu vestido é todo branco." digo e ele goza comigo na brincadeira.

Quando visto o vestido, é ainda mais curto do que me lembro mas o Harry parece aprovar. Os olhos dele quase saltam da sua cabeça com a vista do meu sutiã sem alças. Ele faz eu me sentir tão bonita e desejada.

"Enquanto todos os homens lá tiverem a idade do meu pai, não devemos ter problemas." ele se desfaz em sorrisos e fecha o meu vestido. Rolo os olhos e ele beija o meu ombro nu antes de eu tirar a mola do meu cabelo, deixando os meus longos caracóis cair nos meus ombros.

"Você está absolutamente linda." ele diz e me beija novamente.

Andamos pelo apartamento e temos a certeza que temos tudo o que precisamos para o casamento, enquanto coloco o meu telefone na minha pequena bolsa, o Harry me agarra pela minha cintura.

"Sorria." ele diz e tira o seu telefone.

"Pensei que não tirava fotos."

"Eu te disse que ia tirar uma, por isso vamos tirar uma." o sorriso dele é pateta e jovem e faz o meu coração derreter.

Sorriu e me inclino para o Harry enquanto ele tira a nossa fotografia.

"Mais uma." ele instrui e eu coloco a língua de fora no último momento. Ele captura no momento certo, a minha língua na bochecha dele e os olhos dele selvagens e cheios de humor.

"Esta é a minha favorita." digo.

"Só há duas."

"Sim, mas mesmo assim." beijo-o e ele tira outra.

"Acidente." ele mente e ouço tirar outra enquanto rolo os olhos para ele.

O Harry para para colocar gasolina perto da casa do pai dele, assim não temos que parar no nosso caminho para casa. Enquanto ele enche o tanque, um carro familiar entra no estacionamento. O Zayn está dirigindo e o Niall está no banco da frente. O Zayn estaciona o seu carro duas bombas longe do carro do Harry e saí para ir lá dentro. Me engasgo quando vejo a cara dele, o lábio dele está inchado e ambos os olhos dele estão pretos e azuis. A bochecha dele tem um grande hematoma negro e quando ele nota o carro do Harry, um franzir de sobrancelhas furioso toma conta da sua bonita, mas machucada cara. Que diabos? Ele não diz nada, nem cumprimenta o Harry e eu. Em segundos o Harry entra no carro e pega na minha mão. Olho para baixo para as nossas mãos entrelaçadas e me engasgo. Os meus olhos vendo as suas articulações danificadas.

"Você!" digo e ele levanta a sobrancelha.

"Bateu nele, não bateu? Foi com ele que você brigou e é por isso que ele nos ignorou!"

"Pode se acalmar?" o Harry late e rola a minha janela para cima antes de sairmos do posto.

"Harry.."

"Podemos por favor, falar disto depois do casamento, já estou no limite. Por favor?" ele pede e eu concordo com a cabeça.

"Está bem. Depois do casamento." concordo e ele agarra a minha mão com a sua mão livre e aperta suavemente.

AFTER (Tradução Português/BR)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora