Capítulo 1

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Eu não havia nascido para o amor. Tinha me dado conta disso.

Era fácil notar, só observar meu histórico.

A primeira mulher que conquistou meu coração foi a Karina. Eu tinha dezenove anos na época, e ela a mesma idade. Era linda. Seus olhos negros como duas jabuticabas. Seus cabelos eram grandes e cacheados.

Karina foi com os pais e uma irmã conhecer a índia. Se hospedou no hotel de minha família e acredito que por conta da idade nós nos aproximamos muito. Não demorou até que eu notasse que estava apaixonado por ela. Karina me contava história engraçadas sobre o seu país, e não conseguia entender como as coisas funcionavam no meu. Eu tinha dezenove nem sequer havia beijado ainda. Tinha prometido que não beijaria uma mulher que não fosse a minha esposa. Na Índia, a maioria dos casamentos são arranjados, então conheceria minha esposa no dia do casamento e finalmente seriamos um do outro.

"― Isso é bobagem, Raji, ninguém hoje em dia deixa para beijar no dia do casamento! ― parecia horrorizada ― como você vai saber se tem química com a pessoa? Não dá pra casar sem química!

― O amor é construído através do respeito e cumplicidade. Se eu tiver ambas as coisas por minha esposa, sei que vou amá-la.

Ela revirou os olhos.

― Quem aqui está falando de amor, Raji! ― parecia chateada ― estou falando sobre química... ― ela se aproximou passando a mão por meu braço. Meus pelos se arrepiaram e ela aproximou o boca de meu ouvido ― isso é química, atração... se entre um casal houver química, eles vão dar certo ― Ela mordiscou minha orelha, sua boca foi se afastando, mas passou a percorrer minha bochecha dando leves beijos ― nós dois temos química ― falou brincando com nossos narizes que se tocavam.

Abri os olhos. Ela me encarava depois baixou o olhar para meus lábios e deu uma mordida nos seus.

Eu nunca havia sentido aquilo antes. Era uma coisa que subia pelo meu corpo, e a única coisa que eu pensava era que queria saber como nossos lábios ficariam juntos.

Como se adivinhasse meus pensamentos Karina me puxou para mais perto pela nuca e colocou sua boca na minha. Eu não tinha experiência com isso, e Karina não pareceu se importar. Ela sabia o que fazer. Momentos depois éramos só lábios, língua, sussurros e uma coisa ardente que crescia em meu peito.

Estava apaixonado.

Duvidava que existisse alguém que pudesse me fazer sentir tudo aquilo.

― Uau! ― ela falou quando se afastou ― Para quem nunca fez isso, você sabe bem como fazer uma garota perder o ar...

Não sabia se isso podia ser considerada uma coisa boa, mas pelo sorriso que ela deu, imaginei que gostasse bastante de perder o ar, até porque depois disso me beijou uma e mais uma e ainda outra vez.

Não sabia se isso podia ser considerada uma coisa boa, mas pelo sorriso que ela deu, imaginei que gostasse bastante de perder o ar, até porque depois disso me beijou uma e mais uma e ainda outra vez

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Tradicional Essência [Degustação]Where stories live. Discover now